domingo, 29 de abril de 2012

Dia 03/05 – 5ª-feira: AJUSTAMENTO À LUZ VIBRAL e ACOLHIMENTO DO MANTO AZUL DA GRAÇA - Autres Dimensions

NOTAR A MUDANÇA DE HORÁRIOS PARA O BRASIL (sublinhados nas figuras)
 AJUSTAMENTO À LUZ VIBRAL
Título do e-mail: Nome SOBRENOME
Obs.: e-mail em branco, sem texto.

A PRÓPRIA PESSOA DEVE ENVIAR O SEU E-MAIL,
NÓS NÃO ASSUMIMOS ESSE COMPROMISSO.
Maiores informações: clique aqui

ACOLHIMENTO DO MANTO AZUL DA GRAÇA


COMO SEMPRE, HÁ APENAS A SUA VERDADE.
O Acolhimento do Manto Azul da Graça e o Ajustamento à Luz Vibral / Radiância Arcangélica são independentes um do outro.

Vocês podem, então, escolher viver um ou outro desses dois espaços ou vivê-los consecutivamente (um após o outro).
Sua escolha também pode variar de uma 5ª-feira para outra, depende unicamente do seu sentir.


Obs.: para o 'Acolhimento do Manto Azul da Graça' não é preciso inscrição, ou seja, não é preciso enviar e-mail.






Na FRANÇA, a ‘hora de verão’ começa no domingo, dia 25 de março de 2012, às 02h00 (hora local padrão).
http://24timezones.com/pt_horamundial/paris_hora_local.php
Em PORTUGAL, a ‘hora de verão’ começa no domingo, dia 25 de março de 2012, à 01h00 (hora local padrão).
http://24timezones.com/pt_horamundial/paris_hora_local.php

***

- HORÁRIOS NO BRASIL -
Mapa sem horário de verão e respectiva tabela:
http://pcdsh01.on.br/Fusbr.htm
Mapa com horário de verão e respectiva tabela:
http://pcdsh01.on.br/FusoBR_HVCorrente.htm
fonte: http://pcdsh01.on.br/
Elaborado por Zulma Peixinho
Via: http://portaldosanjos.ning.com

ELE CHEGOU E PESSOAS POR TODO MUNDO ESTÃO VENDO


Nota MM: Somente nesta última semana de abril foram centenas de registros com vídeos no YouTube por todo o planeta, do que já é visível e inquestionável. Os vídeos abaixo (de vários países) comprovam e, intercalado aos vídeos, relembramos, o que nos foi dito com uma expressiva antecedência via telepatias cósmicas.
O que os céticos diriam?
Que o receptor inventou?
Que ele tem "poderes", literalmente, astronômicos?
Há os registros destes conteúdos com suas respectivas datas em vários sites e blogs pelo mundo afora, o MM é apenas um deles.


Sabemos que o que se passa em nosso Interior, se passa igualmente no Exterior (na realidade não há nem Interior nem Exterior), desta forma estamos vivendo o momento de Integração com nosso Duplo, O Casamento Místico, a União Mística, e o Duplo do Sol é Hercólubus.
Então, caro amigo, Betelgeuse quer dizer «a casa».
É também «o ombro do Gigante».
É o lugar de domicílio, na constelação de Órion, dos Gigantes que construíram, há 320.000 anos, os Círculos de Fogo dos Anciões.

  Quando esses Gigantes partiram, eles juraram voltar para restabelecer a Luz original.
O primeiro impulso de supernova de Betelgeuse ocorreu muito precisamente em 15 de agosto do ano 2009, no momento em que a Embarcação dos Annunakis, chamada Nibiru, foi caçada e banida aos confins desse sistema solar.
Obviamente que Betelgeuse é a Luz que volta.
Betelgeuse terá passado, no momento em que a Luz chegar, atrás da estrela fixa da Constelação de Sagitário, muito exatamente a 19º de Sagitário.
É uma profecia que havia sido dada por Orionis quando era encarnado como walk-in de Michel de Nostre Dame ou Nostradamus.
Ele deu, muito precisamente, o retorno da Luz pela flecha de Sagitário.
Isso corresponde, inteiramente, à mitologia remota dos Gigantes e corresponde também como um dos elementos do retorno da Luz.
Então, é claro, vai-se dizer que não é para imediatamente.
Eu lhes diria que pode ser a partir de hoje, mas que a influência das irradiações de Betelgeuse foi captada pelos seus cientistas, certamente, uma vez que eles disseram que aquilo ia tornar-se uma supernova.
Se eles adivinharam, é por uma visão, obviamente.
Aquilo corresponde a modificações tangíveis das irradiações de Betelgeuse, e corresponde, efetivamente, a modificações de seus céus extremamente importantes.
Mas Betelgeuse é apenas um dos elementos do retorno da Luz, uma vez que o que vai ser afetado prioritariamente, e é já o caso, não é a Terra, mas o Sol, que é a retransmissão de muitas coisas.
O Sol, como sabem, é onde se encontram seus corpos de Estado de Ser.
Cada Sol é ligado a outro Sol, que é seu duplo ou seu triplo, e o duplo do Sol é o que se chama de Hercólubus, ou seja, também o que chamaram os cientistas, Nemesis (a vingança ou a estrela da morte) é o gêmeo solar que volta no plano do eclíptico no qual giram os planetas.
Todos esses acontecimentos, a Luz de Betelgeuse que se transforma em supernova, a transformação do Sol em gigante vermelho, a subida de Nemesis pelo Sul dos planetas, aos confins do sistema solar, a chegada na qual vocês estão agora, doravante, nas nuvens interestelares e o alinhamento com o Sol Central de todas as galáxias que é Alcyone, a Fonte, tudo isso se produz de maneira concomitante, nesse momento mesmo.
Portanto, é claro, haverá modificações que são já visíveis no céu, como lhes disseram Anael e Uriel, eu creio.
Tudo isso é extremamente visível.
Tudo isso é observável.
Tudo isso é perceptível.
São o início das modificações que haviam sido assinaladas por São João ao nível dos céus, que vocês vivem e, como se diz, ao vivo, não é?
É isso que vocês vivem.
Então, agora que Betelgeuse dá esta Luz visível, e amanhã, em seis meses, pouco importa, uma vez que tudo isso se produz nesse momento mesmo.
Está já aí.
A irradiação do Sol, e isso eu já disse, e outros lhes disseram, não é mais de modo algum a mesma.
Para os que tinham o hábito de olhar o Sol ou ao lado do Sol, antes, era amarelo, não é?
Agora, é branco.
É uma evidência, mesmo para os cientistas.
Tudo se modifica.
Então, Betelgeuse é um elemento da dinâmica cósmica, da dinâmica e do salto Dimensional da Consciência da Terra e de vocês mesmos, que vivem nesse momento mesmo.

O.M. AÏVANHOV – 13 de fevereiro de 2011
A irradiação, obviamente, de Alcyone, denominada por seus cientistas, e chamadas conosco, de ‘a Onda Galáctica’, a chegada de Hercólubus modificando as cargas elétricas presentes nesse sistema solar, tendo já profundamente modificado seu Sol, cujo espectro de irradiação não é mais de todo o mesmo.
Da mesma maneira que vocês vivem, vocês também, seu coroamento, lembrem-se que os outros planetas o vivem também e que o Sol, aquele que é o astro que lhes permitem viver, mesmo de maneira falsificada, deve, ele também, se transformar.
Assim então, o Sol que emitia no amarelo, se aproximando da Onda Galáctica, revela um espectro associado ao ultravioleta e à Luz branca.
O Sol se tornando aparentemente mais frio e se tornando de cor mais pálida.
Sua transformação final será feita por um gigante vermelho.
Isso corresponde à chegada total da Luz, não mais somente a Onda Galáctica, mas a pressão das forças ligadas a Hercólubus.
Assim como as partículas Adamantinas e, também, o que vocês terão criado, por vocês mesmos, permitirá desencadear o que nós denominamos, com vocês, na ausência de uma palavra melhor, a ignição do Sol.
Como o sabem, outros planetas, nesse sistema solar, estão modificados.
Alguns falam mesmo de segundo Sol.
Esse termo não é de todo adequado.
Com efeito, o planeta o maior de seu sistema solar não tem a massa cinética suficiente para se tornar um verdadeiro sol, mas isso pode ser assimilado.
O importante não é isso.
Eu lembro-lhes que o importante é seu ser Interior.
As condições de suas vidas mudam.
Muitos dentre vocês vivem transformações de Consciência e de modos de vida já muito importantes.
A Terra deve fazer o mesmo.
O que vem é efetivamente importante, mas quanto mais vocês estiverem em sua Alegria, no estabelecimento de seu próprio Samadhi, mais vocês poderão trabalhar e agir no sentido do Serviço, nesse mundo.

ANAEL - 29 de setembro de 2010
Pergunta: o segundo sol é o planeta que os cientistas acabam de identificar sob o nome de Eris?
Não.
O segundo sol é, infelizmente, ligado ao abrasamento nuclear de Júpiter que é, ele, desencadeado pelo planeta que vem.
Pergunta: poderia descrever mais precisamente esse fenômeno?
É dificilmente realizável por palavras porque essas palavras lhes mostrariam apenas o mecanismo exterior.
Uma vez mais a ignição e nuclearização de Júpiter são ligadas ao despertar em vocês forças do coração.
Vejam ali apenas isso.
A contrapartida física é, ela, secundária e, entretanto, dramática.


Pergunta: se há um segundo sol, devido à ignição de Júpiter, isso significará que não haverá mais noites sobre a Terra?
Não. Isso significa que vocês vão receber energias de tipo nuclear e nada mais.
MIGUEL – 22 de janeiro de 2009
Pergunta: poderia nos falar dos fenômenos luminosos?
Há vários fenômenos luminosos que apareceram.
A primeira coisa a fazer se você vê um fenômeno luminoso atmosférico (aí, não falo do aspecto do Sol ou de Júpiter ou de Hercólubus, mas um fenômeno luminoso que apareceria e que permaneceria no lugar), então, neste caso, pegue toda sua tralha e mude de lugar, porque é a força de Miguel que se desencadeia nessas regiões, de maneira extremamente violenta.
Quando digo: pegue sua tralha, é no seu interior, é o momento de entrar na interioridade.
Esses são os fenômenos, eu diria, luminosos atmosféricos que estão no interior de sua atmosfera.
Há outros fenômenos, obviamente, como a dança do sol que vocês verão muito em breve ou ainda o resplendor de Júpiter, que vai tornar-se um segundo sol visível a olho nu, ou ainda Hercólubus.
Mas, isso, são fenômenos extra atmosféricos, que assinalarão outros acontecimentos no momento em que os três acontecimentos se realizaram.
Mas isso é para daqui algum tempo, não é imediatamente.

O.M. AÏVANHOV – 12 de março de 2009
O que está no alto é como o que está embaixo, para fazer o milagre de só uma coisa, muito em breve.
Assim, a modificação de seus Céus, a modificação do Sol, o aparecimento do segundo Sol e uma multidão de luzes nos seus Céus corresponde exatamente ao que vocês vivem ao Interior de sua consciência e ao que vive a Terra.

MARIA - 6 de março de 2011
Pergunta:: se Júpiter se torna um segundo Sol, isso tem uma incidência sobre a estase?
Bem amado, jamais Júpiter terá o tamanho suficiente para se tornar um segundo Sol.
Júpiter está se tornando o que é chamado um Pulsar.
Um Pulsar emite irradiações próximas do Sol, mas não é um Sol.
Não haverá segundo Sol.
Haverá o aparecimento de uma Luz semelhante a um Sol, que é simplesmente o companheiro chamado Nemesis ou Hercólubus, que será visível aos seus olhos de carne, visível para o instante unicamente em Infravermelho e sob certas latitudes e longitudes, em alguns momentos da rotação da Terra.
A partir do momento em que o sobrevôo acima do eclíptico de Hercólubus superar um ângulo de 30º, ele se tornará visível de acordo com as posições da Terra ao redor de sua rotação solar, de maneira evidente para os olhos humanos.
Isso não é, tampouco, um segundo Sol.
Existe um efeito sobre a Terra, uma grande confusão nesta noção de segundo Sol.
A força galáctica, a Confederação Intergaláctica, a irradiação da Luz Fonte de Alcyone, as radiações do Ultravioleta, a irradiação do Espírito Santo retransmitida por Sírius, o conjunto de modificações observáveis sobre esta Terra e sobre esse sistema solar, resulta da ação de certo número de fatores astrofísicos bem reais, responsáveis por certo número de transformações observáveis mesmo em sua Lua.
Alguns de vocês já se aperceberam.
Júpiter emite já como um Pulsar.
A atmosfera de Júpiter está profundamente modificada, permitindo à sua irradiação nova, efetivamente, afetar, desde fevereiro de 2009, suas estruturas.
Mas, daí a chamar Júpiter um segundo Sol, há uma distância.

ANAEL – 21 de novembro de 2010


LEITURAS COMPLEMENTARES:

SINFONIA INTERGALÁCTICA - AÏVANHOV
HERCÓLUBUS - O SOL NEGRO - AÏVANHOV
O COMPANHEIRO DO SOL

COLETÂNEA: HERCÓLUBUS - PARTE 1
COLETÂNEA: HERCÓLUBUS - PARTE 2
COLETÂNEA: RAIOS GAMA
COLETÂNEA: PLANETA GRELHA - PARTE 1
COLETÂNEA: PLANETA GRELHA - PARTE 2
COLETÂNEA: LOCALIZAÇÃO DE HERCÓLUBUS
COLETÂNEA: NIBIRU
COLETÂNEA: ONDA GALÁCTICA - PARTE 1
COLETÂNEA: ONDA GALÁCTICA - PARTE 2
COLETÂNEA: ONDA GALÁCTICA - PARTE 3
COLETÂNEA: ESPECIAL - NEMESIS, NIBIRU, HERCÓLUBUS E COMETAS - A GRANDE ÓPERA CÓSMICA



Trechos intercalados da COLETÂNEA: SEGUNDO SOL
Trechos extraídos das mensagens do site http://www.autresdimensions.com
Traduzidas para o português por:
Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com e
Zulma Peixinho http://portaldosanjos.ning.com
Seleção e Edição: www.mestresascensos.com
http://minhamestria.blogspot.com/

O CASAMENTO MÍSTICO


O CASAMENTO MÍSTICO por UnidadeSirianos
http://minhamestria.blogspot.com/

domingo, 15 de abril de 2012

BIDI - 13-04-2012 - PARTE 3 - AUTRES DIMENSIONS


Pergunta: o riso é uma emoção? É preciso refutá-lo?

O riso pode ser emoção.
Do mesmo modo, ele pode ser cínico.

Ele pode ser, também, a tradução da Alegria.
Ele não é um riso, mas o Absoluto É rir.

Mas o riso do Eu não é o riso do Si e, ainda menos, o riso do Absoluto.
Tudo depende, do que você ri ou de quem você ri?

Se o seu riso é uma causa ou uma consequência, isso não é a mesma coisa que o riso do Absoluto.
Não há, portanto, um riso.

Pergunta: as vibrações que eu tenho sentido me colocando a questão “quem sou eu”, persistem até hoje, é às vezes agradável e desagradável. Isso vai durar?
Isso irá durar até o momento em que você decidir não ser nem este corpo nem esta Vibração e, ainda menos, um corpo percorrido por uma Vibração.

Isso nunca irá parar, mas irá desaparecer quando você se tornar o que está depois (ou por atrás) do corpo e da Vibração.
Isso se denomina o Absoluto.

A Vibração vai se tornar mais intensa, em meio a este corpo, como lhes disse uma das Estrelas, há pouco tempo.

Até o momento em que o ego (ou o Si) capitular, render as armas.
Naquele momento, você não será mais este corpo, mas todos os corpos, sem qualquer exceção.


Você não será mais esta Vibração, mas todas as Vibrações, sem exceção.
Outro nome: Deslocalização, multilocalização, Dissolução e, portanto, o Absoluto.
O Absoluto irá nascer naquele momento.

Aí também, podemos dizer: “permaneça tranquilo e deixe agir, você não é isso”.

Pergunta: é mais correto dizer: “eu não sou isso” ou “eu não sou este corpo”?
Eu falava sobre isso no relativo, ou seja, deste corpo ou das suas manifestações.
Vocês são exatamente isso: o Absoluto.

Mas vocês não são isso: essas manifestações, esse corpo ou essas Vibrações.
Mas apenas a Vibração (digamos) exata, que contribui para libertá-lo da própria Vibração.

Pergunta: chegar ao Absoluto indica que nos resta pouco tempo para viver nesta vida?
Você não pode chegar ao Absoluto: é o Absoluto que chega até você.
Não é a mesma coisa.

Enquanto você considerar que você deve chegar ao Absoluto, o Absoluto jamais vai chegar.
Colocar a questão da persistência deste corpo, desta pessoa, quando o Absoluto chegar, não tem qualquer sentido, porque esta questão desaparece por si só.

Somente o ego ou a pessoa pode fazer esta pergunta, mas você não pode se apreender do Absoluto e, ainda menos, chegar até ele.

Isso reflete simplesmente a vontade de persistência do ego que, no entanto, é mortal, um dia ou outro.

Qual será a persistência desta questão, na hora em que este saco de comida não estiver mais aí?

Você não pode conceber o Absoluto, ou mesmo representá-lo, como um objetivo ou como alguma coisa em que você deve chegar, ou um estado que você deve estabelecer.

Ele já está aí.
Ele já está estabelecido.

É simplesmente o ego que o impede de estar aí, ao passo que ele já está aí.

A questão da subsistência do efêmero apenas reflete o medo e a dúvida, como sempre.
Ouse dizer: “eu sou Absoluto”.

Ouse Ser.
Mas não se coloque a questão de ali chegar, porque você constrói um muro intransponível.

Pergunta: o Absoluto está contido em nosso DNA?
O Absoluto não está contido em forma alguma.
A forma efêmera, que você é, pode viver manifestações do Absoluto.

Você pode Viver e Ser o Absoluto.
Mas querer falar de DNA, isso é prender-se a uma forma.

Será que a Terra tem um DNA?
Ela tem uma assinatura.

O DNA nada é senão uma assinatura, um código, se você preferir, eletromagnético.
O Absoluto é tudo, exceto um código eletromagnético.

Você procura, ainda uma vez, prender-se a um conhecimento (que você acredita possuir), mas que é apenas uma crença.

Você conhece a estrutura do DNA?
Portanto, você coloca na dianteira uma palavra, um conceito, uma ideia, que você não tem qualquer noção, e você leva um conhecimento em meio à ignorância que estritamente de nada serve e que apenas faz nutrir o ego.

Esqueçam tudo isso.
Esqueçam tudo o que vocês conheceram ou que lhes dá a impressão de ser conhecido, o que é pior.
Do mesmo modo, se eu lhe pergunto o que é uma cor, a resposta científica será definir um comprimento de onda, a resposta do artista será definir as emoções, etc., etc..

Mas será que alguém sabe realmente o que é uma cor?
Mais uma vez, isso é apenas uma projeção.

Há uma necessidade visceral, no ego (essa mesma necessidade, colorida diferentemente, existe no Si): querer tudo reconduzir a um conhecido.

O Absoluto não é conhecido e não pode ser conhecido.
Ele apenas pode ser vivenciado.

É o momento em que cessa toda projeção, é o momento em que cessa toda vontade de identificação a um corpo, a uma história, a uma vida passada e a um mundo.

Ousem e vocês verão.
A única coisa para realizar, a única realização, é aquilo que lhes mostra que nada há a realizar.

A Liberação é isso.

Pergunta: se eu ouso dizer: “Eu sou o Absoluto”, o que eu faço naquele momento?

Cabe a você fazê-lo, mas suprima o “si”.
O ego sempre vai supor e sempre vai pôr um “si”, porque ele procura antecipar, compreender.

Você não pode compreender e você não pode antecipar e você não pode, ainda menos, supor.

Pergunta: se não há nada a fazer, por que o Absoluto não chega de maneira mais “automática”?
Porque a FONTE (como o Absoluto) respeita o que você crê, o que você pensa e não pode interferir.

O Absoluto está sempre presente.

Mas ele se torna presente a você, a partir do momento em que você estiver vazio de si, e não antes.


O Absoluto (se o pudéssemos supor, o que é absurdo) que fosse querer se estabelecer, a todo custo, para restaurar Sua Verdade Absoluta, entraria em negação.

Todos aqueles (todas as Consciências confinadas) que aderem ao livre arbítrio, são Livres para vivê-lo.

Enquanto eles quiserem permanecer na experiência, na projeção, eles são Livres.
O problema, ligado ao confinamento, é que o conjunto dessas crenças e dessas vontades de experiência, construiu um muro, cada vez mais impermeável, que vocês, em parte, fizeram desmoronar.

O Absoluto já está aí, é claro, além de toda falsificação e de toda alteração.
Nenhuma vida poderia ser manifestada sem esse princípio de respeito.

Mas é a Consciência que ela mesma se distanciou, em seguida, do Absoluto, fazendo o jogo da falsificação.

Tornar-se Autônomo e ser Liberado é superar ao mesmo tempo a noção de culpa (consigo, como com a Terra ou como com o outro) e, também, Transcender toda noção de responsabilidade.


O Absoluto não é uma Consciência, seja qual for.

Pergunta: é a mesma coisa dizer: “Eu sou o Absoluto” e “Eu sou Um”?
Não.
“Eu sou Um” conduz ao Si, à experiência do Despertar e à Realização.

Mas o Absoluto, como nós o temos visto, estritamente nada tem a ver, de perto ou de longe, com o Despertar, com a Realização, ou com o Si, já que o Absoluto é, digamos, o não Si.


É a perda do sentimento de toda individualidade, de toda personalidade, de toda localização em um corpo, em um tempo, em um espaço.
Coisa que o ego sequer pode imaginar, nem mesmo o Si.

Portanto, jamais o “Eu sou Um” irá conduzir ao Absoluto.
Apreendam-se bem de que as palavras que vocês empregam (como em uma questão anterior que envolvia chegar ao Absoluto) são uma heresia e apenas fazem traduzir o erro de visão, o erro de compreensão, já que, de todo modo, não pode existir a menor compreensão no que se refere ao Absoluto.

Pergunta: se o Absoluto vem a nós, a única coisa a “fazer” é ousar Abandonar-se a Ele?
Jamais foi dito isso.
Ousar ser o Absoluto não é ousar Abandonar-se ao Absoluto.

É o Abandono do Si.

Não misturemos as palavras.
Não acrescentemos outras palavras.

Ousar ser o Absoluto não é ousar Abandonar-se ao Absoluto.

Como poderia se Abandonar ao Absoluto?
Pode-se apenas Abandonar o próprio Si.

Abandonou-se à Luz, à Inteligência da Luz, que criou o Despertar, que construiu o Si, o Corpo de Estado de Ser, através dos processos que vocês vivenciaram ou leram.

O Absoluto é, de algum modo, uma desconstrução final de tudo o que foi construído.
Ousar ser o Absoluto nada tem a ver com ousar Abandonar-se.

O Abandono do Si nada tem a ver com isso.

Pergunta: é correto pensar: “eu refuto a Vibração”?
De qual Vibração falamos?
Vocês não são a Kundalini.

A Onda da Vida sobe, ela desencadeia uma Vibração extremamente intensa (às vezes incômoda ou dolorosa) deste corpo.

Vocês não são nem este corpo, nem esta Vibração.

Nós não estamos mais, desta vez, em uma refutação, mas, sim no aparecimento da Transcendência.

Somente quando (de algum modo e de maneira metafórica) vocês superarem isso, é que, efetivamente, vocês passam pela Porta.

E depois vocês se apercebem, somente depois, de que não há Porta.
Mas não antes.

Negar a Porta, antes de tê-la passado, nada significa.

Pergunta: rir do medo do ego para colocar uma questão, é aproximar-se do Absoluto?
Do mesmo modo que não chegamos ao Absoluto, não nos aproximamos.

É ele que se aproxima, a partir do momento em que o ego, ou o Si, dá voltas, digamos, em sua própria questão, sobre a sua própria existência.

Nesse sentido, sim, do seu ponto de vista, vocês se aproximam do Absoluto.

As percepções, mesmo Vibratórias (intensas, atualmente, para alguns de vocês), são, de alguma forma, uma premonição, uma antecipação, a antecâmara (se bem que isso não existe realmente) do Absoluto.

Isso é um incentivo.

Pergunta: seria possível ter uma síntese do que é preciso fazer ou não fazer?
A síntese lhes foi dada e expressa pelo seu grande Amigo (ndr: intervenção de UM AMIGO de 12 de abril de 2012).

O importante jamais seria a síntese, nem a análise, mas, sim, a integração, que é, na realidade, uma desintegração.

Pergunta: o que é preciso jamais refutar?
Tudo o que é conhecido deve ser refutado.
A única coisa que não pode ser refutada é o Absoluto.

Justamente: a única coisa que refuta o ego.

Lembrem-se de que refutar não é a recusa, nem a negação, mas perceber claramente que isso é apenas uma verdade relativa que não tem qualquer consistência, nem qualquer duração.

É uma desidentificação, uma não implicação e uma cessação, de algum modo, de toda projeção.

Pergunta: há diferença entre a refutação e o “não”?
A refutação apresenta um aspecto mais profundo, porque vocês podem negar alguma coisa sem compreendê-la.

A refutação não é necessariamente uma compreensão, mas é, antes de tudo, uma lógica elementar.

O que é para refutar é o que é conhecido, porque limitado.

O Absoluto não sendo nem conhecido, nem limitado, convém, portanto, eliminar o que é conhecido e limitado.

Então, restará somente o Absoluto.

É o princípio da investigação, como foi explicado para vocês.

Não se coloquem a questão do Absoluto.
Não se ocupem do Absoluto, tampouco: ele está aí.

Contentem-se em refutar o que ele não é, ou seja, o que vocês conhecem.

E deixem assim como este corpo quer viver.
Quaisquer que sejam as suas atividades, elas não se referem a vocês.

Pergunta: dizer “eu sou o Absoluto”, tem o mesmo efeito sobre o ego que uma refutação?
Isso é diferente.
Refutar é um procedimento ativo.

“Eu sou o Absoluto” não é nem um procedimento, nem uma afirmação.
Aliás, se você pronunciar esta frase: “eu sou o Absoluto”, sem o ser, você irá constatar muito depressa a mentira.

Ousar ser o Absoluto é Sê-lo.
Se isso for verdadeiro, não há qualquer mentira.

Não há, tampouco, também, qualquer ego e qualquer Si que estejam presentes para contestá-lo.

O ego sempre irá recusar pronunciar esta simples frase.
Tente e você verá.

O ego sempre aceitará a refutação porque isso é, aliás, o seu único contexto de ação: sim / não, bem / mal, verdadeiro / falso.

Você apenas desloca, de algum modo, a consciência, de maneira que o ego chegue, ele mesmo, sozinho, a um disparate.
Permitindo-lhe negar ele mesmo, o que, para ele, é intolerável.

Naquele momento, o “eu sou” aparece.
Faça a mesma coisa, o “eu sou” irá vivê-lo, ele também, como intolerável.

Então, o não Si irá aparecer.
Ele sempre esteve aí, mas o próprio princípio da refutação vai conduzir ao Absoluto de maneira natural.

Quando eu digo conduzir, é o fato de eliminar todo o resto que permite ao Absoluto, que sempre esteve aí, de estar aí.

Não há movimento, não há deslocamento, não há caminho, não há objetivo.
É isso que os faz descobrir a refutação, tanto do que constitui o conhecido do ego, como o conhecido da realização.

Pergunta: é mais potente refutar o que eu sou?
Na medida em que você não é o que você crê, o que você vê, o que você sente, o que você percebe, e ainda menos esta história presente neste corpo.

O que mais você quer fazer?
Há, como foi dito, uma imperiosa desidentificação prévia.

Pergunta: durante o alinhamento, a vibração era extremamente forte no peito, um som estridente envolvia todo o corpo, um orifício bem aberto apareceu no ponto KI-RIS-TI. O que foi isso?
O Absoluto bate à porta.
O vazio foi criado.

As condições iniciais (se eu posso nomeá-las assim) estão preparadas.
O vazio está suficientemente vazio, quase inteiramente vazio.

Mesmo isso deve ser esquecido.
Não se concentrem na Vibração.

Vivam-na, mas vocês não são, tampouco, isso.
Não a neguem porque ela está aí.

E por mais que vocês a refutem, ela não irá desaparecer, quando vocês chegarem (digamos) a esse estado.

Quando a Vibração se torna intensa, ou mesmo violenta, como descrito pela Estrela GEMMA, vocês instalam, em vocês, um mecanismo particular de Êxtase e de Íntase, assim como de estase que é, como vocês sabem, a testemunha do Absoluto.

Naturalmente, mesmo em meio ao Êxtase, qualquer que seja a duração, a permanência ou a irregularidade, isso não lhes dá carta branca para estabelecer-se, de maneira definitiva, no não Si.

Isso significa que o Absoluto está aí.
Porque isso leva, aí também, aparentemente, um certo tempo para atingir o ponto de inflexão, o ponto de basculamento, ou seja, para estabelecer totalmente a transcendência.
A partir daquele momento, não se ocupem mais disso.

Do mesmo modo que a Inteligência da Luz age, a Onda da Vida faz o seu trabalho, até o momento em que vocês se tornam a Onda da Vida, ou seja, o Absoluto.

O Absoluto não pode ser conhecido, ele apenas pode ser vivenciado.

Vocês não podem, portanto, de maneira lógica, dizer que a Onda da Vida seja o Absoluto.
Mas a Onda da Vida é o reflexo, aí onde vocês estão.

Pergunta: o meu corpo fica, naquele momento, contraído. Por quê?

Será que o seu porque vai permitir-lhe avançar para o que quer que seja?
Ele o fará recuar.

É o mental e o ego que querem, incansavelmente, compreender.

Enquanto houver a menor veleidade de querer compreender, você não pode ser o Absoluto, simplesmente, porque há esta questão.

Permanecer tranquilo e estar em Paz é aceitar o Abandono do Si, ousar ser o Absoluto.
O Absoluto apenas se instala se nada de você permanecer.

Sendo o Absoluto, o que pode significar o que acontece neste corpo?
Isso é uma exibição.

O corpo é uma marionete.
Portanto, se há um fio que se estica, que se rompe ou que se solta, não tem qualquer efeito sobre o Absoluto.

Testemunhar a Onda da Vida mostrou ser importante, não para vocês, mas para a própria Onda de Vida.

Por outro lado, querer traduzir mais o que quer que seja (em seus trajetos e seus efeitos) é inútil.

Como os Anciãos lhes disseram, os trajetos são reais.
E se vocês se perguntarem uns aos outros, vocês irão reafirmar esses trajetos, mas vocês irão se afastar do Absoluto.

Não se ocupem disso.

Será que vocês se preocupam em saber onde ficam os ureteres para ir ao banheiro?
Será que vocês se preocupam em saber como caminhar, uma vez que o aprendizado foi realizado?
Não, vocês caminham.

É o mesmo para a Onda da Vida.

Não confundam a análise dos mecanismos com a vivência dos mecanismos.
Aliás, para analisar um corpo, como é feito na anatomia, foi preciso que esse corpo morresse.

Esse não é o objetivo da Onda da Vida, não é?
Portanto, cessem de fazer morrer o que está.

Pergunta: quando sentimos as vibrações, podemos dizer: “eu não sou esta vibração”?
Vocês podem afirmá-lo o quanto vocês quiserem, ela não irá desaparecer.
É questão do Abandono do Si, naquele momento.

O melhor é, efetivamente, como foi dito, permanecer tranquilo.

Não se ocupem de nada, a Cópia [o Duplo] está aí.
Não se ocupem da Cópia.
Não se ocupem de nada.

Façam o que vocês têm que fazer, sem se implicar, mas façam-no.

Eu falo das atividades de rotina ou daquelas que são impulsionadas pela alma.

Elas não dizem mais respeito a vocês do que o que acontece ao nível da Vibração.

Nós não estamos mais, por assim dizer, nessa fase aí, final, que precede o desaparecimento de toda fase, em um processo de refutação ou de negação, ou de aceitação.

É nesses momentos que o mais importante é, efetivamente, o Yoga da Eternidade, que pode ser resumido assim: nada façam, permaneçam tranquilos, estejam em Paz.
E isso é tudo.

Vocês são o Absoluto.


Enviado por Rosa
Mensagem de BIDI - Parte 3 no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1421
13 de abril de 2012
(Publicado em 14 de abril de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
http://minhamestria.blogspot.com/

BIDI - 13-04-2012 - PARTE 2 -AUTRES DIMENSIONS


Pergunta: Deixar acontecer permite atingir a contagem de si, o que você chamou de "deixar-se limpar e lavar"?

Sim, como você acredita e joga o jogo de melhorar o que quer que seja, você se afasta do Absoluto, ou pelo menos ele se afasta de você. Porque, como você é pego jogando com você mesmo, como você é pego jogando com uma pseudo evolução, uma pseudo compreensão, você não faz senão permanecer na ignorância.

"Deixar acontecer" é muito exatamente isso.

Enquanto você é persuadido, ou que você se persuade, de que você deve fazer isso ou aquilo, para ficar melhor, para estar bem, para ser alguém mais valoroso, você continuará alguém. Como pode ser o contrário? O Absoluto não tem nada a ver com ninguém e, sobretudo, com você.

Lembre-se: o Absoluto é o prazer total, totalmente ao contrário do que acontece quando você se ocupa de você porque a satisfação será sempre senão efêmera. O ego vai sempre pedir-lhe outra coisa, sempre mais, ou, sempre menos.

Pergunta: Em um protocolo, senti meu coração disparado. Refutei essa manifestação, dizendo que isso não me pertencia. Parou, mas depois o meu mental manteve-se ativado. Teria feito melhor deixar ir esta manifestação completamente?
O que se manifestou? Uma modificação em seu coração, órgão.
Em vez de refutar a manifestação ou a modificação do órgão, refute o órgão. Esta é toda a diferença.

Isto é o que permitiu a manifestação ou a intervenção de seu próprio mental.
Você não pode ser uma manifestação qualquer do que não existe, assim, refutar uma manifestação de qualquer coisa que não existe, reforça o que não existe. Não se engane de alvo.

A manifestação é um fenômeno agradável ou desagradável que surge, como você o disse, em algum lugar em seu coração. Então, você refutou a manifestação dessa anomalia, e ela desapareceu.

O mental apoiou-se aí também, isto é, sobre o coração, para seguir.
Tal refutação, de alguma forma, reforçou a ilusão de ser este coração que bate. Você retornou à normalidade, assim, a uma existência: ele não desapareceu, o que foi uma alegria para o mental. Mas isso faz parte da experiência.

E como você constata que a experiência (qualquer que seja ela) não faz mais do que reforçar o que é experimentado, mesmo se este tipo de experiência para, em algum momento, você vai estar cansado das experiências e o Absoluto poderá ser.

Se o coração acelera, então você considera que há um coração. É difícil conceber uma aceleração de algo que não existe.

A emoção é apenas a consequência, é por isso que nós falamos do mental, antes de falar da emoção.

Porque o mental se apoia sobre o quê? Sobre a experiência passada.


O mental não passa, a priori, de manifestação corporal, exceto quando se torna demasiado pesado, onde se cristaliza. A emoção envolve o corpo, de uma forma ou de outra. Você não pode refutar uma emoção.

Você pode refutar o que tem uma tradução desta emoção, no mental, porque você se remete, nesse caso, a uma consequência (no caso da emoção), mas não à causa.

Há uma espécie de basculamento, de passagem de um ao outro, entre a emoção e o mental.

Muitas vezes, a emoção põe em movimento o mental.
Ou o mental, ele mesmo, quando ele é suficientemente persuasivo, pode desencadear uma emoção.

Deixe-me explicar: a lembrança de um sofrimento passado, como um luto, é, portanto, um processo mental visto que utiliza uma lembrança, e uma memória e em uma história. A lembrança pode ser suficiente para provocar a emoção. Refutar a emoção não refutará a lembrança e até mesmo reforçará a lembrança. Isto é exatamente o que aconteceu.

Pergunta: ter a cabeça vazia e a impressão de não mais saber em que se pendurar é uma manifestação do ego que solta?
É antes uma manifestação do Absoluto que se aproxima porque se você considera que é o ego que solta, você considera que o ego existe. E, portanto, você se observa.

Agora (sobre o plano do encadeamento ou das etapas ou dos estados que conduzem a não mais viver), o sono, o vazio, a impressão de não mais ter lógica, participam, inegavelmente, em uma espécie de início (mas visto do exterior) para o Absoluto. Ou melhor, você se esvazia de você mesmo, ou melhor, o Absoluto pode tomar lugar.

Desde que haja a menor parte de você, o Absoluto não pode ser. Não há razão para que o espectador assista à cena, se há uma cortina e nada é jogado. Esta é uma primeira etapa.

Pergunta: por que, para alguns, o sono inscreve-se em certa futilidade e para outros traz uma qualidade de Abandono ao Absoluto?
Porque para cada um, eu lhes posso dar uma resposta que é diametralmente oposta, porque eu me remeto ao seu relativo.

E, para cada relativo, efetivamente, uma proposta, para um, pode ser uma proposta estritamente oposta, para o outro.

Porque desde que há palavras, desde que há pergunta e resposta, efetivamente, a resposta pode vos convir ou não vos convir.

O que é verdadeiro em seu relativo, não é verdadeiro no relativo do outro, porque há, efetivamente, do seu ponto de vista, um e outro.

Mas mesmo este questionamento, que você coloca, é importante.
Pois ele lhe permite ver a não compreensão, ou a não lógica aparente, de uma resposta que pode estar ao oposto para a mesma questão.

Mas a mesma questão não concerne à mesma pessoa: há ainda duas pessoas.
Para algumas pessoas, não fazer nada, pode ilustrar-se pela qualidade do sono e, assim, da Libertação que ocorre nesse momento.

Durante o sono, a gente levanta a questão do mundo? Durante o sono, a gente levanta a questão da pessoa? Durante o sono, a gente levanta a questão de uma Realização qualquer? Então, o sono é Absoluto.

Simplesmente, eu não tenho nenhuma lembrança, caso contrário eu ficaria dormindo eternamente e o Absoluto tomaria todo o lugar.

A palavra futilidade não se aplica ao sono, mas em seu sono, neste quadro específico, e unicamente neste contexto, visto que é neste contexto que eu busco para te mostrar.

Como os Anciãos e as Estrelas lhes disseram longamente: ninguém pode passar pela porta em seu lugar.

Tomem consciência de que existe um teatro e todo seu conteúdo é essencial, como se, de alguma forma, do ponto de vista do ego, foi necessário criar ainda mais de ego, mais de eu, para se desviar, finalmente, do eu.

A experiência conduz à experiência. Mas o excesso de experiência vai acabar por matar a experiência.

Peça a uma criança para construir uma casa com pedaços de madeira, se você não lhe der peças suficientes para construir, ele vai dizer que não pode construir a casa. Dê-lhe o número certo de peças, ele vai construir a casa.

Dê-lhe agora três vezes mais peças do que o necessário, o que vai acontecer? Ele fará uma casa ou duas casas ou três casas. Mas dê-lhe, agora, dez vezes mais pedaços. Será que ele vai construir dez vezes a mesma casa? Não. Ele vai se cansar.

Este é exatamente o mesmo princípio para o ego e para o Si.
O recipiente, o corpo (o corpo de alimento como o corpo de desejo), não pode conter mais do que ele mesmo.

Olhe mesmo a existência do desejo, qualquer que seja ele: ele está cheio num dado momento e ele precisa ser reproduzido, e o sentimento de satisfação afasta-se cada vez mais.
Então, é ele de todo eu.

Quando você não responde mais ao desejo, por mais que você se coloque a questão sobre "de onde vem este desejo" é já um primeiro passo.

Os alimentos do ego, quaisquer que sejam eles, sobretudo em uma jornada espiritual, vão alimentar o ego, é o seu objetivo.

Mas virá um momento em que, muito nutrido, o ego constatará, com ruínas e ruídos, que ele não avançou mais do que uma polegada, porque ele não pode avançar, ele só pode se apagar.

É próprio do corpo de desejo.
Ele se enche, mas há limites e, então, ele se esvazia novamente, e ele se enche de novo, e ele se esvazia de novo.

Depois, ele vai procurar preencher-se com outras coisas.
Ele se enche e ele se re esvazia e chega um momento em que a estupidez dessa conduta aparece cruamente, mais ou menos rapidamente, segundo o seu tempo.

Mas todo desejo é feito para ser satisfeito, mas quando ele é satisfeito, nasce um outro desejo.
Eis então, a estupidez de toda busca espiritual.


Não há nada a procurar. Não há nada para encontrar.
Apreendam isso. Vocês adicionam sentido (ou vocês tentam encontrar sentido), ao que não tem nenhum sentido, desde que efêmero.
É característico do ego e do jogo da personalidade.

Pergunta: É normal ter necessidade de atividades como pintura, jardinagem, etc ...?
O eu tem a necessidade de estar ocupado.
Não há nem normalidade nem anormalidade. Há somente que mudar de olhar.

Você não é este que pinta. Você não é o que faz jardinagem. Façamos isso.
Faça-o, se isso te ocupa, se há um impulso.

Não julgue o impulso.

É como para a emoção: o seu corpo implora por comida, você dá a ele.

Seu corpo precisa evacuar líquidos, você vai ao banheiro.
Você não coloca a questão de saber se isso é normal ou não.

Faça o mesmo para tudo o que você tem no coração, por assim dizer, deste corpo ou destas emoções ou deste mental.

Mas você não é isso.
Troque de ponto de vista.

Se fazer jardinagem ou pintar envolvesse uma Liberação, isso seria.
Por outro lado, isso é também uma derivação do mental.

Assim, não há, portanto, que culpabilizar, nem que achar isso normal ou anormal, nem mesmo que se colocar a questão do por quê.

Simplesmente tente localizar-se, em um primeiro momento, no observador: o que você retira? Em seguida, aceite que o que é retirado (de agradável ou de satisfação) não é mais você do que qualquer outra coisa.

O que está em jogo, aí, é sempre o teatro.
Nenhuma atividade deste mundo (social, espiritual, emocional) vai liberá-lo.

Na maioria dos casos, aliás, é mesmo o inverso, através do desejo e da reprodução, ou um senso de dever ou de honra, ou o que é ainda pior: a vontade de bem, ao nível espiritual, com o sentido de uma missão, com o sentimento de algo para completar que mantém o ego ou o Si.


Mas o que quer que se faça, ou não se faça, o mais importante é apreender que você não é nada do que foi realizado.

Esteja ciente de que você joga.
Esteja ciente de que você se sente feliz.

Mas que isso não é, de nenhum modo, qualquer Liberação, nem mesmo qualquer Realização.

Claro que, em outros registros, o ator, o artista, vai ser persuadido a levar um sacerdócio, uma missão, um serviço.

O Absoluto não tem o que fazer de tudo isso.
Ele ainda ri de tudo isso, porque, como vocês estão cheios disso, vocês não são Absolutos.
Não é questão de parar, mas, como já foi dito, vamos fazer, tudo estando lúcidos.

E, desde que você está lúcido, você vai constatar por si mesmo que muitas coisas mudaram.
Em resumo, não é nem normal, nem anormal.

Pergunta: Se eu me pergunto "quem sou eu?" Tenho a sensação de me tornar vazio, meu corpo começa a vibrar e é como se eu flutuasse. O que provoca isso?

Eu qualificaria isso, se se pode nomear assim, de base ao Absoluto, mas mesmo isso deve desaparecer. Ou seja, pode-se dizer a última construção.

Porque efetivamente, pôr-se a questão de "quem sou eu?" desemboca, inevitavelmente, não no Si, mas no não-si, o que o Si ou o ego vai traduzir pelo vazio, o nada, a vertigem que é prévia ao que o Absoluto se revela a você.

Você não é esse vazio. Você não é, tampouco, o que você percebe nesse momento. Passe do outro lado ou, como já foi dito, atrás. O Absoluto está aí.

Pergunta: o que você quer dizer com "o Absoluto está aí, atrás?"
Se você quer uma precisão sobre o Absoluto, é impossível.
Atrás, isto é, por outras palavras: não há teatro. Atrás é a noção de ser como na emboscada.

O Absoluto espera que você passe. Ele espera que você esteja vazio para o Ser, mas ele sempre esteve aí, salvo para você. Nenhum relativo poderia existir sem o Absoluto. O relativo desaparece, desde o instante em que ele se sabe relativo e se aceita relativo.

Não é uma vontade, nem a expressão de um desejo, mas é a perspicácia da ilusão, da cenografia, do ator e do espectador e do teatro. Nesse momento, a explosão de riso chega, você está pronto. O que estava por trás está na frente. Isto quer dizer que ele já não pode ser ignorado. Você é Absoluto.

Pergunta: Existem afinidades entre as consciências, no Absoluto?
Sim, em função, talvez, às vezes, de linhas de origem, por assim dizer de qualquer coisa que tem origem, mas que, no entanto, passou por um lugar (que não é uma memória), mas uma coloração.

Mas lembre-se que o Absoluto não é uma consciência.
Consciência é já uma projeção.

E toda projeção reencontra uma afinidade através de uma outra projeção, isto é, uma outra consciência.

Como para a personalidade, aí também, no sentido da consciência, é preciso deixar acontecer.

Não dê mais peso do que isso não tenha, que esteja relacionado a essa famosa coloração.
O Absoluto não pode ser afetado por qualquer jogo da consciência.

Ele o vê, mas não participa.
Da mesma forma que é necessário a você ver o seu ego, não para julgá-lo, mas para refutá-lo.

Você não pode refutar o que você não vê.
Você não pode refutar o que você vê.

O desconhecido não pode ser conhecido.
Esta é a única coisa que você não pode refutar, e é nesse sentido que ele é a única investigação e a única possibilidade de viver Absoluto.

O ego poderá sempre lhe dizer que isso não é verdade.
Eu responderei então: como você o pode saber, visto que você não o viveu?

É uma projeção e não é uma experiência. O ego existe apenas por suposição, ou por passado (experiências passadas).

Pergunta: Que lugar pode ter a fé no processo de acesso ao Absoluto?
O pior dos lugares, porque a fé é passagem da crença.

Não existe mais do que uma certa forma de fé que lhes foi esboçada por algumas Estrelas (Nota: em particular, nas intervenções de HILDEGARDE DE BINGEN em 31 de março de 2012, 25 de outubro de 2010).

Mas existem, é preciso dizer, muito poucas consciências capazes de tal fé.
Na maioria das vezes, a fé não é mais que um álibi para uma boa conduta.

Como a fé não é uma experiência, ela continua a ser uma crença.

A fé pode acabar, para algumas consciências, por se transformar nesta famosa Tensão para o Abandono e, portanto, no Abandono do Si que é, recordo-vos, aí também, uma refutação do ego.

Então, se a fé lhe conduz à refutação do ego, é perfeito. Mas na maioria das vezes, ela não faz senão reforçar o ego, colocando-o em uma falsa humildade, numa falsa simplicidade, porque é exclusivamente no seio deste mundo e não permitindo de qualquer modo o acesso ao Absoluto.

Esta permanece linear, isso se chama a vontade de bem, isso se chama as boas ações.
A fé, na maioria dos casos, afasta-os da autonomia, e ainda mais da liberdade, porque ela os constrange em regras.

O Absoluto não pode ser limitado por nenhuma regra, principalmente espiritual.

É o erro do ego.
Eu diria: um embuste disfarçado.

Parece-me, aliás, que na sua tradição ocidental, foi dito que quem tivesse a fé para mover montanhas, se não tivesse o Amor, não ganharia nada.

O problema é que o ego sempre fala de amor, ele faz uma reivindicação.
Mas vocês sabem, talvez, por havê-lo vivido, que o amor humano é condicionado e condicionante, enquanto o Amor Vibral é incondicionado e incondicionante.

Isso foi dito ontem por UM grande AMIGO (nota: canalização de UM AMIGO, de 12 de abril de 2012).

Portanto, o amor humano é uma projeção no ser amado, em uma pesquisa, mas ele não é vivido, em si, por si: sem isso, seria chamado a Realização.

A Liberação é bem outra coisa.
Ela é, de alguma forma, a vivência do Amor total, além de todo Si, pela Onda da Vida, pelo Manto Azul e se acompanha, é claro, de uma ausência de focalização, de projeção, ou de qualquer localização, mesmo numa forma limitada existente.

Há, de alguma forma, neste Amor Absoluto, incondicionado e incondicionante, o que eu chamaria de uma permutabilidade.

Vocês são vocês, mas vocês são cada um entre vocês.
Este não é um ideal, mas é a estrita verdade do que é vivido.

A fé vai lhes dar a compaixão.
A fé vai desenvolver o sentido do serviço, serviço que é um primeiro passo, mas que é relativo.

Mas não faça da fé um objetivo. Ela é um elemento que pode servir ou desservir.

Pergunta: É a fé que às vezes me dá a sensação de estar religada à Eternidade, a algo que tem a ver com o Absoluto?
Absolutamente não.
A fé, na melhor das hipóteses, pode ser o que eu acabo de expressar: esta famosa Tensão ao Abandono.

Mas a tensão ao Abandono não é o Absoluto.
É uma impressão, como você o disse.
É qualquer coisa que lhe dá a sensação.

Mas o Absoluto não será jamais uma impressão ou um sentimento.
Considerar isso, é considerar que existe um movimento.

O Absoluto não é um movimento. O movimento percebido pela Onda da Vida na ação não é senão, de alguma forma, o ajuste ou o reajustamento do ego, ou Si, ao Absoluto.

Se eu posso empregar esta expressão, o Absoluto É, e ele é, então, imóvel.
A tradução, ao nível do que é efêmero, é o movimento.

O sentimento da Eternidade não é a Eternidade: é uma emoção.

Enquanto existe emoção, o Absoluto não pode ser: resta um ideal colocado em outro lugar que não em você. Ele vai se traduzir, sempre, pela atuação e movimento de algo visando, aí também, a reproduzir isso.

Este se chama o corpo de desejo.

Pergunta: como a Onda da Vida e o Manto da Graça podem dissolver o que a gente não é se o Absoluto está além do Onda da Vida e do Manto de Graça?
Nunca foi dito que o Manto Azul da Graça era o Absoluto, muito evidentemente.
A Onda da Vida, vocês a percebem.

Quem percebe, se não esse corpo, este ego e este Si? O Absoluto não é nenhuma percepção. Pelo contrário, eles são (como isso já foi dito) formas de testemunho traduzindo, por assim dizer, uma forma de ação (ou melhor, de interação) entre o Absoluto e o resto.

Mas recordem que não há qualquer possibilidade de transição de um para o outro, mesmo se existir, efetivamente, esta interação.

Num dado momento, é preciso não mais existir, é preciso então desaparecer, o que bem significa sair do parecer e até mesmo do Ser.

O Absoluto está ainda aí, mas ele vem até vocês desde o instante em que estão vazios.

Mas, para ir em direção a este vazio, é muito necessário construir alguma coisa porque é muito difícil para o ego que não construiu suas casas (certo número), para soltar-se totalmente, se assim se pode dizer, ao Absoluto.

Ele passa por espécies de etapas, espécies de conscientização, onde a consciência parece cada vez maior, levando à não-separatividade do Si, à transformação do ego para o Si.
E então, num dado momento, tudo isso também deve ser solto.

Mas o Absoluto não será jamais o Manto Azul da Graça, ou mesmo o Sol, ou até mesmo vocês.

No entanto, a consciência do humano, mesmo fechada em um relativo que é este corpo e este corpo de desejo, pode viver a experiência do Absoluto, porque esta não é uma experiência: é a Vida .

O testemunho é o oposto do testemunho do ego. O ego, vocês o sabem, calcula, reflete em termos de dualidade, bem / mal, prazer / desprazer, positivo / negativo.

O Absoluto não é nada de tudo isso. Ele é permanência. Nada pode afetar o Absoluto. Se vocês são afetados, vocês não são Absolutos. Num dado momento, tudo isso também deve ser largado, e tudo isso deve aparecer e depois desaparecer.

Aparecer, como a cena de teatro: como uma cena mais clara, decorações mais refinadas, um ator mais perspicaz e a tomada de consciência do espectador, ou até mesmo do teatro.
O que permitirá ser Absoluto, quando o teatro não existir mais.

A iluminação (que é trazida pela percepção e pela Vibração) permite uma espécie de movimento que vai, de alguma forma, distanciar-se do ego, para ir para o Si. Há, realmente, uma mudança no seio do linear.

Esta mudança do linear é um impulso que conduzirá, em um dado momento, a não ser mais tudo isso.

Enquanto vocês permanecem persuadidos (porque vocês o viveram, ou pensam vivê-lo) que as Vibrações vão fazer outra coisa que conduzi-los ao Si, vocês não viverão o Absoluto.

É-lhes necessário também, portanto, assim como foi dito, renunciar a todo o poder espiritual, a toda manifestação dita espiritual.

É preciso ir, da mesma forma, além do som, como já foi dito por UM grande AMIGO no Yoga da Eternidade. Este yoga não é um yoga: ele é simplesmente o bom senso, a lógica. Lembrem-se que a lógica do ego não se inscreve sempre na ação / reação.

O Si vos permite viver a Ação da Graça, a Fluidez, a Sincronicidade, a Unidade. Vão além. Aceitem perder o que nunca foi conquistado, finalmente, visto que, de todo modo, isso será efêmero.

Quem pode dizer o que vai tornar-se sua kundalini, quando este corpo desaparecer?
O que vai se tornar a Coroa Radiante do coração, quando não houver mais corpo?
Vocês apreenderam?


Mensagem de BIDI - Parte 2 no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1420
13 de abril de 2012
(Publicado em 14 de abril de 2012)
Tradução para o português: Josiane Oliveira
http://fontedeunidade.blogspot.com.br/
http://minhamestria.blogspot.com

BIDI - 13-04-2012 - PARTE 1 - AUTRES DIMENSIONS


BIDI
está, portanto, de novo, com vocês.

Depois das nossas entrevistas, depois das vossas perguntas e do que eu vos dei como respostas, duvido que não existam em vocês outras questões.
Então, eu terei outras respostas.

Apreendam que para além dessa troca, para além das vossas perguntas e das minhas respostas, o Absoluto permanece.

Evidentemente, vocês o compreenderam, o conjunto das minhas respostas não está destinado senão a vos fazer interrogar sobre o Absoluto.

Absoluto que vocês não podem, nem definir, nem mesmo compreender, nem mesmo aproximar (como eu vos disse).

Pelo contrário, eu poderia, de fato, vos vender, de qualquer maneira, as vantagens de ser, antes de tudo, Absoluto, e os inconvenientes de permanecer no Eu ou no Si.

A primeira vantagem é que, o que quer que digam, o que quer que pensem e o que quer que vocês experimentem, o Eu e o Si acabarão com a vossa partida desse corpo e, portanto, nem o Eu, nem o Si, poderão vos satisfazer, de forma nenhuma, para além da duração efêmera do que vocês chamam esta vida.

O Absoluto confere, de qualquer modo, muito exatamente o inverso e o oposto disso.
É o fim da morte.
É o fim do esquecimento.

A segunda vantagem (que é, certamente, para esta vida efêmera e este Eu/ Eu efêmero) que deixa o Absoluto Ser, é que, evidentemente, no seio do Absoluto, não pode existir nenhuma das flutuações que vocês vivem em cada dia da vossa vida: um dia, vocês estão felizes; um dia vocês estão infelizes; um dia vocês vivem o Si; um dia o Si se afasta de vocês. E isso é impossível no Absoluto.

O Absoluto vos confere uma forma de perenidade e, eu diria mesmo, uma segurança total, bem além do Si.

Do ponto de vista do Absoluto, podemos mesmo colocar-nos a questão de “por que vocês duvidam?”
Por que vocês não ousam?

Eu irei mesmo mais longe: o Eu tem tendência a querer encontrar o Despertar, a Iluminação, a Realização. Ele se ocupa disso, eu diria (para aqueles que estão num caminho espiritual), todo o tempo.

Mas é ridículo, na medida em que o Absoluto (que são vocês mesmos) vos abre as suas portas e, instantaneamente, desde que vocês suponham e proponham a possibilidade do Absoluto, e mais, ele está aí.

Mas, o ego não vos permitirá jamais supor isso porque ele está construído, precisamente, sobre a negação do Absoluto.

E o Si está, eu diria, de tal maneira narcisista, de tal maneira imbuído de si mesmo, que ele, também, não permitirá jamais, ao Absoluto, interferir nessa espécie de auto-satisfação daquele que se crê Desperto (Ou Acordado) do que quer que seja.

Nós estamos nesses tempos, sobre esta Terra (que vocês vivem), particulares e intensos.
Toda a pergunta é a de saber quanto tempo vocês vão, de qualquer maneira, resistir à evidência, resistir à perenidade e preferir, de qualquer maneira, as idas e vindas entre a alegria e a tristeza, a auto-satisfação e, de qualquer maneira, a negação da evidência do Último e do Absoluto.

Se vocês se colocarem, sinceramente, a questão (e eu vos desafio a colocarem-na a vocês e não a mim), vocês constatarão, por vocês mesmos, que é, nesse nível aí, uma espécie de estupidez da inteligência humana que está muito afastada da Verdade da experiência e desse estado Último (que não é um estado).

Vocês passam o vosso tempo a ir de um estado para outro, de um centro de interesse para outro. E, se eu vos digo que o Absoluto responde, em bloco e de uma só vez, ao conjunto de todas as vossas interrogações, o Ego vai pensar que é aborrecido e que é um aborrecimento. Então, certamente, ele vai passar o seu tempo (em vez de se refutar a si mesmo) a refutar o Absoluto e a se afastar, através de uma busca, hipotética, de uma qualquer Realização, de uma qualquer evolução ou de uma qualquer transformação, no seio de uma linearidade que, de qualquer modo, não deixa nenhuma evidência ao Infinito.

Resumindo, vocês estão num corpo limitado, vocês estão nos pensamentos limitados, sonhando com o Ilimitado.

Vocês estão acabados, sonhando com o Infinito mas, desde que o Infinito chegue, vocês refazem o caminho. Porque, evidentemente, não há solução de continuidade (como foi dito) e, portanto, para vocês, é absolutamente deplorável, absolutamente ilusório, enquanto vocês permanecerem no seio desse Ego (essa pequena pessoa que nasceu um dia e que morrerá, de qualquer modo, o que quer que vocês façam, o que quer que vocês realizem). E vocês recomeçam de cada vez.

Ontem, UM excelente AMIGO (que é vosso Amigo) vos lançou frases (ndr: ver a intervenção de UM AMIGO de 12 de abril 2012). Essas frases são ressonâncias importantes para vos permitir ousar e para vos colocarem a pergunta de porque vocês não ousam? Que medo é esse?

Que dúvida é essa que está inscrita nesse corpo (que não é senão um saco de comida, que está destinado a alimentar outra coisa, certamente, a sua morte)?


E vocês persistem em se imaginarem ser esse corpo e tudo o que não dura (que não tem senão um tempo no seio deste mundo), que está inscrito entre a vossa vinda a este mundo e a vossa partida deste mundo.

E vocês sonham com o Ilimitado através de uma relação com um ser amado.

E vocês sonham em permanecer qualquer coisa que será Eterna, mas tendo bem o cuidado de se instalarem no efêmero.

Será que vocês se dão conta desse ridículo, do que é pensado, do que é imaginado e do que é projetado?

Vocês querem sair desse ridículo?
Vocês querem, enfim, ser essa Alegria Eterna, esse Êxtase permanente?
Terão vocês tanto medo do vosso próprio prazer?
Terão vocês tanto medo de não ser senão essa Fonte de prazer, indizível, permanente, Eterna?

Eis onde se situa, hoje, o âmbito, entre nós.

Eu vos digo, portanto: bom dia e bem vindos À Eternidade.

Nós vamos, portanto, fazer um intercâmbio, sobre as perguntas que vocês me colocaram e as respostas que eu dei.

Aí também, eu vos peço para não procurarem compreender, mas para se impregnarem das nossas trocas.

As perguntas são infinitas.
As respostas o são também.

Da mesma maneira que vocês se escondem atrás de vocês mesmos, da mesma maneira que para além do observador e da testemunha, há qualquer coisa que está lá e que nunca se moveu, da mesma maneira (além das vossas perguntas e das respostas), há, também, esse Absoluto.

É isso que nós vamos tentar deixar se instalar, confundindo, de qualquer maneira, o vosso Ego, a vossa personalidade e o vosso Si, do seu estado, a fim de abandonar esse estado em proveito de qualquer coisa da qual nada pode ser dito.

Mas que, desde o instante em que se instalará, vos mostrará a vaidade e a superficialidade de tudo o que vocês tinham feito antes e que, no entanto, era (em certos casos, vocês sabem) necessário.
Mas, mesmo esse necessário não deve ser uma finalidade.

Precisam deixar as muletas, deixar tudo o que vocês têm, tudo aquilo a que vocês pensam ter chegado.


Vocês não chegaram a lado nenhum.
Porque não há nenhum lado aonde chegar.

Chegar a algum lugar significa que é preciso partir.
Mas, partir de quê?
E partir de onde?

Dito isto, eu vos escuto.

Pergunta: Como se manter no Eterno Presente?
Refutando o teu próprio mental.
Ele está aí.
Tu não o podes negar.
Não o escutes.

A que tu dás crédito?
Será que tu vais dar crédito, eternamente, ao que te sussurra um monte de coisas que são falsas?

O mental não serve senão para evoluir neste mundo.
Há, portanto, entrar em reação permanente e a se ajustar ao que a vida te propõe.
Mas ele não tem nenhuma utilidade para ir para além disso.

Então, não acredites no que ele te diz.
Acredita nele quando se trata de ser lógico, nos fatos da vida vulgar.

É preciso acreditar nele quando ele intervém nos momentos em que tu não o solicitaste?
Quem é o mestre?
Quem decide?

Não te oponhas ao teu próprio mental: Tu o reforçarás cada vez mais, e esse é o jogo que tu jogastes durante dezenas de anos.

O Eu/ Jogo terminou.
Não te oponhas a ele.
Ele será sempre mais forte do que tu, no seio do teu Ego.
Então, não o escutes.
Não lhe respondas.
Não lhe dês nenhuma validade.

Tu constatarás, por ti mesmo, que então, pouco a pouco, ele se soltará.
Refuta-o sem te opores.

O mental se serve mesmo da meditação, e mesmo da tua própria observação além do mental. Ele vai querer ser, de qualquer maneira, o proprietário de tudo o que pode emitir, no interior de ti, o que ultrapassou este mental e te reenvia, em permanência, para ti mesmo.
E, em permanência, de qualquer maneira, a uma certa forma de inutilidade de ti mesmo.

Há portanto, simplesmente, que não lhe dar o mínimo crédito.
Ele acabará por se calar.

Mas, sobretudo, não lhe peças para se calar porque, para ele, tudo é pretexto para interagir e reagir.

O objetivo é, precisamente, não interagir e não reagir.

Não o escutes.

Tudo o que ele te possa dizer relativamente ao que tu És, é falso.
Não há outro meio.

Vocês todos notaram (na vida que é vivida nesse mundo) que desde o instante em que se dá crédito ao que quer que seja, existem todas as chances para que aquilo a que a consciência se dirige se manifeste, de uma maneira ou de outra.

E vocês constatarão, em algum lugar, que este manifesto, muito mais facilmente, tem mais tendência a ser negativo do que a ser positivo.

Muitos queriam ser ricos: muitos são pobres.
Muitos queriam ser saudáveis; e muitos são doentes.
Isso deverá (e deveria, já) chamar a vossa atenção para a estupidez de crer nesse gênero de coisas.

O Eu (o Ego, a personalidade) vai procurar, em permanência, proteger-se, antecipar, e o mental é excelente nisso.

Ele vai, mesmo, falar-vos de Luz.
Ele vai, mesmo, falar-vos de bem-estar.
Ele vai, mesmo, falar-vos de Realização.
Mas ele mente-vos.
E, sobretudo, vocês não são ele.

Quando vocês dizem: «eu como», quem come? Vocês ou esse corpo?
Quando vocês dizem «eu conduzo», quem conduz?
Quando vocês dizem: «eu tenho um marido», quem é esse «eu» que tem um marido? Será que esse marido está em vocês? Ou será que esse marido é exterior a vocês?

Compreendem que «eu» não pode ter nada, nem ser nada.
Ele não é senão um intermediário e vocês dão todo o peso a esse intermediário.

É assim para tudo o que se manifesta no pensamento, nas ideias, nos conceitos e eu vou mesmo mais longe: em tudo o que é percebido.

O próprio princípio da identificação vos leva à projeção.
E a projeção é uma exteriorização e é, portanto, por natureza (e mesmo por manifestação), efêmera.

Não se ocupem disso.

Pergunta: O que é que refuta?
O próprio Ego. Porque a refutação, para ele, parece não apresentar perigo.
Ele vai considerar isso como um jogo.

Mas, rapidamente, ele vai se desiludir porque, à custa de ter refutado tudo o que, até o presente, constituía o seu universo, ele vai quebrar. Ele vai capitular.
E é nesse momento que vos aparecerá por trás esse «Eu», o Si. Continuem a refutar.

A Onda da Vida aparecerá (ou não).
Deixem fazer o que se faz.

Vocês não podem conhecer o Absoluto.
Em nenhum momento.
Vocês não podem senão vivê-lo.
Ele já está aí.

Lembrem-se que o Absoluto não tem necessidade de refutar o que quer que seja. Ele não tem necessidade de negar o que quer que seja, já que ele é muito mais vasto (como Infinito) que o Ego, que a pessoa, que o mental, que o que é percebido ou o que é conhecido.

Portanto, não se coloquem a pergunta de saber se é o Absoluto que refuta.
O Absoluto não refuta nada.

Ele não está absolutamente nada preocupado com a vossa cena de teatro, nem mesmo pelo realizador, nem mesmo pelo iluminador, nem mesmo pelo ator, nem mesmo por aquele que olha.
Ele não tem que fazer teatro, na verdade.

Quando vocês tomarem, de qualquer maneira, consciência, de que vocês não são, nem o décor, nem a cena, nem o ator, nem o espectador, nem o teatro, o que restará?
O que vocês São, além de toda fraude.
Mas não há outra maneira (nem outra possibilidade) de por fim à Ilusão do teatro.

Enquanto vocês estiverem no teatro, vocês sofrem, quer o queiram ou não: a propósito desse corpo, a propósito dos vossos afetos, a propósito da vossa fadiga ou do vosso bem-estar.

Se o teatro acabar, o que é que pode sofrer?
Não há mais conteúdo.

O Absoluto é, de qualquer maneira, a Cura Última.
E vocês refutam esta Cura Última.

De algum modo, o «Eu» e o Si são masoquistas.
E vocês sabem muito bem que, neste mundo, de masoquismo em masoquismo aparece o sadismo, o bem e o mal.

Vocês não são, nem o bem, nem o mal.
Se vocês estão aqui, é porque vocês aderem ao bem: o vosso ou aquele do outro, mas o bem não é senão construído a partir da experiência deste mundo.

Nenhuma experiência deste mundo é a experiência do Absoluto.
Porque o Absoluto não será, jamais, uma experiência.
Ele não o pode ser.

Chega um momento em que é preciso se colocarem a pergunta das vossas próprias experiências. Certamente, o «Eu» (e o Si) não quer nada, absolutamente nada, ouvir falar da experiência. Ele quer muito vivê-las. Mas se esta experiência se torna a Vida e põe fim a toda a experiência, isso vai aterrorizar o Ego e o Si (que se crê chegado).

Em que é que vocês querem crer?
O que é que vocês querem viver?

Mas enquanto vocês creem, vocês não vivem.


Pergunta: O observador será o Ego que avalia e que julga? Posso refutá-lo?
Não. O observador não é, em nenhum caso, o Ego. Ele é o Si, o «Eu sou».

Tomar consciência do observador é, já, não ser mais o ator na cena de teatro (num décor) mas estar sentado, confortavelmente, na poltrona e olhar.

Mas, mesmo isso, efetivamente, é refutar. Mas, não chama o observador: o Ego.

Tu lhe atribuis um papel que ele não tem.
O Ego procura transferir para o Si.

De qualquer maneira, é muito simples: o Absoluto não é, em nada, o que tu conheces.

A melhor das refutações é aquela que não procura identificar, discriminar o décor, o ator, o espectador, ou o teatro.

Então, certamente, há uma forma de dinâmica.
É mais fácil refutar o décor.
Em seguida, o ator.
Em seguida, o espectador.
E, por fim, o teatro.

Porque é muito mais difícil refutar, na totalidade, o teatro, desde o início. Porque o Ego (o Si) considera que há um início, e portanto, um caminho, e portanto, uma chegada.

Há, portanto, um certo número de atos e de cenas a representar. E isso é muito agradável, mesmo para o observador.

A maior das angústias ocorre quando nos apercebemos de que não somos, nem o ator, nem o décor, nem o espectador, nem mesmo o teatro no qual se desenrolava esta hipotética peça de teatro. É uma tragédia.

Mas, se vocês vivem o Absoluto, isso não será mais uma tragédia, mas antes uma comédia.


Queres tu ser o drama ou queres ser a comédia?
Tudo se resume a isso.

Pergunta: É preciso começar por refutar as manifestações do passado, ou as do presente?
Mas, refutar o passado significa que tu concedes ainda um peso ao passado.
O passado não tem nenhum peso.
Ele não é mesmo para refutar: ele não existe.
Pelo contrário, a sua suposta ação no presente existe, se tu a colocas assim.

Portanto, o que é para refutar, neste caso?
É tudo o que tu conheces.

O que tu conheces não é o que tu conheceste (que não é senão um peso morto).

O que está ativo no «Eu» e no Si, é unicamente o que é conhecido no presente.

A Presença, o «Eu sou» ou o «Eu sou Um», o si, não é, simplesmente, o presente.
Ele é, precisamente, o que ultrapassa e transforma, largamente, este presente.

Enquanto tu estás no «Eu», tu estás no que se chama um presente fino, o mesmo é dizer que este presente é de tal maneira fino que seria preenchido de pseudo certezas (vindas do teu passado, da tua educação, das tuas vidas passadas), te dando a impressão de controlar esse presente fino.

A meditação abre no seio de um presente fino, o que quer dizer que os pensamentos não são mais tão rápidos. Há como que uma possibilidade de observar os seus próprios pensamentos, as suas próprias ideias, permitindo se desfazer delas muito facilmente (ou, em todo caso, muito mais facilmente).

O presente largo leva à Presença, no «Eu sou».
Não te ocupes do que está morto.
Ontem está morto.
O segundo antes está morto.

O quer que te venham dizer os teus pensamentos, o que quer que te venham dizer os teus medos ou os teus sofrimentos, qualquer que seja a causalidade do que tu vives hoje, tu não és, de forma nenhuma, uma causalidade.

Não dês peso ao que verdadeiramente não o tem.

A refutação diz respeito à totalidade do que foi denominado o efêmero ou o limitado.
Um instante passado é efêmero e está morto.
Porque o queres fazer viver?

O que é para refutar é, essencialmente, o que se situa, em princípio, nesse presente fino e, em seguida, num presente largo. Isso vai-te instalar no Eterno Presente que é a Presença.

Mas, enquanto tu deres crédito ao que quer que seja do teu pensamento, tu te colocas, a ti mesmo, na lei da ação/ reação e no que é denominado o carma.

O carma diz respeito à personalidade (mortal e efêmera).
Jamais ao Si.
Quanto ao Absoluto, ele não pode mesmo considerar nisso uma qualquer veracidade.

Pergunta: Nos meus momentos de Alinhamento, em que eu solto o que eu acredito, o que eu conheço, parece-me estar como que em suspensão e o que vem a mim é o vazio. Na vida de todos os dias, eu sinto o vazio, de forma fugitiva, como a sensação que tudo me é igual e de que não tenho nada a fazer. Se eu largo o apego à Alegria, eu não sei mesmo se o que aflora à minha Consciência me é conhecido ou não, e isso me é igual. O que é isso?
Obrigado pelo teu testemunho, mas isso não é uma pergunta. É uma constatação.

Agora, quem quer constatar?

Ainda uma vez, o Ego e a personalidade procuram aproveitar-se (como uma espécie de auto-satisfação) de ter chegado a criar isso.
Aí também, vá para além disso.

Não te contentes em observar um qualquer resultado, uma qualquer progressão.
Vá até ao fim.

Enquanto tu te mirares e te olhares a ti mesmo, o Absoluto não pode nascer.
Ele já está aí.
És tu que espera que ele nasça.
Mas nada pode nascer.

Não te olhes a jogar.
Mesmo esse jogo deve cessar.
Esquece mesmo isso.
Totalmente.

O Absoluto está aí.
O Si vai, sempre, se vangloriar da maravilhosa distância existente entre o que ele foi antes (no «Eu») e o que ele se tornou. Mas o Absoluto não pode ser, nem antes, nem depois. Ele É.

Tu não és nada do que se joga.
Tu não és nada do que chegou.
E por boas razões.

Desde que haja auto-satisfação (do que quer que seja), podes estar seguro que isso não é o Absoluto.

Portanto, de qualquer maneira: Deixa cair tudo isso.
Não o constates mesmo.

Pergunta: Como se faz a escolha do acesso entre a 5ª Dimensão e a do Absoluto?
Por quê? Tu tens uma escolha a fazer?
Quem é que faz a pergunta, senão o mental que procura se apreender de uma compreensão, para melhor escolher?
Mas o mental não pode escolher.

Isso foi largamente desenvolvido pelas Estruturas que se exprimiram (ndr: os diferentes intervenientes da Assembleia dos Anciãos, das Estrelas, o Conclave Arcangélico …): pela Vibração.

Mas o Absoluto está para além de toda Vibração.

Enquanto puseres a questão da escolha, há o mental, certamente, já que o mental é, em permanência, uma questão de escolha. E o Absoluto não pode aparecer.

O Absoluto não é uma escolha.
Ele É.

A escolha é aquilo que crê ter escolha: o mental, a personalidade ou o Si.
Não há nenhuma escolha para o Absoluto.

A escolha é a ilusão do livre arbítrio.
A ausência de escolha é a Liberdade.


Na Liberdade, há a Graça, o Êxtase, o Prazer (no seu sentido o mais exacerbado, o mais intenso, o mais Interior).

No livre arbítrio, há a gravidade, a densidade, o sentimento de conhecer qualquer coisa.

Mas tudo o que é conhecido (deste ponto de vista limitado) não é senão uma ignorância.
Aí também, é um teatro.

Colocares a questão da escolha te remete para a atividade do mental. Sistematicamente. Logicamente.

Enquanto tu te colocares a questão (ou que tu me colocas), tu não podes deixar emergir, de qualquer maneira, a resposta. Ela fica enterrada e o Absoluto parece desaparecer ou, em todo caso, se afastar. Se não, não é ele que se afasta mas és tu que te afastas.

Pergunta: A Onda da Vida me aqueceu uma parte da noite. Eu aproximei-me do Absoluto?
A Onda da Vida é, de qualquer maneira, o testemunho e o marcador de qualquer coisa que acontece (que sempre esteve aí), que é, efetivamente, o Absoluto.

É a Onda da Vida que proporciona (se o podemos dizer) o estado de Êxtase, o fim do questionamento.

E, efetivamente, do ponto de vista do Si, a instalação no «Não-Eu sou», no «Não-Si», no Absoluto.

Há, portanto, que deixar agir, que deixar fazer, nada dirigir e, a um dado momento, espontaneamente, no seio do Si, muito naturalmente, a Onda da Vida se tornará o que tu És.

Nesse momento, nenhum limite e nenhum fim (inscritos nesse corpo, nessa pessoa e nesses pensamentos) será vivido como real.
Tu serás Absoluto.

O mais assustador (mas que é, ao mesmo tempo, o mais simples), nesta fase (esta última fase antes da ausência de fase), é precisamente aceitar nada mais fazer, aceitar nada mais olhar, a fim de que a Onda da Vida (se assim o podemos dizer) se apodere de ti.

Porque és tu que reages à Onda da Vida.
Ela, ela sempre esteve aí.
Sem isso, não haveria nenhuma vida.

É preciso, portanto, inverter a noção do sentido de movimento: não és tu que vives a Onda da Vida, mas a Onda da Vida que te vive.
Isso mudará tudo.

Como vos disseram os Anciãos: permanecem tranquilos e em Paz.

Se tu te colocas, um pouco, na poltrona do espectador, tu vais constatar que o que se desenrola, sobre a cena, muda o ator. E tu vais constatar, também, que o espectador começa a ver apagar-se a cena, o décor e o ator até se perguntar, mesmo, se ele está sentado e se existe um teatro. Quando esta última questão cessar, o teatro desaparece.

Poderíamos dizer, de qualquer maneira: quando a Onda da Vida trabalha, não trabalhes, não te ocupes disso. Não a refutes, certamente, mas vá para além disso.

Pergunta: Há um inconveniente para o «Eu», de entreter ainda o mental numa atividade profissional, mesmo reduzida?
Absolutamente não. Não existe nenhum obstáculo ao Absoluto.

Servir do mental numa atividade mental parece-me lógico e normal.
O que é ilógico e anormal, é quando o mental intervém no que não lhe diz respeito.

O mental não pode ser um obstáculo ao Absoluto.
O que quer que ele faça, na vulgaridade do que é para fazer desse corpo e das ocupações desse Eu, nenhum desconforto pode nascer.

O único desconforto que pode ser concebido é o que elabora o «Eu», ele próprio, para se justificar. Isto não é senão um a justificação que não tem nenhum sentido.

O Absoluto não tem o que fazer do mental e das suas atividades.
Portanto, crer que o mental vai ser um obstáculo ao Absoluto é, aí também, um jogo do mental.

Pergunta: Poderia desenvolver sobre a frase: «tu não podes apropriar-te do que tu És»?
Efetivamente, tudo o que é projetado (portanto o «Eu» e, na maioria das vezes, o Si) não pode contemplar-se a si mesmo.

Podes tu ver-te sem a ajuda de um espelho?
Os olhos não estão virados para o interior.
Portanto, tu não te podes ver, sem a ajuda de um espelho.

O conjunto dos outros «Eu», o conjunto dos décors e o conjunto dos teatros, não são senão décors e espelhos.
Tu não te podes ver através de outra coisa que não um espelho. Mas nenhum espelho é real.

Do ponto de vista onde tu estás, tu não te podes apropriar do que quer que seja.
O Absoluto é natural.
Ele é esse Último.

Enquanto o limitado crê que ele pode apropriar-se do que quer que seja, ele está na atração.

Se eu posso empregar esta imagem: tu não podes senão traduzir-te, transcendendo, da imagem ao Verdadeiro (ou ao Absoluto).
Mas tu não te podes ver a ti mesmo porque tudo o que é visto permanecerá circunscrito num dado âmbito de referências, às suposições dadas, aos referenciamentos dados, relativamente à experiência passada que morreu.

O desconhecido não pode ser conhecido a partir do conhecido.

O conhecido será, sempre, um espelho: um espelho de fantasia.


O esmo é dizer que há, sempre, a necessidade de se mirar e de se admirar.
É o jogo do Ego e do Si.

É quando cessa o jogo de projeções (o mesmo é dizer, quando não há nada a ver, nada a mirar ou a admirar), quando já não há nenhum lugar para o «Eu» e para o Si, que o Absoluto se encontrará.

Resumindo, tu não podes encontrar o Absoluto.
Tu não podes, mesmo, procura-lo, nem compreendê-lo.

Enquanto o Ego não o compreender, ele pode ver-se repetir esta frase milhares de vezes (se não for milhões de vezes), ele não o vê, ele não o entende. Porque ele tem necessidade de compreender. Porque ele tem necessidade de se referir a um conhecido.

Resumindo: o conhecido não quer largar o conhecido.
É todo o drama do Ego.
É todo o drama da pessoa que se crê uma pessoa.

Nenhum resultado é possível neste âmbito.
E, no entanto, é neste âmbito que tu te encerras, que o mundo te encerra.

Pergunta: Existem preferências ou afinidades no Absoluto?

Enquanto ele permanece um Absoluto, no seio de um relativo (o mesmo é dizer que enquanto esse corpo está presente, qualquer que seja a vida), as preferências vão permanecer.

Tu preferes um tal sabor mais do que outro. Mas isso não és tu que preferes, é esse corpo.

Então, deixa essas preferências evoluírem como elas evoluem. Elas não fazem senão traduzir a ação do princípio vital em ti.

Isso diz respeito tanto aos alimentos como às preferências, quaisquer que elas sejam, de amizade ou de amor, mesmo pessoais.
Mas não te ocupes disso.

Não senão como quando a forma termina, quando o Absoluto encontra, eu diria, a sua equanimidade e a sua permanência em todas as coisas.

O olhar, enquanto tu estiveres, ainda, num limitado, será sempre colorido por esse limitado.

Mas tu sabes que não é senão uma coloração e que isso não tem mais sentido do que o de preferir a couve-flor à cenoura.

Isso não é senão uma forma diferente, um arranjo diferente, de cores, de sabores, de moléculas e de átomos, mas isso não é senão qualquer coisa que entra na tua forma.
É uma diferença de apreciação (como tu disseste), mas que não muda absolutamente nada no Absoluto.

Esse corpo de comida tem necessidade de alimento, qualquer que seja o alimento. Definitivamente, que importância tem?

Pergunta: E sobre as emoções?
Uma emoção pertence à ação/ reação. Ela está inscrita no carma e, portanto (qualquer que seja a emoção, mesmo a mais elevada), não ficará, definitivamente, senão no seio do que é denominado o astral, o mesmo é dizer, o corpo de desejo.

O corpo de desejo é efêmero.

Nenhuma emoção pode te conduzir ao Absoluto, mesmo se tu o pensas e o crês.

Tudo separa estes dois mundos.
Absolutamente tudo.

A emoção vai criar uma aspiração para o belo, para a vontade de melhorar qualquer coisa.

Uma música que te emociona não é senão a tradução da existência de uma personalidade.
É preciso estar consciente disso.

O que não quer dizer que seja preciso suprimir as emoções porque, como para o mental, elas estão lá.

É mais agradável ver qualquer coisa de belo do que qualquer coisa de feio (segundo os critérios da pessoa).
As emoções não são as mesmas.

Mas isso não diz respeito, em nada, ao Absoluto.

Fazer da emoção um apoio para uma qualquer evolução (ou para uma qualquer transcendência) é uma mentira.

Nenhuma emoção pode conduzir ao Absoluto.
Jamais.


Da mesma maneira que o mental não deve ser mais um obstáculo, a emoção é um obstáculo ao Absoluto.

A emoção é uma imitação da Luz.
A emoção é uma cópia, má cópia, do Amor.

A emoção pode criar um estremecimento mas que não é, em nada, o estremecimento do Êxtase.
Mais uma vez, é uma imitação.

É mesmo este princípio de imitação que foi levado avante pelas religiões, pelas espiritualidades.

O Absoluto não será, jamais, uma emoção.


Mensagem de BIDI - Parte 1 -no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1419
13 de abril de 2012
(Publicado em 14 de abril de 2012)
Tradução para o português: Cristina Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com