sábado, 14 de abril de 2012

ANAËL - 12-04-2012 - AUTRES DIMENSIONS


Eu sou ANAEL, Arcanjo.

Bem amadas Crianças da Liberdade, que a Graça se estabeleça em nós.

Eu venho, de qualquer maneira, dar continuidade àquele que se exprimiu, a fim de dar resposta a todas as questões relativas a isso ou qualquer outra coisa que vos pareça útil colocar.

Eu vos escuto.

Pergunta: Um dia você citou a expressão «Gabor Naor Ka» significando em linguagem Silabário original «A Luz autêntica, aquela da Fonte». Pronunciá-la pode servir-nos vibratoriamente?
A Luz é tudo o que é e o que não é. A Vibração desta expressão está bem além da linguagem.
Ela deriva diretamente do primeiro Sopro primordial e do derradeiro Sopro último, no qual tudo se inscreve e tudo se escreve.

Já não é mais útil alimentar uma qualquer compreensão.
Tudo é Um.
Nós somos Absolutos.

Nenhum relativo pode subsistir para além de um tempo particular.
A expressão é a do Sopro original. Ela é mesmo a natureza do Todo, a essência mesmo do que vocês denominariam o nada.

Da mesma forma que o Absoluto está além de tudo, como de toda representação, esta expressão vos convida a ser a Criança Libertada, a Criança da Liberdade, aquela da Lei do Um.

Vocês são o Amor.
Eis o que diz esta Vibração.
Unindo além de toda falsificação: «no início era o Verbo».

A minha presença e a vossa presença, como vocês a vivem, participam da Onda da Vida, do Dom da Graça, em cada palavra que eu pronuncio e em cada palavra que vocês escutam.

Pergunta: UM AMIGO disse que convinha olhar para além do que nos é dado a ver. Poderia desenvolver?
O ver que foi relatado não tem um sentido, nem uma função. O ver será sempre uma projeção, de uma maneira ou de outra, de qualquer coisa.

Ver para além do que é dado a ver é, portanto, conceber que existe outra coisa.
Esta outra coisa não aparece senão quando vocês decidem ver, efetivamente, depois de não pararem para aquilo que foi dado e que foi projetado.

É um convite a abolir a projeção ela mesma, a voltar, de qualquer maneira, o olhar, fazer com que esse olhar não seja mais preenchido com um pedido de sentido ou com um pedido de compreensão ou com um pedido de comparação.

O olhar torna-se, aí também, neutralidade.

Esse olhar, que é, portanto, um retorno por si só, vos convida a olhar atrás da aparência, vos convida, aí também, a uma forma de Transcendência, vos pedindo para deixar vir o que está, assim, projetado.
Deixando vir a vocês o que foi visto, ultrapassando todo julgamento, toda apreciação.
Vocês ultrapassam verdadeiramente o fato de ver.

Existe, portanto, uma mudança, se o podemos dizer, de sentido, vos fazendo passar da projeção à introjeção. Isso se tornou possível desde o instante em que vocês se instalaram na Vibração do Hic e Nunc porque, nesse momento, o que é dado a ver não vai no mesmo sentido.

Há, portanto, de qualquer maneira, uma forma de restituição à origem, passando da projeção à introjeção, vos fazendo descobrir que não pode ser visto ou olhado o que já está presente, antes de toda projeção, em vocês.

Esta Transcendência transcende o que é visto habitualmente, dando a ver, não mais um objeto, uma pessoa ou uma situação, mas o que os sustem, da mesma forma.
Tudo se torna Vivo.

O que vocês veem, nesse momento, não é mais o décor, mas simplesmente a Vida. E é exatamente o mesmo para tudo o que vocês denominam sentido.

O sentido não é o que é destinado a vos dar a perceber o que parece se encontrar no exterior da vossa forma. Da mesma forma que existiram, sobre esta Terra, certos Yogas do Som, há um momento em que é preciso ultrapassar o som.
É o mesmo, assim, para cada sentido.

O objeto que vocês tocam com a mão vos parecerá, pelo sentido do tocar, evidentemente, como exterior, dando aí, também, a perceber as características.
Se vocês aprendem a tocar para além do que é tocado, aparecem as percepções energéticas, Vibratórias e, num estado mais pronunciado, vos dão a perceber o objeto, a coisa ou a pessoa, antes mesmo de ela ter nascido, se ter formado ou criado.
Assim é para cada sentido a que vocês estão acessíveis a partir desse corpo.

Pergunta: Como aliar a gratidão para o que nós recebemos e o fato de saber que não há nada que dá e nada que recebe?

Muito simplesmente sendo o que tu És.

Desde o instante em que a Graça se torna a tua Morada, não pode ser útil, nem necessário, projetar uma qualquer graça.
Tu te tornas a gratidão ela mesma.

Existe, neste pedido, o Amor a emitir para o que te parece, ainda, exterior a ti mesmo.
Se tu dás graça e exprimes uma gratidão, vira-a para ti, porque nós estamos, de maneira indelével, em ti, bem além desta forma e deste limite.

O convite que vos é formado e proposto pela Onda da Vida e pelo Manto Azul da Graça é, efetivamente, esta palavra que volta sem parar «para além». Mas lá, para além, não é num outro lugar, não é num outro tempo, nem numa outra vida.
Ele se inscreve neste instante.

Não há para além algo que o senso comum possa entender.
Frequentemente o homem faz referência ao além como o que é exterior, num depois da vida, quando este corpo e esta forma não estão mais.

Hoje, a Onda da Vida vos convida a Ser para além do Aqui e do Agora.

Pergunta: No espaço de um instante eu duvidei muito da existência do pensamento, sentindo nesse momento preciso uma grande vertigem me levando muito longe. Por medo da loucura, controlei tudo. Se me tivesse abandonado a esse movimento, eu teria encontrado o Absoluto ou a loucura?

O Absoluto está presente. O que resta do observador, do Eu e do Si, teve medo.
Mas ter medo te faz, portanto, apreender que tu tomaste alguma coisa que deves fazer, porque o medo não te pertence.

A vertigem não é senão a tradução do medo.
A vertigem não traduz, definitivamente, senão a resistência à perda do ilusório e do efêmero.
É nesse instante que não é preciso ter medo, mas, antes, realizar o Abandono do Si.
É a isso que te convida e te convidará a experiência.

O medo não é, definitivamente, através dessa vertigem, senão a expressão de uma projeção.
Ele não tem nenhuma consistência, nenhuma realidade.

Como o disse UM AMIGO: vejam passar, ultrapassem, sejam Transparentes, não parem e não se retenham, não agarrem nada, não façam nada.

Pergunta: Existe um limite no deixar fazer ou é preciso mergulhar nele completamente?

Tudo depende de quem pronuncia esta frase. Cabe a ti, portanto, determinar de que espaço e de que realidade vive, em ti, esta frase.

Lembra-te simplesmente, como disse o Yoga da Eternidade, que a partir do instante em que tu aceites nada fazer, isso não impede a pessoa de fazer o que tem a fazer na sua vida.
Isto não é o mesmo olhar. Não é a mesma coisa que faz ou que não faz.
Uma parte faz, a outra não faz.
A parte que faz é o ego. Deixa-o fazer: tu não és o que ele faz.

Tu podes muito bem, do ponto de vista do Si ou do Absoluto, não fazer nada, enquanto a pessoa que tu habitas faz não importa o quê, uma atividade qualquer.

O não fazer nada e a imobilidade do Yoga da Eternidade não são um convite a se deixar fazer pelo ego, mas antes, aí também, um fator te conduzindo, talvez, à Transcendência.

Pergunta: Qual é a diferença das Crianças da Lei do Um e das Crianças de Bélial? Estas últimas são tocadas da mesma forma pela Onda da Vida?
As Crianças de Bélial são aqueles que querem manter a divisão e a separação.
As Crianças do Um são as Crianças Libertadas e as Crianças da Liberdade.

As Crianças de Bélial reivindicam o livre-arbítrio, o fato de existir fora de toda a Fonte e de toda a Unidade, o que, certamente, é estritamente impossível.
Eles são também as Crianças da Lei do Um, mas para um outro tempo.

Pergunta: Sonhar, tendo consciência que sonhamos, pode ser um caminho para o Absoluto?

Não, de modo nenhum. Isso pode ser uma via de abordagem do Si.
Mas o Absoluto não é mais o sonho que o sonhador.

Pergunta: Há uma relação entre o sono profundo e o Absoluto?
Sim. O sono profundo vos permite ser Absoluto.
Porque, quem está presente? Quem vê o mundo? Quem vê a pessoa que tu és?

No sono profundo, o próprio sentido da noção de existência não existe.
Não há mais nada.

Este vazio, vivido como a percepção ou a não percepção, do mundo como da pessoa, é, portanto, não consciente e Absoluto.

Pergunta: Quando o mental se acalma, se coloca em repouso, eu passo para um estado de ausência de consciência. A que corresponde este estado? É um processo inacabado ou antes uma finalidade, e é isso sair do observador e se tornar a experiência?

Sim, isso pode ser, de fato, como isso. Só te resta reconsiderar a proposta que qualquer coisa está inacabada.

Lembra-te: o Absoluto É.
Ele não tem nem caminho, nem distância, nem separação, nem objetivo.

Tu o És, porque tu aí Estás.

Pergunta: Pode-se passar a Porta Estreita durante uma fase de sono profundo?

Isso cabe a ti ver, ao acordar.
Tu estás estabelecido na Transparência?
Tu estás estabelecido na neutralidade e na espontaneidade?
Tu és afetado ou não afetado pelo que se passa?
A resposta está aí.

Pergunta: O Duplo vai continuar ainda a se apresentar?

Ele estará cada vez mais próximo, na Consciência, como em outros momentos e em outros estados.

Pergunta: Se ouvir chamar pelo seu nome, por Maria, é uma aproximação do Absoluto?
Sim. Isso é uma aproximação a responder ao Apelo de Maria.

A um dado momento, este Apelo te fará viver bem mais do que o Apelo.
Isso é um convite a ser o próprio Criador de ti mesmo, no Absoluto.

Pergunta: O nosso corpo reflete os estremecimentos da Terra, que têm lugar neste momento?

Isso é inteiramente sobreposto.
O que se passa sobre a Terra e nesta Terra se passa sobre o vosso corpo e no vosso corpo.
Para além da analogia e da similitude, é exatamente a mesma Verdade.

Pergunta: O termo «para além» tem uma similitude com «a água de lá», no sentido do «aqui»?
Sim. Isso vos faz passar do sentido da pronunciação do que é inteligível, no mental, ao que é, efetivamente, o sentido primeiro: a água de lá.

A água de lá é a água fecundada pelo Fogo e a Água fecundando o Fogo.
Alquimia do Céu e da Terra.
Alquimia do Supramental e da Onda da Vida.
Última sequência do Casamento místico.
A água e o Fogo primordial.
Lua/ Sol.
Masculino/ Feminino.
O Duplo.

O para além não é mais em para baixo.
Ele é aqui. Não é em outro lugar ou depois.
Ele é antes.

A Água confere a Transparência e a Pureza.
Ela é vivificante e nutriente.
Ele é Fonte.
Ela é Agua viva, a da Vida.
A Água do alto e a Água de baixo, inscrita desde o primeiro Sopro.

A mesma Água não podendo ser mais separada em Água do alto e em Água de baixo, tornando-se, então, a Água de lá.

Lembrem-se que nomear as coisas, os objetos e as pessoas, é já sair da Vibração e da Transparência.

Nomear atribui uma forma, uma função, uma ideia.
É assim que nas Dimensões ditas Unificadas, não há nenhum nome. Há o Sopro e a Vibração transcritos, por vocês, em nome de Arcanjos, de Anciãos ou de qualquer outra coisa, porque isso é, para vocês, uma construção que tranquiliza, porque é nomeada e, por vocês, identificada e identificável. Mas isso só se refere a este mundo.

O Sopro é o que anima. Existem outras linguagens, para este termo, traduzindo melhor, de qualquer maneira, o sentido.

A Onda da Vida é um Sopro.
Ela não é somente Vibração, nem energia.
A Onda é movimento.
A Vibração é ressonância.
A energia é circulação.

O Sopro é, de qualquer maneira (se podemos usar estas palavras), o espírito que anima ou ruach. Este ruach, este Sopro, é o mesmo em toda a vida. Ele é, portanto, indiferenciado, não casual e independente de toda a apropriação. Ele pertence tanto ao mundo das emanações, como ao mundo da forma.

Mas, desde que a forma esteja presente, o Sopro fica escondido porque tomou forma.
É isso que vocês encontram, vos permitindo não mais serem, somente, essa forma.

Pergunta: Todos os reinos, incluindo o dos cristais, contêm este Sopro?
Na totalidade. Nada, nenhuma forma, dele pode ser privada.

Existem diversos degraus de densidade e de densificação ou de cristalização. Mas é o mesmo Sopro.

O Sopro está, assim, presente numa gama de Vibrações, da mais baixa à mais alta. Simplesmente, nesse mundo em que vocês estão, foi de tal maneira rarefeito, como amputado, mas jamais extinto.

O que se liberta, hoje, da Terra (a Onda da Vida), vos dá a viver para além, aqui mesmo, nesta forma. É o mesmo Sopro.

O Absoluto é Sopro e forma. A alma primordial (neshamah) é portadora do mesmo ruach [espírito]. A língua Vibral, original, é Sopro. Ela não é, certamente, uma língua, no sentido em que vocês a entendem e percebem. Podemos dizer ser a linguagem Vibratória universal da Vida.

Nós não temos mais perguntas. Nós vos agradecemos.

Eu sou ANAEL, Arcanjo.

Crianças da Liberdade, eu estarei em Comunhão e em Graça, com vocês e em vocês, no compartilhamento do Dom da Graça.

Eu saúdo a Eternidade e a Beleza.

Até daqui a instantes.

… Compartilhamento do Dom da Graça …


Mensagem do Arcanjo ANAEL no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1418
12 de abril de 2012
(Publicado em 13 de abril de 2012)
Tradução para o português: Cristina Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com.br/

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