segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AMAR O OUTRO É AMAR A SI



Venho chamar a atenção para esses dois ensinamentos:

“Mas, enquanto vocês estão identificados a uma preocupação, vocês não podem estar no presente.
O presente nada mais é do que o presente e, no presente, nada há que não o que vocês são.
Portanto, se há algo que os agrida ainda, que vem de um passado ou de um futuro, no instante, o que isso quer dizer?
Isso quer dizer que, em vocês, existem medos não resolvidos, que, em vocês, existem feridas que não evacuaram e às quais, de certa maneira, com complacência (ainda que vocês recusem vê-las), vocês as deixaram instalar-se em vocês”.
Aïvanhov – 26-10-2011



“Não julguem o que é exterior.
Não julguem seus Irmãos e suas Irmãs porque eles são uma parte de vocês, e eles lhes dão a ver, em última análise, o que, em vocês, não quis ser visto”.
Teresa de Lisieux – Parte 1 – 29-10-2011
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Se você ainda se altera pelas ações e comportamentos do que você chama “o outro”, isso simplesmente revela o que você ainda não aceitou olhar (limpar) em você mesmo.

Constatar o modus operandi, o comportamento, as ações do outro pelo que ele mesmo expõe, é uma coisa. Constatar é ver a grandeza do Espírito deste Ser, que é Livre, que tem asas, que tem espada e armadura, e observar o seu comportamento totalmente contrário ao que ele é. Neste sentido, é natural dizer: “Eu o Amo. Estás se comportando como um imbecil, mas você não é sua imbecilidade constatada. Se eu posso ver isso em você, como você não consegue ver?”

Quem pede a você por você? Ou seja, quem pede de Essência a Essência, de Coração para Coração?

Aqui nesta 3DD, aonde tudo é invertido, os valores têm pesos e medidas em um jogo aonde quem dá mais ganha mais. Quem promove a sua personalidade, engrandecendo o papel efêmero que você exerce, é aplaudido, agraciado, amado (amor humano), afinal, da mesma forma que os corações se abraçam, os egos também adoram se abraçar. E como a sua personalidade gosta de um bom afago, não é mesmo? Ela até deita com a barriguinha para cima para desfrutar da massagem gostosa no seu ego. Experimente chegar com um grande porrete (ilusões e máscaras expostas pelo que são) para a personalidade que está relaxadinha em sua rede de falsas tranquilidades, teorias e aparências.

Outra coisa é você se permitir identificar àquilo (ao comportamento exposto do “outro” ou situação que você ainda vê como exterior a você), e reagir àquilo de várias formas: se magoar, se ofender, se constranger, se inferiorizar, se julgar, se opor, se irritar, se doer, se comover, se glorificar, se satisfazer, se surpreender, se menosprezar, se agitar, se enraivecer, se “emputecer”, etc.

Isso apenas mostra que você ainda vê o “outro” como outro mesmo, separado de você mesmo e que, aquilo que você não aceita ver em você mesmo (as suas sombrinhas embaixo do tapete) ainda estão presentes e que você ainda acredita estar distante de você mesmo, pois você coloca esta distância frente ao “outro”. Se você coloca esta distância do outro, você coloca esta distância da Luz que está aí.

Aceitar olhar para isso, permite transcender isso. Simples assim.

Enquanto há recusa, há reação e há dor, sofrimento e medo.

O outro é seu espelho, por isso, não há inimigo algum, a não ser você mesmo (personalidade) enquanto não aceita se olhar.

Quando você aceita olhar o outro, independentemente de suas ações, como o que ele é: parte de você dentro da Consciência Una, ou seja, você mesmo, em essência, você está Livre para Amá-lo. Você não verá o papel que a personalidade dele exerce, pois ele não é aquilo assim como você não é a personalidade ofendida, maltratada, subjugada, magoada, dolorida, medrosa, apegada, apartada, receosa, fechada e distante.

Agora, fica mais que claro que nada disso é possível se você não se doou a Si mesmo. Se você não re-acessou este Amor em você.

Se você não Ama o outro, você não Ama você mesmo. Simples assim.

Pergunte para uma criança se ela vê alguém como um assassino, um corrupto, um desonesto, um pretensioso, um inescrupuloso, um bicho papão, um santo, um caridoso, um benevolente.

E não importa o papel exercido por qualquer pessoa, seja também o de pai, mãe, avó, avô, irmão, irmã, amigo, amiga, trombeteiro, trombeteira.

Acolher e aquiescer o outro é acolher e aquiescer o que ele É, ou seja, seu Espírito.

Afinal, o que significa COMUNHÃO? Se você não comunga consigo, você não irá comungar com ninguém.

Se você não se FUSIONA consigo, você não irá fusionar com ninguém.

Se você não SE DOA a si, você não irá doar a ninguém.

E então, ainda vai continuar olhando o “outro” como o “outro” (ou situação), ou vai OLHAR PARA SI, DE UMA VEZ POR TODAS, AGORA MESMO?

Se essa resposta pode esperar mais um pouco, talvez amanhã, quem sabe, você já se deu a resposta.

SEJA! PELO AMOR DA FONTE, SIMPLESMENTE SEJA!

Thaís

http://minhamestria.blogspot.com/
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