Uma comissão nomeada pelo presidente Barack Obama confirmou que o governo americano usou cidadãos da Guatemala como cobaias humanas. Eles contaminaram prostitutas, soldados e doentes mentais. As pesquisas aconteceram nos anos 40.
30/08/2011
Experiências médicas dos EUA na Guatemala deixaram 83 mortos na década de 1940
WASHINGTON, EUA, 30 Ago 2011 (AFP) -Oitenta e três guatemaltecos morreram depois de serem submetidos a macabras experiências médicas por parte de cientistas americanos que pesquisavam sobre doenças sexualmente transmissíveis nos anos 1940s, determinou uma comissão de investigação criada pelo presidente americano Barack Obama.
Cerca de 5.500 pessoas participaram nessas experiências sem serem informadas do que consistiam e, entre elas, 1.300 foram expostas ou inoculadas com doenças venéreas, segundo Stephen Hauser, membro da comissão, que apresentou suas conclusões preliminares.
Hauser explicou que a comissão ainda não determinou em que nível estas mortes estiveram direta ou indiretamente relacionadas com as experiências, mas que detectaram casos de infecções e meningites depois das inoculações.
Das pessoas inoculadas com doenças venéreas, como sífilis e gonorreia, apenas 700 receberam alguma forma de tratamento posterior.
A comissão presidencial para temas de bioética, que por nove meses revisou mais de 125.000 documentos sobre estes testes realizados entre 1946 e 1948 com financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), entregará seu relatório final a Obama em setembro.
Obama determinou esta investigação em novembro passado, um mês depois que foram reveladas essas experiências classificadas como "crimes contra a Humanidade" pelo presidente da Guatemala, Alvaro Colom, cujo governo iniciou suas próprias averiguações.
O presidente americano ligou para Colom para desculpar-se pessoalmente ao tomar conhecimento do fato, que classificou de imoral.
Vários dos cientistas que participaram nas experiências na Guatemala já haviam realizado em 1943 um estudo similar com presos nos Estados Unidos, mas, neste caso, os voluntários sabiam do que se tratava e deram seu consentimento.
du/cn
Extraído de: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/08/experiencias-medicas-dos-...
Ao todo, 5.500 pessoas participaram dos estudos, sem saber dos riscos que corriam, segundo declarações de um dos investigadores, Stephen Hauser.
Entre os infectados, apenas 700 receberam tratamento médico. Ao fim, 83 morreram.
A sífilis pode causar cegueira, distúrbios mentais e até a morte, caso os doentes não recebam o devido tratamento.
Menos nociva e mais fácil de curar que a sífilis, a gonorreia pode se espalhar pelo organismo e até causar infertilidade nos homens.
A comissão reconheceu que os cientistas americanos infectaram prisioneiros, pacientes psiquiátricos e órfãos guatemaltecos em estudos que testavam a abrangência do uso da penicilina.
A presidente da comissão, Amy Gutmann, classificou o estudo como “um pedaço vergonhoso da história médica”. Um relatório deve ser publicado em setembro com as conclusões finais sobre o caso.
Obama fez um pedido de desculpas por telefone ao presidente da Guatemala, Álvaro Colom, dizendo que os estudos contrariam os valores americanos.
No início deste ano, vários cidadãos guatemaltecos infectados à época e familiares das vítimas anunciaram que estavam abrindo um processo contra o governo americano.
Pesquisa
A história dos experimentos americanos na Guatemala veio à tona no ano passado, fruto de uma pesquisa histórica da professora Susan Reverby, do Wellesley College, de Massachusetts.
Segundo a acadêmica, o governo guatemalteco da época deu permissão aos estudos, que ocorreram entre 1946 e 1948.
Os cientistas usaram prostitutas portadoras da sífilis e fizeram inoculações nos pacientes para determinar se a penicilina também poderia evitar a doença, e não apenas curá-la.
Na ocasião, o presidente Colom classificou os estudos como “crime contra a humanidade” por parte dos Estados Unidos.
14 de março, 2011
Quase de 700 pessoas foram infectados com sífilis ou gonorreia nos anos 40, durante um programa que estudava os efeitos da penicilina.
Centenas de prisioneiros, pacientes psiquiátricos e órfãos foram usados como cobaias.
Nos experimentos, os pesquisadores subornavam funcionários locais para poder dar a injeção com as bactérias causadores das duas doenças sexualmente transmissíveis nos pacientes – o mesmo acontecia nos orfanatos.
Já os prisioneiros eram incentivados a ter relações sexuais com prostitutas contaminadas com uma das duas doenças. Todos haviam sido previamente tratados com penicilina. O objetivo era determinar se substância poderia prevenir a doença.
‘Inaceitável’
Quando o caso veio à tona, em outubro do ano passado, o governo americano se desculpou oficialmente e qualificou o experimento como “antiético” e “inaceitável”. , quando o caso veio à tona, no ano passado.
Segundo os advogados das vítimas, a decisão pelo processo foi tomada após o governo americano não responder sobre uma proposta de acordo.
Provas da existência do programa foram reveladas pela professora Susan Reverby, da Universidade de Wellesley, nos Estados Unidos.
Segundo ela, o estudo na Guatemala foi organizado pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, mas tinha o aval do governo guatemalteco.
Sífilis pode causar problemas cardíacos, cegueira e levar à morte.
Segundo o jornal guatemalteco Prensa Libre, participam a ação coletiva 15 vítimas do caso. No entanto, se o veredicto for favorável, abre-se precedente para que todos os outros infectados sejam beneficiados.
Cerca de 5.500 pessoas participaram nessas experiências sem serem informadas do que consistiam e, entre elas, 1.300 foram expostas ou inoculadas com doenças venéreas, segundo Stephen Hauser, membro da comissão, que apresentou suas conclusões preliminares.
Hauser explicou que a comissão ainda não determinou em que nível estas mortes estiveram direta ou indiretamente relacionadas com as experiências, mas que detectaram casos de infecções e meningites depois das inoculações.
Das pessoas inoculadas com doenças venéreas, como sífilis e gonorreia, apenas 700 receberam alguma forma de tratamento posterior.
A comissão presidencial para temas de bioética, que por nove meses revisou mais de 125.000 documentos sobre estes testes realizados entre 1946 e 1948 com financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), entregará seu relatório final a Obama em setembro.
Obama determinou esta investigação em novembro passado, um mês depois que foram reveladas essas experiências classificadas como "crimes contra a Humanidade" pelo presidente da Guatemala, Alvaro Colom, cujo governo iniciou suas próprias averiguações.
O presidente americano ligou para Colom para desculpar-se pessoalmente ao tomar conhecimento do fato, que classificou de imoral.
Vários dos cientistas que participaram nas experiências na Guatemala já haviam realizado em 1943 um estudo similar com presos nos Estados Unidos, mas, neste caso, os voluntários sabiam do que se tratava e deram seu consentimento.
du/cn
Extraído de: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/08/experiencias-medicas-dos-...
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EUA reconhecem morte de 83 guatemaltecos em estudo sobre sífilis
Atualizado em 29 de agosto, 2011
O governo dos Estados Unidos reconheceu nesta segunda-feira a morte de 83 cidadãos da Guatemala, infectados nos anos 1940 com doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis e gonorreia, durante experimentos médicos.
Uma comissão de inquérito, formada a pedido do presidente americano, Barack Obama, concluiu que cerca de 1.300 pessoas foram expostas às doenças.Entre os infectados, apenas 700 receberam tratamento médico. Ao fim, 83 morreram.
A sífilis pode causar cegueira, distúrbios mentais e até a morte, caso os doentes não recebam o devido tratamento.
Menos nociva e mais fácil de curar que a sífilis, a gonorreia pode se espalhar pelo organismo e até causar infertilidade nos homens.
A comissão reconheceu que os cientistas americanos infectaram prisioneiros, pacientes psiquiátricos e órfãos guatemaltecos em estudos que testavam a abrangência do uso da penicilina.
A presidente da comissão, Amy Gutmann, classificou o estudo como “um pedaço vergonhoso da história médica”. Um relatório deve ser publicado em setembro com as conclusões finais sobre o caso.
Obama fez um pedido de desculpas por telefone ao presidente da Guatemala, Álvaro Colom, dizendo que os estudos contrariam os valores americanos.
No início deste ano, vários cidadãos guatemaltecos infectados à época e familiares das vítimas anunciaram que estavam abrindo um processo contra o governo americano.
Pesquisa
A história dos experimentos americanos na Guatemala veio à tona no ano passado, fruto de uma pesquisa histórica da professora Susan Reverby, do Wellesley College, de Massachusetts.
Segundo a acadêmica, o governo guatemalteco da época deu permissão aos estudos, que ocorreram entre 1946 e 1948.
Os cientistas usaram prostitutas portadoras da sífilis e fizeram inoculações nos pacientes para determinar se a penicilina também poderia evitar a doença, e não apenas curá-la.
Na ocasião, o presidente Colom classificou os estudos como “crime contra a humanidade” por parte dos Estados Unidos.
Guatemaltecos processam EUA por teste que espalhou sífilis no país
14 de março, 2011
Um grupo de guatemaltecos que foi contaminado durante testes médicos realizados por pesquisadores americanos entraram com processo coletivo contra o governo dos Estados Unidos.
Quase de 700 pessoas foram infectados com sífilis ou gonorreia nos anos 40, durante um programa que estudava os efeitos da penicilina.
Centenas de prisioneiros, pacientes psiquiátricos e órfãos foram usados como cobaias.
Nos experimentos, os pesquisadores subornavam funcionários locais para poder dar a injeção com as bactérias causadores das duas doenças sexualmente transmissíveis nos pacientes – o mesmo acontecia nos orfanatos.
Já os prisioneiros eram incentivados a ter relações sexuais com prostitutas contaminadas com uma das duas doenças. Todos haviam sido previamente tratados com penicilina. O objetivo era determinar se substância poderia prevenir a doença.
‘Inaceitável’
Quando o caso veio à tona, em outubro do ano passado, o governo americano se desculpou oficialmente e qualificou o experimento como “antiético” e “inaceitável”. , quando o caso veio à tona, no ano passado.
Segundo os advogados das vítimas, a decisão pelo processo foi tomada após o governo americano não responder sobre uma proposta de acordo.
Provas da existência do programa foram reveladas pela professora Susan Reverby, da Universidade de Wellesley, nos Estados Unidos.
Segundo ela, o estudo na Guatemala foi organizado pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, mas tinha o aval do governo guatemalteco.
Sífilis pode causar problemas cardíacos, cegueira e levar à morte.
Segundo o jornal guatemalteco Prensa Libre, participam a ação coletiva 15 vítimas do caso. No entanto, se o veredicto for favorável, abre-se precedente para que todos os outros infectados sejam beneficiados.
Eles pedem indenização para si próprios e também para seus familiares, já que muitos também foram prejudicados.
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