sexta-feira, 6 de abril de 2012

BASTA CONFIAR QUE A LUZ CONDUZ

Ana E.: Gente, olha só, acabei de entrar pra contar pra vocês três o que me aconteceu bem a pouco, à tarde, e só vi o e-mail de vocês agora.

Thaís, você vai amar...rsrsr...acho que todos nós , se víssemos a cena:
Estava acabando de ler a postagem de hoje sobre a vida de Jesus nesses dias (é mais forte do que eu e estou amando ler e sentí-Lo também através da história de Sua vinda aqui na carne), quando a Cla me chamou dizendo que havia um beija-flor preso aqui dentro de casa. Faltavam sete minutos para o Acolhimento do Manto Azul da Graça. Vou contar na íntegra o que ocorreu:

Fui até o quarto da bagunça que fica ao lado da área de serviço do apartamento e vi o beija-flor voando e se debatendo no teto desse quarto. Embaixo estava minha gata querendo dar o bote (mas ela nunca o alcançaria!). Peguei a gata e pedi para a Cla colocá-la noutro quarto e fechar a porta. Rapidamente peguei uma escada e subi para tentar abrir a janela que fica no alto e pegar o beija-flor para levá-lo à janela.

A janela estava emperrada e só abre na vertical (de baixo pra cima) e por isso só consegui abrir uma brecha dela. Ainda em cima da escada pensei em pegar uma peneira para pegar o beija-flor mas desisti pois poderia machucá-lo. Pensei em pegá-lo com minha mão mesmo que ele me bicasse ou eu caísse, mas desisti também porque ele fugia de perto de mim e eu não consegui alcançá-lo.

As crianças ficaram olhando pro alto, quietas e só observavam tudo bem silenciosas. Desci e pensei em colocar água com mel na janela para atraí-lo. O interessante era que nesse tempo curtíssimo o beija-flor ficava em volta do lustre da luz do teto e eu pensava que ele deveria ir para a janela, mas como conseguiria se a claridade da Luz do Sol era tão imensa que poderia cegá-lo e ele não conseguir enxergar? E ainda, a brechinha da janela era tão pequena (como ele conseguiria passar?!!).

Isso tudo vinha muito rápido...ficamos nós três na torcida para que ele fosse em direção à luz Pensei em São Francisco com aflição. Nada. Implorei à Fonte que o libertasse já em desespero. Nada. Finalmente remeti a situação toda à inteligência da Luz e à Graça. Foi instantâneo e como num passe de mágica ele foi bem na direção daquela luz e saiu pela brecha da janela e se libertou daquele quartinho da bagunça. Nós três pulamos muito de mãos dadas e gritando e rodopiando sem parar: “LI-VRE! LI-VRE...LIVREEEEEEEEEE!” rsrsrsrsrs Foi lindo de se ver!!

Fui correndo pro meu quarto para o alinhamento, morta de feliz, e daí, muitas fichas caíram...

Muito interessante também foi que parecia que nós três éramos uma multidão na torcida e lembrei demais de vocês três (Thaís, Anthonio e Rosa) e da Zulma.

Quando fui rever o ocorrido já tinha tudo bem claro, óbvio, e era com se a voz da Rosa falasse junto com a minha e como se o sorriso da Thaís e do Anthonio, no silêncio, na Presença, estivessem junto à nossa alegria.

Me lembrei de todo o simbolismo utilizado por Jesus para mostrar a Verdade e me encantei com tudo na carne que se volta para essa Verdade na expansão maior da Fonte que tudo É (me veio também o limitado dentro do Ilimitado).

“Nossas vozes” me relembraram, repassando o “ponto” mais uma vez de que:

O quarto da bagunça dentro da “Casa” representava o corpo, o limitado. Mesmo estando contido no Absoluto, isso não faz dele algo de especial. É apenas um corpo que teve sua função, de ser um templo e tudo o mais que já sabemos. Render Graças a esse templo não significa se encantar com ele e se deixar aprisionar mais uma vez.

O beija–flor se debatendo na luz do teto (que estava apagada pois ainda era final de tarde e a claridade do pôr do Sol era grande) era como se fosse o ego/personalidade nos caminhos da ilusão e com medo de se dissolver, negando o Absoluto.

Pôr do Sol = última chamada = o último discurso do Cristo no Templo e sua última tentativa (na Última Ceia) com Judas para trazê-lo à Verdade. Me lembrei de quem não se cansa de chamar. Quem será? rsrsrs

Éramos três paralisados nos últimos momentos que antecederam a libertação do beija-flor e isso remete a...? Todos nós já fomos muito esclarecidos acerca disso!!!

Na hora do ocorrido, pensei em várias coisas na tentativa de resolver a situação. Quem pensa que pode conduzir algo é a personalidade que está longe demais de se deixar abandonar...e abandonar tudo, inclusive o conhecido. Chamar pelo Pai é muito diferente de ser o Pai (Eu e meu Pai somos Um).

Achar que a Luz cega (e que não permite enxergar devido ao tamanho do seu brilho) e impossibilita de ver o caminho, é mais uma ilusão do ego que sabe que seus dias estão contados e se utiliza do mental com explicações derradeiras numa vã tentativa de chamar atenção e continuar sobrevivendo. Aqui me lembrei fortemente da imagem que havia no MM daquela menina de asas voando no céu sobre a bicicleta. HAHAHA, pro ego que ainda acha que está no comando, e infeliz de quem acha que nessas alturas do campeonato controla alguma coisa, pois a personalidade e a alma dos que escolheram a Verdade estão à serviço do Pai.
Os olhos da carne não conduzem jamais ao Caminho, à Verdade e à Vida. E cada um tem o seu seu tempo, conforme seu contrato com CM, de permanecer na carne....de nada adianta "querer" controlar o "quando vai acontecer" a experiência do Extase no Absoluto. (Pai, que seja feita a tua Vontade e em tuas mãos entrego o meu Espírito).

O beija-flor em si somos nós que independentemente de lugar, tempo e espaço, no instante do presente que é a manifestação da Graça de que somos, é a Verdade, a Eternidade, a Beleza, o Amor Luz, a Onda da Vida e o Absoluto que sempre fomos e que agora se desvela definitivamente em nossos Corações quando focamos a Luz ao invés das outras coisitas ilusórias. A crucificação é fato e antecede a Ressurreição, mas não há que se dar atenção demasiada ao que morre. (Deixai os mortos enterrar os mortos).

A Luz Branca cega somente os que preferem continuar cegos. Ela É nosso passaporte para a LIBERDADE.

Bem, já escrevi demais e paro por aqui, porque senão essa pequena historinha de verdade vai se tornar um livro grande e sei que, por mais que se distrair o mental com explicações tenha lá sua função, prefiro deixar para que cada um faça as relações, ou não, com essa doce experiência que tivemos nesta tarde de hoje.
Meu objetivo maior foi só de contar pra vocês mesmo porque achei muito lindo vivenciar aquele beija-flor tão pretinho e lindinho ir para a Luz branca na Graça. Isso tudo se deu em seis minutos e me lembrei daquela outra experiência que tive em que o corpo da carne se derretia em seis segundos até surgir o “corpo glorioso”.

Claro que pra finalizar, não posso deixar de mencionar que quando o beija-flor se libertou e nós ficamos pulando de alegria, me lembrei de todos nós, aqui e acolá, vibrando com a passagem de cada um!!! Viva a Liberdade!

Boa Ressurreição pra nós e um beijo repleto de alegria em seus lindos corações.

Ana E.


Nota MM: Nós sentimos, pedimos, e a querida Ana nos autorizou a compartilhar aqui no MM o que consideramos um precioso presente para o dia de hoje (sexta-feira santa).
http://minhamestria.blogspot.com/

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