sexta-feira, 30 de março de 2012
O.M. AÏVANHOV - 24-03-2012 - PARTE 2 - AUTRES DIMENSIONS
Pergunta: SNOW abordou o papel dos alimentos crus na alimentação (ndr: intervenção de 17 de março de 2012). Por que isso gera em mim um medo de emagrecer?
Quem tem medo de emagrecer senão este corpo?
Será que você é este corpo (que ele seja obeso, que ele seja anoréxico)?
Você está neste corpo.
Você tem um veículo (que é este corpo) que é para manter, para nutrir.
O que significa comer cru?
Reflitam.
Nós lhes dissemos (e vocês sabem): a Onda da Vida, ela está por toda parte.
As árvores são os vetores, também, desta subida da Onda da Vida.
Elas estão Alinhadas, as árvores, permanentemente.
Os produtos da natureza (os alimentos crus) são portadores da Onda da Vida.
Se vocês aquecê-los, o que acontece?
Vocês substituem a Onda da Vida pelo Fogo vital, o Fogo material (pelo cozimento).
Portanto, vocês suprimem, totalmente e na totalidade, pelo fogo de cozer os alimentos, esta Onda da Vida.
Hoje, a Onda da Vida está presente sobre a Terra em muitos seres humanos, mas, também, em toda natureza, como disse SNOW.
Portanto, se vocês pegarem um vegetal, e em seguida, se, este vegetal, vocês o comerem tal como, vocês irão constatar o quê?
Que vocês o digerem sem qualquer problema.
Se ele estiver cozido, vocês o digerem com menos facilidade.
E se vocês não tiverem problemas digestivos, o que vai acontecer?
É muito simples: vocês terão vontade de dormir.
Porque o seu Fogo vital foi desviado da Onda da Vida para ir digerir o que vocês colocaram no ventre.
Muitos de vocês sabem, pertinentemente, que as condições da sua alimentação estão modificadas.
Então, é claro, não adotem uma alimentação crua unicamente para dar prazer ou para satisfazer o seu ego de dizer que ‘eu vou viver a Onda da Vida porque eu como cru’.
Isso é falso.
Como não nutrir o ego?
Não julgando.
Isso eu disse no prefácio.
E, sobretudo, não desviem a Energia vital em benefício da digestão.
Isso não quer dizer que seja negativo.
Isso não quer dizer que vai privá-los da Onda da Vida, mas que irá produzir um estado menos propício à subida da Onda da Vida.
A Onda da Vida, lembrem-se, isso foi dito: ela entra pelo baço e pelo fígado (pelo chacra do baço e pelo chacra do fígado) dando, às vezes, dores nesses pontos.
O que há ao nível do baço e do fígado que são dois órgãos que estão justamente sob o diafragma [músculo situado entre o tórax e o abdômen, separando-os]?
Há o eixo ATRAÇÃO / VISÃO (o eixo falsificado, o famoso Fogo Prometeico).
Isso foi explicado: eu os remeto ao IRMÃO K, no último verão ou um pouquinho antes do verão (inverno, no hemisfério sul) (ndr: intervenção de 07 de julho de 2011).
Tudo isso, vocês o mantêm.
Vocês o mantêm com o quê?
Com o julgamento.
Porque, quando vocês julgam, vocês se separam de vocês mesmos.
Assim que houver o menor julgamento.
Porque o julgamento sempre será oriundo de uma visão, de uma visão mental, de uma visão intelectual, de uma visão livresca, de uma visão ligada a conhecimentos que vocês leram.
Mas tudo o que vocês leram afasta-os do que vocês São, fazendo-os aderir a um passado que não existe no Hic e Nunc.
Isso vocês compreendem.
É exatamente o mesmo com os alimentos.
Quando vocês começam a transformar os alimentos, vocês mudam a natureza arquetípica do alimento.
Naturalmente, não é questão de fazê-los, como se chama isso, crudívoros, ou seja, pessoas que se nutrem de alimentos crus a vida toda.
Vocês têm plenamente o direito, a possibilidade, o desejo, até mesmo, de comer ou de ingerir bebidas quentes.
Porque não.
Aliás, é melhor ingerir bebidas quentes do que bebidas frias.
O frio é mesmo mais perigoso, para a Onda da Vida, do que o quente.
A Onda da Vida não lhes pede mais para estar na razão.
Ela pede para estarem lúcidos.
Lúcido sem julgamento.
E, para os alimentos, façam o teste.
Se vocês comerem apenas o que for preciso, se vocês ingerirem os alimentos que contêm a Onda da Vida porque eles não foram alterados pelo cozinhar ou pelo cozimento, vocês irão se nutrir do mesmo modo que colocando (como disse SNOW ou como disseram os Arcanjos) os pés no orvalho: vocês irão favorecer a Onda da Vida.
Então, há quem emagreça.
Há quem engorde.
Porque, apesar de tudo, vocês ainda têm uma fisiologia que é o que chamamos de sua natureza de personalidade (seu terreno, se vocês preferirem).
A Onda da Vida é o que todos nós somos.
Ela encontra diferentes terrenos.
Por que vocês querem mudar o terreno?
Busquem o Reino dos Céus e todo resto (absolutamente todo o resto) ser-lhes-á dado.
E buscar o Reino dos Céus é, simplesmente, deixar a Onda da Vida (assim como deixar a Luz), agir.
Isso é tudo.
Enquanto vocês acreditarem que vocês irão produzir a Luz fazendo alguma coisa, vocês se afastam da Onda da Vida.
Porque é o ego que crê que ele pode fazer o bem.
Porque é o ego que crê que ele pode agir sobre alguém.
Obviamente, é sempre o ego.
Quando vocês se apreenderem disso, será que isso quer dizer que vocês vão se tornar um vegetal?
Não.
Isso quer dizer, simplesmente, que vocês compreenderam, que vocês se apreenderam e que vocês aquiesceram.
Como há alguns anos, já, alguns de vocês aquiesceram acolhendo a Luz CRISTO, na Unidade e na Verdade.
Foi por isso.
Portanto, não se coloquem questões.
A Onda da Vida é alimento.
E mesmo se vocês não se alimentarem mais, de qualquer maneira.
Alguns, aliás, sem o desejar, sem o decidir, modificaram, como lhes disse, as regras fisiológicas.
Alguns de vocês não têm mais necessidade de dormir.
Alguns de vocês não têm mais necessidade de comer.
Não foi algo que eles decidiram.
Se vocês decidirem fazer como disse SNOW, isso é uma experiência.
Façam a experiência.
Se a experiência não for conveniente para vocês, porque vocês se obrigam a fazê-la?
Mudem de experiência já que a Onda da Vida está aí, o que quer que vocês façam.
Pergunta: MARIA havia falado da Estrela anunciada pela Estrela, no mês de março. Qual sua relação com a Onda da Vida?
São sinais estelares.
Se vocês preferirem: configurações estelares.
Alguns seres, no século XX, falaram dessas configurações.
Eu, eu falei dos planetas, é claro.
Eu falei da Árvore da Vida.
Tudo, no Céu, é representação de formas.
E não há qualquer elemento, do Céu e da Terra, que não seja distinto de uma configuração qualquer, de uma ressonância qualquer.
A Estrela (a primeira), ela passou.
A segunda, ela é para o mês de março.
O mês de março não terminou.
Agora, é claro, será que isso é visível com os olhos?
O que vocês vivem, no Interior de vocês (a Onda da Vida), é a coisa mais essencial.
Mas lembrem-se do que eu disse, desde algumas semanas ainda, sobre os três dias: será que vocês têm necessidade dos três dias para acreditar?
A única coisa é viver a Onda da Vida.
Porque, a Onda da Vida, quando ela é vivenciada (vocês irão ver por vocês mesmos), não há qualquer questão possível.
Vocês são a Alegria.
Vocês se tornam a Eternidade.
Vocês são este Êxtase permanente.
O que pedir a mais neste estado de Êxtase?
O problema é que este estado de Êxtase contradiz, na totalidade, esta sociedade e este corpo e esta vida.
Porque o Êxtase Interior (a Íntase), além do Samadhi, é nossa natureza profunda.
E, obviamente, quando vivemos nossa natureza profunda, nós nos damos conta do quê?
Do absurdo.
Isso não é um julgamento.
Vocês se apercebem do absurdo total do que não é a Onda da Vida, do que se afastou da Onda da Vida.
Sem julgar.
Sem condenar.
É uma lucidez nova.
E, sendo esta lucidez nova, vocês querem, sobretudo, não se opor.
Porque, se vocês se opuserem ao que quer que seja, a quem quer que seja, vocês não são mais a Onda da Vida já que a negação da Onda da Vida (o confinamento da Terra) é, justamente, esse princípio de separação.
Pergunta: por que eu quero satisfazer-me com o que eu não imaginava fazer parte do meu caminho, como, por exemplo, comer carne, viajar?
Então, cara amiga, há pessoas que, hoje (particularmente nesses caminhos espirituais), se estabeleceram, a elas mesmas, em contextos.
Elas se estabeleceram em contextos mentais: “eu não devo comer carne, eu devo orar, eu devo Alinhar-me, eu devo ser gentil”.
O que vai acontecer, naquele momento?
Foi a personalidade que decidiu isso.
E quando a Onda da vida chegar, ela vai colocá-los frente a tudo o que os enrijeceu (fossilizou) por obedecer a uma crença.
Vocês acreditaram, em meio à personalidade, que era preciso não comer.
Vocês acreditaram, em meio à personalidade, que era preciso fazer isso, que era preciso ser extravagante, que era preciso deixar exprimir o desejo (isso faz parte de alguns ensinamentos orientais).
O que acontece hoje?
A Onda da Vida, ela os faz descobrir que vocês não estavam na Verdade, que vocês estavam em uma Ilusão de Verdade, aplicando princípios, a vocês mesmos, de restrição.
Simplesmente, isso lhes mostra o que é a personalidade: um elemento que ridiculariza, um elemento que se opõe, um elemento que vai criar regras.
Mas essas regras, elas sempre são criadas (como dizia IRMÃO K) no conhecido, no limitado.
Mas, ainda uma vez, não há qualquer limitado que não possa viver o Ilimitado.
Por outro lado, o Ilimitado conhece o limitado.
Evidentemente, aquele que está confinado no próprio limite da sua personalidade (do seu pequeno ego e do seu pequeno ego espiritual), que vai crer que é preciso orar, que é preciso ser gentil (mesmo se houver vontade de estrangular alguém), este está no erro o mais total.
Porque ele fica constrangido.
Isso não quer dizer que ele precisa estrangular a pessoa, é claro.
Mas que precisa estar lúcido sobre os mecanismos que vocês aplicam em vocês.
Há pessoas que vão dar um grande sorriso, que lhes diz “paz”, mas que tem apenas um desejo: matá-los.
A Verdade, ela não está na aparência.
Portanto, efetivamente, se vocês tiverem constrangido, em vocês, alguma coisa, ela vai explodir na cara.
Isso é tudo.
Não há que julgar.
Observem.
Se alguma coisa surgir, hoje, em vocês, é que ela já estava presente, já que vocês estão no contexto do conhecido.
Vocês opacificaram.
Como eu dizia à época: vocês colocaram sob o tapete.
Depois, retiramos o tapete.
E, agora, retiramos o solo.
Então, onde vocês têm os pés?
E eu vejo os egos que se viram depressa.
Como eu disse uma vez: não são vocês que desaparecem, é o mundo.
Assim como ele desaparece a cada vez que vocês dormem à noite.
Será que vocês entram em agonia metafísica, indo para a cama, perguntando-se se amanhã o mundo vai existir?
Então, confiem na Onda da Vida.
Pergunta: situar-se, em Consciência, além da individualidade, corresponde ao quê?
Isso significa: parar de pensar.
Vocês não são os seus pensamentos.
Eles estão aí, no entanto.
Será que um pensamento é duradouro?
Será que um pensamento é eterno?
Não, ele passa.
E nós conhecemos, todos, a versatilidade dos pensamentos.
Nós pensamos em um troço, cinco minutos depois (quando estamos encarnados) nós pensamos em outra coisa.
Nós temos objetivos.
Então, dependendo da personalidade, esses objetivos podem levar a vida toda ou, então, mudamos de objetivo.
Mas não há objetivo.
Se vocês são essencialmente honestos, não há qualquer objetivo exterior para Ser.
É uma questão de mudança de olhar.
Isso que é a personalidade, em relação a esta frase, vai travar os dois pés, dizendo: “nossa, para onde eu vou?”.
Mas, justamente, ela não vai a parte alguma, a personalidade.
Há apenas a personalidade que crê que ela vai a algum lugar, de um ponto aqui a um ponto ali.
Isso é verdadeiro quando vocês vêm, aqui, escutar as bobagens que eu lhes digo: vocês se deslocam de um ponto a outro ponto.
Mas será que Vocês se deslocaram?
Aliás, eu não sei como vocês se deslocam quando não há mais solo.
A individualidade é o Si.
O Si não pode compreender o não Si.
Os seres e nós mesmos, nós temos o quê?
Favorecido a eclosão do Si.
O que aconteceu há menos de dois meses?
Nós lhes dissemos: “o Si é uma Ilusão”.
Badabum [barulho de uma queda].
Tudo caiu.
O que caiu?
Foi o ego espiritual.
Foram etapas que ocuparam.
E o Bem Amado SRI AUROBINDO passou a vida escrevendo poemas.
Era para ocupar o seu próprio mental.
E eu, eu fazia o quê?
Eu fazia as pessoas dançarem para ocupar seu mental.
Será que, fundamentalmente, isso serve a alguma coisa para aquele que vive o Absoluto?
Não.
Mas são estratégias que são elaboradas.
Fazendo-os dançar.
Fazendo-os rezar.
Não há objetivo porque a Onda da Vida (e o que vocês São) está aí, desde toda Eternidade.
Simplesmente, é a personalidade e a individualidade que se afastaram disso.
Há seres que descreveram de maneira notável (especialmente hoje, desde que houve a descida do Espírito Santo).
Há cada vez mais seres humanos que, de repente, surgem em uma outra realidade que é a realidade do Si.
Eles não lhes falam nem de Energia, nem de Vibrações, nem do chakra do Coração, nem da Kundalini, nem do que quer que seja.
Eles vivenciaram um mecanismo de acesso ao Si e, vivendo esse mecanismo de acesso ao Si (onde eles descobrem a vida sob um outro olhar), eles são persuadidos de que esse olhar é a Verdade.
Mas isso não é mais a verdade que o ego.
Dito de outra forma, nem a personalidade, nem a individualidade (que está ligada à Alma) são a finalidade.
Aliás, o termo ‘finalidade’ é empregado pela personalidade e pela individualidade: a individualidade que quer se estabelecer no Si e ali permanecer.
É como se vocês se espelhassem, vocês mesmos, na sua própria Luz.
Mas vocês são a Luz?
A Luz é tornar-se a Onda da Vida.
É, primeiramente, viver a Deslocalização, a bilocação.
É ser, ao mesmo tempo, esta consciência (neste corpo limitado), mas, ao mesmo tempo, ser o Sol, ser qualquer outro ser humano.
Isso não é um jogo de palavras.
Isso não é a adesão a uma crença, qualquer que seja.
Isso é uma vivência.
Mas enquanto vocês se espelharem no Si, é a mesma coisa que se espelhar no ego: vocês não podem aceder ao Indizível.
Agora, vocês são livres de ficar observando o umbigo.
Vocês são livres para ficar observando o Si.
Mas a Onda da Vida não pode ser observada.
Vocês são ou vocês não são.
O Absoluto (o Parabrahman, A FONTE) não tem o que fazer de qualquer individualidade porque A FONTE está por toda parte.
Se vocês são o Absoluto, vocês estão, também, por toda parte.
Isso não é uma projeção.
Isso é a estrita Verdade.
Agora, enquanto vocês não o viverem, vocês não podem nem concebê-lo, nem aceitá-lo.
Vocês podem apenas recusá-lo e isso é lógico.
Mas o dia em que a Onda da Vida estiver aí, o que acontece?
Vocês vão rir pra caramba.
Por quê?
Porque, justamente, o baço (que é o princípio da Atração) é responsável pela retração da Alma.
Se a Alma for transmutada (transcendida, muito exatamente), vocês vão rir porque vocês não têm mais o baço.
Vocês não têm mais nada que os constranja em qualquer regra.
Não quer dizer que vocês se tornam um assassino.
Não quer dizer que vocês se tornam um bandido.
Vocês se tornam a própria Onda da Vida.
Mas, é claro, para a personalidade (que está no combate, na Dualidade), mesmo para o Si (que está na Unidade), isso não pode existir de maneira alguma.
E, aliás, isso não existe.
Isso É.
Mudem o olhar.
Pergunta: viver como um luto, um enterro Interior, é viver a Renúncia?
Mas, é claro.
O Nascimento no Absoluto é, evidentemente, a morte.
Não deste corpo, mas a morte de todas as Ilusões.
É um luto.
É o ‘choque da humanidade’.
O luto (e o choque), ele está em vocês antes de estar no mundo.
É exatamente isso.
É o momento em que vocês saem da infância: vocês são adolescentes, vocês se tornam adultos.
O que vocês perdem ao nível da personalidade?
Uma série de ilusões.
É como o dia em que vocês aprendem que o Papai Noel não existe, ou que o Papai Noel é um lixo, dá no mesmo.
É uma expressão que foi muito usada e que é muito, muito bela porque vende alguma coisa a vocês.
Quando vocês são criança, vocês acreditam.
E vocês acreditam tanto que vocês o veem, esse Papai Noel.
É uma egrégora.
E depois, um dia, lhes dizem: “ele não existe”.
O que isso é para vocês?
É a mesma coisa quando as pessoas vivem uma experiência às portas da morte e que retornam.
Elas sabem, pertinentemente, que não são este corpo porque elas vivenciaram um outro corpo (também ilusório, é claro) que é o corpo astral.
Porque, quando vocês partem na Luz, vocês veem muito bem que esses seres, eles estão parados antes da Luz.
Mas, mesmo assim, eles vivenciaram o Amor.
Porque eles viram a verdadeira Luz.
Alguns deles vão, realmente, até a Luz, até o Sol.
Então, é claro, o Sol, ele não está em cima, no céu.
Ele está no Coração.
O seu Coração é o seu Sol.
Mas não há diferença entre o Sol que está em cima e o seu Coração.
Simplesmente, a visão da personalidade acredita que há uma localização.
Quando vocês são o Sol, vocês estão no Coração, vocês estão no Sol, vocês estão por toda parte.
Portanto, aí, é exatamente o mesmo princípio.
O ego (a personalidade, a individualidade) sempre vai se perguntar para que isso serve: para ocuparem-se.
Será melhor se ocupar em fazer o amor do que a guerra, vocês não acham?
Mas isso fica (e isso permanece) apenas uma ocupação.
Pergunta: por que eu vivo os processos em curso e, ao mesmo tempo, ressurgências de mágoas antigas dando vontade de abandonar tudo?
Mas isso é perfeitamente normal.
São as últimas dúvidas e os últimos medos.
É quando a Onda da Vida, ela chega ao nível dos dois primeiros chacras.
Isso foi explicado na semana passada, eu creio.
Isso explica, perfeitamente, o que acontece.
Quando a Onda da Vida chegar aos dois primeiros chacras, vai explodir, na cara, não somente as suas feridas, mas a ferida fundamental da humanidade que é o medo da carne (o isolamento da carne): todas as máculas (reais ou supostas) às quais a humanidade, na totalidade, deu peso e corpo, em um determinado momento.
Então, é claro, o que vai lhes sussurrar o ego na Onda da Vida?
Que isso não é verídico.
Mas, obviamente porque, mesmo quando a Luz descia, o ego, ele estava aí.
Ele podia, até mesmo, desabrochar: “ah, eu vivo o efeito do Coração, eu vivo a Luz, eu vivo o Si, eu sou o Si”.
Era verdade.
Mas, a Onda da Vida, ela põe fim a todas as Ilusões.
Portanto, o que é Ilusório não tem outra solução senão dizer que isso que se vive é uma ilusão.
Esta é a última etapa, quando a Onda da Vida chegar ao nível dos dois primeiros chacras (ao nível do períneo e ao nível do umbigo).
Porque ela lhes dá a ver as últimas dúvidas, os últimos medos que não são, necessariamente, os seus (mesmo se isso os faz lembrar das feridas).
Mas é, sobretudo, a ferida fundamental da humanidade.
Pergunta: uma dor, mesmo antiga, ao nível do umbigo, participa desse processo?
De maneira indireta.
Porque a Onda da Vida pôde nascer, para algumas pessoas, de forma episódica, desde alguns anos.
Mas, naquela época, nenhum ser que vivenciou esta Onda da Vida pôde atualizá-la.
Pelo contrário, isso dava um sentimento de urgência, de alguma coisa contrária à espiritualidade, contrária ao Coração.
E isso foi relatado.
Obviamente, vocês podiam ter manifestações, já, desde vários anos.
Há ensinamentos (muito, muito antigos) que descrevem, aliás, o percurso da Onda da Vida.
Mas, jamais foi anunciado como isso se produz agora.
Portanto, são as últimas dúvidas, os últimos medos porque o ego (a personalidade e mesmo a individualidade), ele vai dizer-lhes que ele quer sobreviver.
Que isso não é verdade.
Que o Absoluto não pode existir.
A Unidade, sim.
Porque podemos reivindicar a Unidade, mas vocês não podem reivindicar a Onda da Vida porque é o que vocês São.
São as últimas retrações da Alma (como falou uma Estrela, na semana passada) (ndr: intervenção de MA ANANDA MOYI de 10 de março de 2012).
Pergunta: e sobre o som da Onda da Vida?
É um som, efetivamente, também.
Vocês sabem, nos diferentes Samadhi, há diferentes sons.
O som da Onda da Vida é o som da Terra, do Céu.
São as Trombetas.
São as Trombetas e, em breve, isso será o quê?
O grito ensurdecedor da Fênix, o grito da Ressurreição: aquele que vai apreender o conjunto da humanidade.
Esses sons foram-lhes anunciados desde quase um ano.
Eles apareceram, de maneira transitória, efêmera, temporária, em alguns locais.
Se vocês se interessarem pelas notícias, vocês irão ver que esses sons estão progredindo, de maneira extremamente importante, em vocês como no exterior de vocês.
Naturalmente, a Onda da Vida foi liberada.
A Terra está liberada.
Ela está prestes a viver, neste momento mesmo, a sua Ascensão.
Então, é claro, como eu sempre disse, vocês, vocês estão na Europa Ocidental.
Vocês trabalharam intensamente para evitar todas essas etapas que os profetas tinham anunciado.
Portanto, como eu disse: regozijem-se.
Fiquem felizes.
Vocês têm toda a oportunidade e a facilidade para viver a Onda da Vida.
Vocês acham que, quando algumas dificuldades se apresentarem, se a Onda da Vida não estiver instalada (ou se ela não tiver nascido, se vocês não tiverem se aproximado), vocês acham que isso será mais simples ou mais difícil?
Eu os empenho a reler o que disse o IRMÃO K, o seu próprio testemunho sobre o acesso a este Absoluto: o indizível sofrimento.
De qualquer maneira, é mais agradável viver o Indizível Êxtase ao invés de viver, em primeiro lugar, o indizível sofrimento para descobrir o Indizível Êxtase.
É mais agradável para a personalidade.
É mais agradável para a individualidade.
Mas, para isso, é preciso aceitar nada mais fazer em meio à personalidade (pela personalidade), em meio à individualidade (pela individualidade).
Isso não significa que é preciso absolutamente nada fazer nesta vida.
Isso foi divulgado.
Em última análise, se a Onda da Vida não tiver se manifestado, isso quer dizer que vocês não estão, vocês mesmos, suficientemente alinhados com esta Onda da Vida que é, eu os lembro, nossa natureza, de todos.
Agora, foi-lhes dito ainda, desde algumas semanas (seja por UM AMIGO, seja por outros, pelo Mestre PHILIPPE): permaneçam tranquilos.
Fiquem em paz.
UM AMIGO lhes disse: “deem-se a paz”.
Todas as estratégias que vocês possam elaborar (atualmente) não são destinadas a trabalhar na Onda da Vida.
Isso é impossível.
Mas vocês podem continuar a ocupar o seu ego, a viver a Paz, a aproximar-se da Paz, a Alinhar-se, a ir para a natureza (como dizia SNOW), a caminhar no orvalho (como dizia um Arcanjo).
Vocês vivem-no, muito exatamente, no momento certo.
Lembrem-se desta frase: “os primeiros serão os últimos; os últimos serão os primeiros”.
Pergunta: quais são os elementos que vão entrar em resistência?
O que entra em resistência será, sempre, a personalidade e o ego.
Porque, para a personalidade, a personalidade apenas pode existir se houver um combate, se houver uma Dualidade, se houver um objetivo, se houver necessidade (para o ego, sempre) de restabelecer a Verdade.
Porque o ego vai, sempre, projetar no exterior.
Então, o ego vai acreditar que há um deus malvado, um deus bom, um diabo, para justificar suas próprias insuficiências e, portanto, sua própria luta contra ele mesmo.
Mas, tudo isso não existe.
Isso é infantil.
Mas o ego é infantil por Essência.
Portanto, há elementos humanos e não humanos, ou seja, todas as egrégora que foram pesando, tudo o que se tornou pesado: o medo, o medo da falta, a noção de dinheiro, a noção de propriedade, a noção de marido e mulher (mesmo na união a mais perfeita, isso permanece uma união da personalidade, não é?, e de dois corpos).
Não há Liberdade aí dentro.
Portanto, esses elementos humanos e não humanos vão se opor, ferozmente (até o último minuto), à Onda da Vida.
Isso é lógico.
A sua própria existência é apenas a negação da Onda da Vida que, no entanto, não pode ser negada porque, se a Onda da Vida não estivesse aí (mesmo um traço), ninguém poderia experimentar o que quer que seja.
Mas, a experiência não é a Onda da Vida.
Vão, dois últimos.
Depois eu vou, hein?
Pergunta: a noção de primeiros e de últimos está ligada ao ciclo de 52.000 anos?
Primeiros e últimos é uma noção de Consciência.
Obviamente, é uma noção temporal, também.
É uma noção de preeminência (superior / inferior).
Agora, em relação a 52.000 anos, é um ciclo que termina, um ciclo que foi iniciado pelos Elohim, ou seja, esses Seres (essas Consciências superiores) que se cristalizaram na Terra para evitar que não morresse o quê?
A Onda da Vida.
Ela podia não morrer, mas ela podia, até, fazê-los sofrer.
Do mesmo modo que, desde as Núpcias Celestes (e, antes, desde aqueles que viviam, já, as primeiras descidas da Luz, nos anos 90), vocês Ancoraram a Luz: vocês iluminaram a Terra.
Lembrem-se: o carma pertence à personalidade, à ação / reação, à Dualidade.
Além disso, há a Unidade onde tomamos Consciência, no Si, de que tudo isso é apenas uma grande farsa (para empregar uma palavra simples).
E depois, vocês têm o quê?
O Absoluto.
E quando eu digo depois, isso não é depois.
Isso sempre esteve aí.
É um outro olhar.
No Absoluto, tudo é perfeito.
É aquele que sai da matriz e que se apercebe de que ele estava confinado em um frasco (no frasco onde havia os amendoins, vocês se lembram: a mão que segura os amendoins, para aqueles que me leem).
É exatamente a mesma coisa.
Mas, é claro, enquanto vocês não tiverem saído do frasco, para vocês, é a única realidade.
A Onda da Vida vem fazê-los lembrar.
A FONTE disse: “lembre-se do Juramento e da Promessa”.
A Terra lhes disse: “lembre-se do que você é, desde toda Eternidade: a Vida, a Onda da Vida, a Ação da Graça”.
Ação / reação, na personalidade.
Descoberta da Unidade, no Si.
E passagem da ação / reação para a Ação da Graça.
E, em seguida, vocês são a Ação da Graça, a Onda da Graça, a Onda da Vida, a Onda do Éter, o Manto Azul da Graça.
Vocês são este Êxtase permanente.
Vocês são esta União permanente, mística.
Vocês são este Casamento Místico.
Vocês não são nada mais.
Mas se eu lhes dissesse isso, à queima-roupa, ao chegar: “vocês são isso”, não haveria mais ninguém para escutar o que eu tenha a dizer.
Simplesmente, agora, aqueles de vocês que o vivenciaram, através de uma série de processos (mesmo se isso foi desconcertante, nas primeiras semanas), esta é, efetivamente, a única Verdade.
O ser humano que não estiver habituado vai encontrar-se a fazer o quê?
A viver um estado de prazer como se ele fizesse amor, muito mais intensamente.
Evidentemente, ele nada vai compreender.
Isso acontece o tempo todo, em qualquer circunstância.
Vocês falam que é aborrecido, efetivamente, cumprimentar o seu chefe, pela manhã, no escritório.
Isso soa um pouco estranho, não é?: de sacudir uma mão e de sentir algo que os leva a outros lugares que aí onde vocês sacodem a mão.
Isso faz interrogar.
Mas, dentro de algumas semanas, vocês irão rir de tudo isso, mesmo se, por enquanto, vocês riem amarelo.
Nós não temos mais perguntas. Nós lhe agradecemos.
Então, caros Amigos, caros Irmãos, eu lhes transmito todas as minhas Bênçãos.
Vocês são o Amor.
Vocês nada mais são.
Então, sorriem.
Não amarelo.
Branco.
Eu lhes digo até muito em breve e boa Onda.
Até muito em breve.
Enviado por Rosa
Mensagem do Venerável O.M. AÏVANHOV no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1390
24 de março de 2012
(Publicado em 26 de março de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
http://minhamestria.blogspot.com/
O.M. AÏVANHOV - 24-03-2012 - PARTE 1 - AUTRES DIMENSIONS
E bem, caros amigos, eu estou extremamente contente de reencontrá-los.
Eu lhes transmito, inicialmente, todas as minhas Bênçãos.
Desde sete ou oito semanas, agora, uma especificidade nova foi chamada de Onda da Vida, Onda do Éter, Onda da Graça, Manto Azul da Graça (vocês podem ali colocar todos os nomes que vocês quiserem).
Isso pode se resumir em algo muito simples.
Até agora, nós havíamos lhes falado de alguma coisa que descia com um componente triplo (já desde certo tempo).
Agora, nós lhes falamos de alguma coisa que sobe.
Que sobe, em vocês, como isso sobe da Terra.
Através, se vocês quiserem da ação do que foi denominado (porque é preciso bem chamá-lo assim ou de outra forma, é preciso nomear as coisas): o Manto Azul da Graça.
A ação do Manto Azul da Graça foi (e é e será, ainda, principalmente a partir do início de abril) desencadeada: de algum modo (e eu os lembro de que isso não é uma ação de vocês, mas é algo inteiramente natural), a subida da seiva que faz a nova árvore, que faz a nova vida, não é?
Esta subida da seiva (que vem do mais profundo da Terra, que se deposita sobre a Terra) penetra, em vocês, como a seiva sobe na primavera, quando o sol começa a esquentar, de algum modo, esta Terra.
É esse mesmo processo que está em curso, em vocês, para aqueles de vocês que já o vivem.
Então, o Bem Amado SRI AUROBINDO irá falar esta tarde, justamente, sobre as qualidades intrínsecas do que sobe agora.
Para aqueles que leram o que ele disse durante a sua última vida, ele falou da descida do Supramental, do Espírito Santo, se vocês quiserem.
Quando ele foi São joâo, ele escreveu (sob o ditado de CRISTO) o “Apocalipse” e ele descrevia, com formas alegóricas, com símbolos (e, também, em função do seu mental da época, é claro), tudo o que ele podia ver do que ia chegar.
Mas, em momento algum, ele expressou (ninguém, aliás, expressou) esta resposta da Terra.
E SRI AUROBINDO irá lhes falar.
Além do que vocês vivem, ele irá sistematizar, de alguma forma, o porquê desta Onda da Vida, as consequências que alguns de vocês já vivem: o Casamento Místico (ou este Êxtase místico) que é, eu os lembro (como alguns Anciãos disseram e repetiram), nossa natureza, a de todos, sem exceção.
Mesmo aqui, ainda confinados.
Mesmo nos planos astrais, nos desencarnados.
Mesmo nos planos da Luz.
Até A FONTE.
Até o átomo.
É a constituição intrínseca de absolutamente tudo.
Naturalmente, aqueles que vivem isso sabem, pertinentemente, que isso é a Verdade porque é um Reconhecimento.
Do mesmo modo que, quando um ser humano entra, de maneira fortuita (por uma oração, por uma meditação), em contato Vibratório com MARIA, ele sabe que é MARIA.
É algo que é inato.
Isso está além mesmo do reconhecimento.
É algo que está inscrito, é claro, em todas as carnes, em todas as Consciências e em toda vida.
É exatamente a mesma coisa para a Onda da Vida.
Mas eu deixarei o Bem Amado João se expressar.
A grande novidade é que, então, nós começaremos, desde esta tarde, os momentos de trocas (onde nós temos que lhes dar alguns elementos) por um momento de descida do Manto Azul da Graça, assim será (vocês talvez o saibam) todas as noites às 19 horas (hora francesa) [14h00 – hora de Brasília; 18h00 – hora de Lisboa] e não importa qual momento da vida (ndr: ver a coluna “protocolos prioritários”).
E, o mais importante, será isso.
Isso não é tudo o que nós iremos compartilhar.
Logicamente, as palavras são importantes porque elas nutrem o mental e elas permitem, de alguma forma, ocupar uma parte de vocês mesmos enquanto a conexão (o trabalho da Luz Vibral) se realiza no Interior de vocês.
Do mesmo modo que um artista vai pintar, vai exprimir através de uma poesia ou de qualquer obra criativa, alguma coisa.
Mas é durante o trabalho de criação que se pode manifestar, em certos casos, esta Onda da Vida.
Há artistas conhecidos que o descreveram.
Hoje, aqueles que são artistas podem, particularmente, o sentir.
Eles são absorvidos em alguma coisa que é um ato criativo.
A Onda da Vida vai se manifestar para eles, naquele momento.
Mas isso pode ser exatamente a mesma coisa (nós já o dissemos) para a Onda da Vida (e para, também, a Luz que descia, o que quer que vocês façam).
Não é mais tempo, como dizer, de limitar (ou de restringir) a Luz, nos momentos ditos privilegiados: quando vocês estão Alinhados, quando vocês estão em meditação, quando vocês estão em oração.
Cada minuto da sua vida, de hoje em diante, deve se exprimir pela Onda da Vida.
Vocês são a Onda da Vida, portanto vocês devem, cada vez mais (e vocês irão fazê-lo porque isso é natural), habituar-se a deixar exprimir, em vocês, o que é (como eu dizia quando estava encarnado) o mais espiritual em vocês, o mais elevado.
Não a personalidade.
Não o ego.
Não o que é limitado.
Não o que reage, sem parar, assim que há a menor contrariedade.
Porque, em última análise, é sempre o ego que reage.
Mas, se vocês tomarem um tempo para viver esta Onda da Vida, colocarem, simplesmente, sua observação sobre o que acontece, alguns segundos, alguns minutos (qualquer que seja o tempo que isso dure), isso será o mais importante.
Porque, se vocês se aperceberem, por vocês mesmos, depois, de que se antes de falar, se antes de reagir, se antes de ficar com raiva, vocês permanecerem (alguns instantes, algumas respirações, alguns minutos, não importa) à escuta da Onda da Vida (não para buscá-la, não constrangendo-a, mas, simplesmente, aí, como dizia o Arcanjo ANAEL, no “Aqui e Agora”, Hic e Nunc), neste momento, a Onda da Vida irá fluir em vocês.
E, naquele momento, tudo o que vocês expressarem, tudo o que vocês manifestarem, será procedente da Onda da Vida que vocês são.
E não da personalidade que vocês creem ser.
É um aprendizado que vai ocorrer naturalmente.
É nesse sentido que, já, UM AMIGO (já desde alguns meses) e eu mesmo, nós dissemos que nós lhes demos tudo ao nível do ensinamento, que não haveria ali outro ensinamento, porque, agora, o único ensinamento é vocês e vocês mesmos.
Não vocês e vocês mesmos neste lado desconfortável, confinado, da personalidade, mas na natureza essencial do que nós somos, todos, sem qualquer exceção.
Mesmo o pior assassino é percorrido pela mesma Onda.
Simplesmente, ele, ele está mais afastado do que vocês.
E é por isso que o Mestre PHILIPPE, ou outros, insistiram: jamais julguem.
Porque o menor ato, a menor pessoa, o menor elemento que vocês julgarem, vocês se condenam, vocês mesmos, afastando a Onda da Vida de vocês mesmos.
Isso é muito, muito importante, durante o período que vocês vivem (na sua pequena vida como na vida da totalidade da Terra), para compreender, em profundez, isso: jamais julguem alguém, nem o que quer que seja.
Porque, mesmo se alguma coisa lhes parecer aberrante e lhes parecer injusta, em última análise, quem vê a situação?
É sempre o mental.
É sempre a personalidade (Fogo do Coração ou não Fogo do Coração).
Mas a Onda da Vida, ela é natural.
Mas a única coisa que não pode extingui-lo, mas que o afasta, temporariamente, é o julgamento.
Então, por mais que vocês digam que vocês são amor, que vocês amam todo mundo, mas, se houver o menor julgamento, se vocês condenarem quem quer que seja, vocês se condenam vocês mesmos.
O CRISTO disse: “o que vocês fazem ao menor de vocês, é a mim que vocês fazem”.
Hoje, vocês são portadores (quase todos, conscientes ou não) da Vibração KI-RIS-TI.
Como é que um KI-RIS-TI poderia julgar quem quer que seja?
Portanto, assim que houver um julgamento, assim que houver um pensamento a ser emitido (que é uma condenação, que é uma observação mental), vocês irão se afastar desta Onda da Vida.
Então, é claro, o CRISTO, ele disse também para não jogar pérolas aos porcos.
O que isso quer dizer?
Isso quer dizer, simplesmente, retirar-se.
Mas, retirar-se aonde?
No si.
Será que, para retirar-se no si, é preciso julgar o outro?
Absolutamente não.
E quanto mais vocês vivem a Onda da Vida (quanto mais vocês tocam este indizível, este Absoluto), menos vocês julgam.
Evidentemente, a personalidade (ainda encarnada) pode ficar chocada.
E eu diria mesmo que ela deve ficar chocada.
Lembrem-se: do CRISTO e de JUDAS.
Será que CRISTO condenou JUDAS?
Coloquem-se a questão: será que a Onda da Vida, será que a Vida se condena, ela mesma?
Portanto, se vocês são a Vida, vocês nada podem condenar.
Isso é muito, muito importante, durante este período (e, sobretudo, agora, a partir do início de abril, de 02 de abril, eu creio) em que vocês irão viver esta Onda da Vida (mesmo para aqueles que a vivenciaram, já, na totalidade) como este Êxtase místico.
Vocês irão ver o que isso vai ser.
Desde alguns dias, muitos seres humanos (sem nada compreender) sentem uma espécie de calor (de formigamento) nos pés (sob os pés, nas pernas) sem saber o que é.
É lógico.
A Terra despertou.
Tudo o que nós lhes dissemos acontece sob seus olhos.
Que prova podemos dar-lhes de mais correta, de mais exata, de mais autêntica, do que esta Onda da Vida?
A Onda da Vida, não fomos nós que lhes demos.
Não foram vocês que se deram.
Porque isso é a nossa natureza, de todos.
E ela vem de onde?
Da Terra.
Ela vem de baixo e ela sobe.
O que mais seria isso senão o que foi chamado de Ascensão?
Então, é claro, as circunstâncias da Ascensão são diferentes segundo os seres humanos, vocês sabem.
Mas a Ascensão é a Onda da Vida.
Houve um Apelo da Luz.
Vocês acolheram a Luz.
Vocês lhe permitiram (como lhes dissemos) Ancorar, encarnar-se.
E, agora, vem a resposta que é a resposta da Terra: é o ‘sim’ ao seu Casamento, à sua Eternidade.
E tudo isso, é claro, vocês sabem porque vocês o vivem, com interrogações, com dúvidas, com, às vezes, raiva, com, às vezes, necessidade de ter medo.
Porque é tão inédito, é tão imenso, é tão amplo que, naturalmente, tudo o que está inscrito na personalidade (nos medos que foram secretados desde tanto tempo) podem, naqueles momentos, aturdi-los.
Mas o fato de ficar aturdido pode durar apenas um momento.
Portanto, aí tampouco, não se condenem.
Foi-lhes dito (e SRI AUROBINDO irá explicar para vocês muito melhor do que eu) que a Onda da Vida é natural, que vocês nada têm a fazer.
Que há apenas que estar no Hic e Nunc e deixar fazer o que deve ser feito.
Agora, meus Irmãos e minhas Irmãs, eu lhes dou a palavra para todas as suas perguntas.
Pergunta: eu me sinto disperso, particularmente nas minhas atividades criativas, mas enquanto me sentindo o instrumento do Divino. Isso atrapalha a realização da minha missão?
Então, aí, caro Irmão, a única missão que é para realizar é viver a Onda da Vida.
Vocês não são o seu papel.
Vocês não são a sua identidade.
Vocês não são a menor das suas projeções no exterior.
Isso não quer dizer que é preciso ficar como um vegetal: sentar e, então, esperar.
Salvo se a Onda da Vida pedi-lo a você.
O que você denomina esta noção de estar disperso (fragmentado) é apenas uma visão limitada do que nós chamamos de Deslocalização.
Obviamente, enquanto vocês não estiverem conscientes e lúcidos desta Deslocalização, a personalidade vai chamar isso como?
De uma ausência: não mais ter memória, não mais ter neurônios e não mais poder concentrar-se, não mais poder fazer uma atividade normal, não mais se lembrar de um sobrenome, de um nome, etc..
Isso, é o Apelo da Luz.
Mas isso não é somente o Apelo da Luz, como anteriormente.
É, sobretudo, o Apelo da Onda da Vida porque a Onda da Vida (como nós o dissemos), ela é sua natureza, de todos, sem exceção.
Portanto, a Onda da Vida, o Manto Azul da Graça (além da Comunhão, além da Fusão, além da Dissolução), é a Deslocalização da Consciência.
Eu vou empregar muito as palavras “personalidade” e “ego”, mas não vejam qualquer crítica, não é?, porque, quando nós estamos encarnados, é claro, todos nós temos um ego.
Se vocês olharem os Anciãos (os Melquizedeques), durante suas vidas, nós tivemos, todos, fortes personalidades que se expressavam de maneira diferente.
O que acontece?
Se vocês adotam o ponto de vista da personalidade, vocês dizem: “como, eu não posso mais fazer o que eu estava prestes a fazer; eu não posso mais realizar a minha missão?”.
Mas, não há missão.
Não há evolução.
Há, apenas, que ser esta Onda da Vida.
Agora, vocês são livres para não ser a Onda da Vida, para desviar-se disso, para acreditar que há um combate entre os ímpios e os gentis, acreditar que há um papel (uma função) a realizar sobre esta Terra.
A Onda da Vida é tudo, exceto isso.
Ela os chama, ela também, Aqui e Agora, para deixá-la trabalhar.
Então, é claro, o ego vai dizer: “eu não tenho o dia todo; eu tenho uma missão; eu tenho que cozinhar; eu tenho que fazer a limpeza”.
Mas quem lhes disse que vocês não podiam cozinhar, ter sua missão, sendo percorrido pela Onda da Vida?
Todos os seus minutos, todas as suas horas, vão ser tomados pela Onda da Vida.
Então, naquele momento, o que vocês irão dizer?
Vocês irão dizer (é muito simples) ou “eu quero continuar a minha vida”.
Ou vocês irão dizer: “isso não é a Luz; a Luz é o que eu vejo, eu”.
Isso é o ego, não é?
Então, vocês irão dizer: “eu quero a Luz, mas sou eu que decido quando”.
Dissemos a vocês: vocês nada decidem com a Onda da Vida.
Hoje, há seres que vivem o que você descreveu, ou seja, a sensação de estar disperso, porque é a visão da personalidade.
Escute, faça Silêncio e você verá que o que você nomeia “dispersão” nada mais é do que as primícias da Deslocalização.
A Deslocalização não é deixar este corpo.
Não é deixar a consciência da personalidade.
É estar consciente do Tudo.
É não mais estar limitado a esta pequena pessoa.
É serem todas as pessoas, toda a Terra, todas as estrelas, todo o céu.
Isso não é uma visão da mente.
É uma Verdade da Consciência, da Presença, do Si (como dizem nossos amigos orientais) que os leva a viver (pelas Portas da Dissolução, da Crucificação) a Dissolução e, portanto, o Tudo, o Absoluto.
Nossos amigos orientais diriam o Brahman (e, sobretudo, o Parabrahman), ou seja, o que é esta Unidade Absoluta que cada um de nós é, onde quer que estejamos.
Portanto, o sentimento de doença, hoje (se vocês têm bicicletas que se põem a girar cada vez mais), é claro, enquanto vocês estão aí dentro, vocês estão no sofrimento.
Mas, lembrem-se: este sofrimento, ele também, é apenas uma Ilusão.
Tudo depende do olhar (ou seja, do estado da sua Consciência) pelo qual vocês abordam o que vocês vivem.
Se a Onda da Vida os penetrar, não haverá mais problema.
Por quê?
Porque nunca mais haverá a menor questão.
Tudo irá se tornar uma evidência total e absoluta.
E, depois, a personalidade vai rir: “sim, mas, eu, eu ainda estou aqui; eu, eu estou, ainda, nos problemas”.
Quem disse o contrário?
Mas mudem de olhar.
Todo problema da personalidade é que há uma reivindicação da Luz.
Nós lhes explicamos.
E a problemática é que vocês (para muitos de vocês) realizaram um trabalho magnífico: aquele de realizar a Ancoragem da Luz sobre a Terra.
Agora, deixem a Terra despertar.
A Terra vive a sua Ascensão.
Então, é claro, até o extremo limite, haverá seres que vão estar na negação.
Mas, o que eles negam?
Coloquem-se, sempre, esta questão, em vocês: quem fala?
Quem vai se expressar?
O que eu manifesto quando eu estou com raiva de tal pessoa, de tal situação?
Será que é minha parte limitada ou será que é o que eu sou?
Porque, o que eu sou, em Verdade, não tem o que fazer do que é limitado.
Isso não é (como lhes disseram os Anciãos e outros) uma negação.
Longe disso, já que a Ascensão é um movimento que ocorre de baixo para cima, é claro (vocês o compreenderam), que faz participar a carne, a personalidade, a individualidade.
Para conduzi-la aonde?
Na Eternidade e, sobretudo, nesse sentimento (profundo, extraordinário) de Êxtase.
Todas as manhãs, quando eu estava encarnado, eu ia ao Sol.
O que eu vivia a mais que isso?
Eu me regozijava no Sol.
Hoje, vocês estão neste regozijo.
Então, paradoxalmente, vocês irão recusar isso?
Por quê?
A pergunta, ela está aí.
Aliás, é a única pergunta.
Portanto, não se ocupe disso.
Contente-se em viver o que é para viver.
Só o ego tem medo (como disse, eu creio, uma das Estrelas): é a retração da Alma.
Todos os ensinamentos alterados, falsificados, desde o início do século passado, tinham-lhes lisonjeado a Alma: vocês são uma Alma, há Almas irmãs, há Chamas Gêmeas, há Chamas com as quais vocês irão trabalhar.
Mas tudo isso pertence à Alma.
Será que a Alma é eterna?
Não.
A Alma é um intermediário entre o corpo e o Espírito.
Isso é tudo.
Eu os remeto, para isso, a tudo o que disse o IRMÃO K (no último verão (inverno, no hemisfério sul) do seu ano de 2011).
Se vocês quiserem permanecer na Alma (ou seja, nas seduções, na Dualidade), vocês são totalmente livres.
Mas, então, não venham se queixar de não viver a Onda da Vida.
A Onda da Vida é o momento em que há rendição total da Alma.
A Ressurreição é o momento em que todos os corpos (físico, etéreo, mental e causal) são queimados no Fogo do Amor e na Onda da Vida.
Mas se vocês quiserem manter uma causalidade, qualquer que seja, mantenham-na.
Aí também, é um ou outro.
Não se coloquem questões.
Vivam o que é para viver.
Aliás, quando vocês vivem a Onda da Vida, na totalidade, o que poderia permanecer como questão?
Quando há uma questão em vocês (principalmente ao nível espiritual, ao nível de futuro), o que isso quer dizer, fundamentalmente?
Isso quer dizer que vocês não estão mais no Hic e Nunc.
A Onda da Vida, a Luz, nos primeiros momentos, vocês sabem que vocês apenas podem, realmente, beneficiar-se nos Alinhamentos, nas meditações.
Eu, durante a minha vida, eu ia meditar em frente do sol nascente.
Mas, hoje, toda sua vida deve se tornar isso.
Mas se vocês quiserem, não se atormentem.
Façam o que vocês têm que fazer.
Se vocês creem ser, exclusivamente, um criador, sejam um criador.
Se vocês creem ser, exclusivamente, um terapeuta, sejam um terapeuta.
É o ego que, ainda uma vez, vai se colocar problemas de porque ele não vive a Onda da Vida.
Mas, se vocês vivem a Onda da Vida, qual questão poderia ainda existir?
Como vocês sabem que vocês vivem a Onda da Vida?
Obviamente, isso é manifestado.
Portanto, vocês vivem esta Onda.
Portanto, vocês vivem o Êxtase, esse prazer indizível, por intervalos, por enquanto.
Mas vivê-lo uma vez é já o fim da personalidade.
Porque vocês tocaram (apenas durante esta experiência fugaz) a própria Essência.
Vocês sabem que isso é a Essência.
Não há necessidade de se perguntar.
Quando vocês recebem a Luz, vocês ainda podem se perguntar.
Aliás, eu empreguei expressões: “yoyoter de la touffe” [divagar, dizer não importa o quê].
Porque, efetivamente, a Luz que desce chama a perguntas.
Ela chama a posicionamentos, a mudanças, Interiores e exteriores.
A Onda da Vida, ela não é nada disso.
Ela é este Êxtase permanente de vocês mesmos.
Ela os faz Comungar com a Vida.
Pergunta: observar os processos do ego faz parte da Deslocalização?
Sim.
Na totalidade.
Muitos seres que realizam, se vocês quiserem, esta etapa do Si, da Unidade (não do Absoluto, há uma diferença), colocam-se, muitas vezes, na posição dita de observador e de testemunha.
Isso não é uma despersonalização.
É, simplesmente, aí também, o que eu nomeei um ‘olhar que observa’.
Quando vocês entram nesse olhar que observa, é um sinal muito bom.
Porque isso significa que o ego se soltou e que alguma coisa nova está prestes a assumir o lugar.
Vocês se observam, vocês mesmos, e, muitas vezes, vocês notam alguma coisa que vocês não procuram (porque se vocês o procuram, é difícil de reproduzir). (Nota MM: o passinho paa o lado)
Mas, a um dado momento, vocês fazem alguma coisa e vocês são surpreendidos de ver-se prestes a se observar a si mesmos e vocês dizem, pouco a pouco: “mas não sou eu”.
Isso não é uma despersonalização, no sentido psiquiátrico.
Logicamente, aquele que está no ego vai chamar isso de alucinação, de delírio.
É sua reivindicação.
Mas vocês, quando vocês vivem isso, há um sentimento de estranheza.
Esse sentimento de estranheza é muito exatamente o que vai preceder a Onda da Vida.
Vejam: é um sinal muito bom.
Pergunta: quando eu pratico as respirações dadas por SRI AUROBINDO, há como um sopro que impõe outro ritmo. O que acontece?
Isso é extremamente simples.
Se você tenta (no que foi dado por SRI AUROBINDO, em alguns exercícios de Yoga que lhe são próprios) parar a sua respiração (você faz uma pausa respiratória) e que alguma coisa respira ou quer respirar, é um sinal muito bom: é a passagem da respiração normal (ou dirigida) para a Respiração do Coração que é a Porta, também, da Onda da Vida.
Como todo mundo lhes disse, entre nós, vocês não podem ter exercícios, propriamente falando, sobre a Onda da Vida.
Porque a Onda da Vida representa o Abandono Final.
Por outro lado, vocês podem muito bem continuar a praticar os exercícios referentes ao Si, referentes à Unidade, referentes à criatividade.
Porque, justamente, é o que vai ocupar, literalmente, a sua personalidade (o seu ego) quando a Onda da Vida estiver trabalhando.
Portanto, não há culpa.
Muito pelo contrário.
Usem e abusem do seu ego, mas em uma atividade que poderíamos chamar de criativa (qualquer que seja) ou, em todo caso, ocupem-se do Si.
Naquele momento, a Onda da Vida vai nascer.
Mas não se ocupem da Onda da Vida.
Ela é natural.
Vocês vão constatar, aliás, ao redor de vocês (por exemplo, em suas famílias, junto aos seus amigos), pessoas a quem vocês falam de tudo o que vocês vivem e que os olham como um louco.
E vocês irão constatar, com surpresa, que esses seres (que nada viviam, estritamente nada) que olhavam vocês como um maluco, vão viver a Onda da Vida.
Porque será que eles não a viviam?
Como nós sempre lhes dissemos, pode ser que esses seres tenham um Coração tão puro, tão pronto, que eles não tinham necessidade de fazer todos os exercícios que nós lhes demos, de praticar os yogas que nós lhes demos, de escutar (mesmo Vibratoriamente) tudo o que nós lhes fornecemos.
É o que dizia, já, o CRISTO: “os primeiros serão os últimos; os últimos serão os primeiros”.
Nós sempre lhes dissemos isso.
Houve um grande sábio que se chamava Senhor GANDHI (e outros que tomaram isso, com outros termos) que disse: “sejam as mudanças que vocês querem ver no mundo”.
Enquanto vocês quiserem mudar o mundo, vocês não mudam vocês.
Enquanto vocês quiserem agir no mundo (mesmo nos movimentos ditos associativos, para o bem da humanidade), vocês não mudam vocês.
Vocês apenas fazem projetar o que vocês têm medo de viver no Interior.
Isso não quer dizer que é preciso livrar-se de tudo, isso não quer dizer que é preciso parar de trabalhar em associações humanitárias.
Eu não disse isso.
Simplesmente, mudar o olhar.
O que motiva a sua ação?
O que motiva o que vocês fazem?
Se vocês forem honestos com vocês mesmos, vocês irão ver que isso são apenas meios de ocupar o seu ego e de evitar (como eu disse há pouco tempo) olharem-se vocês mesmos.
- CONTINUA NA SEGUNDA PARTE -
Enviado por Rosa
Mensagem do Venerável O.M. AÏVANHOV no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1390
24 de março de 2012
(Publicado em 26 de março de 2012)
Tradução para o português: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
http://minhamestria.blogspot.com/
SRI AUROBINDO - 24-03-2012 - AUTRES DIMENSIONS
Eu sou Sri Aurobindo.
Irmãos e Irmãs, aqui, nesta carne, antes de exprimir o que quer que seja, vivamos juntos um instante de Comunhão e Graça.
... Compartilhamento do Dom da Graça ...
Irmãos e Irmãs, eu venho entre vocês, como Melquisedeque do Ar, exprimir-lhes certo número de elementos concernentes ao que vocês, talvez, já vivam e que se inscrevem perfeitamente no que eu pude escrever e dizer quando de minha última encarnação, bem como dois mil anos atrás, sob o ditado do Cristo (nota: o Apocalipse ditado a João), concernente aos tempos da Revelação, os tempos do que eu nomeei, então, a descida do Supramental, permitindo Despertar e Revelar a Terra, assim como, vocês mesmos, hoje, para se viver o que deve ser vivido.
Eu acrescentaria, antes de começar, um elemento que, em relação justamente ao que se deve viver, é essencial para incorporar em vocês.
O que quer que eu tenha podido escrever, o que quer que eu tenha podido viver, o que quer que eu possa lhes dizer hoje, inscrevendo-se na extensão lógica do que eu escrevi, vocês devem estabelecer, compreender, que não há estritamente nenhuma pessoa a seguir, nenhum conhecimento a aplicar.
O que deve guiar hoje, mais que nunca, o que vocês têm que viver, é exatamente a experiência que vocês vivem. Nenhuma vivência anterior, nenhum testemunho anterior, não podem substituir ou substituir-se ao que vocês vivem.
A Liberdade, a Liberação, o Si, o Despertar no Supramental (em definitivo, quaisquer que sejam as palavras e elas são numerosas, que se possa aplicar), devem permanecer um mecanismo vivido intimamente.
É senão aceitando viver, de maneira íntima, o que é ofertado, por vocês mesmos, que virá um tempo em que vocês poderão testemunhar o que é a Verdade.
Mas dar testemunho da Verdade deve fazê-los entender que nenhuma Verdade pode ser exterior, nem vivida no exterior de vocês mesmos.
Este corpo é o Templo Sagrado onde se realizam as suas próprias Núpcias Místicas. Apenas certos testemunhos podem simplesmente chamar-lhes, de maneira mais forte, não a seguir o testemunho, mas para instalá-los, vocês mesmos, na Sua Presença ou no Absoluto.
O ser humano tem a particularidade, visto que não esteja instalado nos estados não habituais da Consciência, a sempre querer seguir uma autoridade exterior. Aí está o perigo, é claro, enquanto vocês seguem (como tem sido dito) quem quer que seja, vocês não podem viver o que vocês têm para viver.
Não há nada a de exterior a vocês, que seja buscado.
Mais do que nunca, hoje, a Onda da Graça (que é a resposta para a descida do Supramental) chama-os a se estabelecerem em Sua Inteireza, em Sua Vivência, em Sua Experiência, para além de toda palavra.
Somente se vocês aquiescerem ao que vocês têm a viver, na totalidade, que a experiência pode conduzir-se a seu termo.
Vocês devem estabelecer também que este termo é profundamente diferente para cada um de vocês. Mas o processo é marcado.
Eu o marquei de alguma forma (na minha obra do Yoga Integral e da descida do Supramental), certo número de elementos.
Existe, ao longo da história e, sobretudo, no século XX, um número incontável de testemunhos, em todas as culturas, do que se é possível viver, de se manifestar e, de alguma forma, de recriar, pela ação e a Inteligência da Luz e, doravante, pela Onda de Vida. Que nasceu, eu lhes recordo, no centro da Terra e que renasce.
Este preâmbulo sido colocado, eu volto para alguns elementos mais recentes, e não ligados a uma história (que foi há dois mil anos), e não a minha experiência na minha última vida, mas o que vocês podem viver (hoje, em totalidade), porque não pode existir, no seio do que é para viver, nenhum limite, que não seja o seu próprio.
A finalidade, se é que isto seja uma, mas dizemos Último, para vocês, neste mundo, neste tempo, é viver o que eu chamaria a União Mística ou o Casamento Místico.
Este Casamento Místico conduz, inevitavelmente, à instalação no Absoluto.
Este qualificativo de Absoluto pode, efetivamente, representar, para a consciência limitada, um terror ou uma ilusão.
Não há senão, através da experiência (que vocês aceitam ou não viver) que vocês podem verificar, de alguma forma, a validade do que lhes é proposto pela Terra, pelo Sol e por nossos Irmãos e Irmãs, que (em sua última encarnação ou em torno de vocês, hoje) vivem na totalidade este processo.
Este processo dá-lhes a viver em um estado que é o único estado previsível, que é a instalação na perfeição, não humana, mas a perfeição da Vida.
Esta simples palavra, Êxtase, é, naturalmente, para a personalidade e mesmo para o Si, um mecanismo estranho, porque remete, invariavelmente, a tudo que se relaciona de perto ou de longe, ao nascimento, à vida, à morte e, é claro, à sexualidade.
O mais profundo tabu, o mais trancado, do humano em encarnação, é precisamente o que é chamado de morte, porque a morte assinala, de maneira efetiva, para aqueles que estão neste mundo, o desaparecimento do que morre neste mundo.
Existem, é claro, mais e mais testemunhos de uma vida após a morte, de uma Consciência que perdura além da ilusão do desaparecimento, perda de um ente querido.
Este mecanismo de morte está profundamente, e de maneira indissolúvel, religado à sexualidade e à procriação.
A sexualidade, como a procriação, substituição de um processo, aí também, alquímico, que vai permitir (através da união de dois corpos, de duas consciências, de duas almas, independentemente do nível onde isso esteja situado) o aparecimento, neste mundo, da vida. Vida, por essência, efêmera, visto que ela se inscreve entre, justamente, o tempo desse nascimento e o tempo da morte.
A pessoa, a personalidade, inscrever-se-á sempre, neste mundo, entre um início e um fim.
Este mundo é, em essência, mesmo para além do princípio chamado de falsificação, duelo, duelo porque tudo evolui de acordo com leis precisas, tanto no grão de areia, como na consciência humana, como em todo o mecanismo vital.
Essas leis (são chamadas de Carma, Ação/Reação) são, em essência, efêmeras, pois toda ação irá provocar uma reação. Mas essa reação não é, ela, não mais, durável, e se inscreve em um princípio chamado de retribuição.
Isso concerne somente a este mundo.
Este princípio de Dualidade não pode, absolutamente, ser aplicável para além dos limites da Dualidade. Neste sentido, numerosos seres humanos têm vivido, e vocês mesmos aqui, processos de despertar sucessivos, instalando (no seio desta Dualidade que é este corpo) certo número de elementos novos, percebendo, hoje, em totalidade, o que eu havia nomeado a descida do Supramental.
Eu concebi, durante a minha vida, que esta descida do Supramental permitiria a aparição de um homem novo, aqui mesmo. Um homem novo dotado de novas percepções e, sobretudo, extraindo-se, de alguma forma, do princípio de competição, de Dualidade, inexoráveis, da vida.
Nos mecanismos que me foram dados a viver (pois, definitivamente, eu fiz senão transmitir minha própria experiência, qualquer que tenha sido a majestade e a intensidade do que eu vivi), faltava, irremediavelmente, a resposta lógica da Terra, que era a resposta deste corpo à sua própria iluminação.
Daí o perigo de manter apenas um ensinamento passado, qualquer que fosse, que lhes pareça, o mais bem sucedido, o mais prestigioso, o mais honesto.
Enquanto vocês leem o despertar de Buda, vocês não podem alcançar o estado de Buda.
Ao ler a vida de Cristo, vocês não podem alcançar o estado Crístico.
Enquanto vocês leem só o Yoga Integral, vocês não podem alcançar o Supramental.
Porque, desde o instante em que vocês aderem a qualquer coisa exterior a vocês, vocês colocam, vocês mesmos, as condições e seus próprios limites, que os fecham, bem evidentemente, e os afasta da experiência.
O que se instala, hoje, decorre diretamente do que eu havia chamado a Fusão dos Éteres e a primeira aparição da Luz Azul em seu Céu.
Este primeiro Portal Interdimensional iria abrir, de alguma forma, as Portas do Céu sobre a Terra e realizar este Casamento Místico que se realiza em vocês, talvez, já, depois de numerosas semanas ou de maneira anterior, por experiência, mas a experiência não podia manter-se do próprio fato dos limites da encarnação.
Hoje, isso é profundamente diferente porque a Terra foi fecundada, a Terra deu à luz e ela exprime, em vocês, e ela imprime, em vocês, a resposta ao Supramental, algo que eu não podia ver ou vislumbrar na minha última vida.
No máximo, no Apocalipse, eu poderia descrever esta expressão muito simples: "e houve um Novo Céu e uma Nova Terra".
Há, portanto, um princípio de regeneração, não apenas uma transformação do estado anterior a um estado novo, mais Luminoso, mas de Novos Céus e de uma Nova Terra.
Isso quer dizer que o trabalho, a experiência, que vocês carregam (se vocês a aceitarem, na totalidade) deve conduzir-lhes a viver sob os Novos Céus e sobre uma Nova Terra.
Não há, em outras palavras, como poderia sugerir o que eu vivi na minha última vida na carne, solução de continuidade, de forma alguma, entre o antigo e o novo, porque esse novo não é a consequência de um antigo, mas a Transcendência total do primeiro.
Não há nenhuma base, no seio do antigo, que possa servir para estabelecer a Absoluto.
O Absoluto é uma Liberação de todas as formas e dá-lhes a viver o que eu nomearia, por falta de outro termo, uma multilocalização onde a Consciência, o Ser, e a própria Onda da Vida que vocês podem tornar-se, não podem ser assimilados, nem ser uma causalidade de qualquer forma, de qualquer pessoa ou qualquer individualidade.
Claro, as resistências próprias da pessoa (e especialmente porque esta pessoa, ela mesma está em um caminho dito espiritual) representam o freio mais perfeito para o estabelecimento do Absoluto, porque o ego procura uma Transcendência.
Qualquer pessoa encarnada, em busca de sentido, vai aderir a certo número de conceitos, a certo número de vivências que se inscrevem, de maneira definitiva, no contexto do que IRMÃO K chamou de conhecido (ndr: ver a intervenção de IRMÃO K de 4 de Agosto de 2011).
Ora, jamais o Desconhecido pode nascer no seio do conhecido.
Há, efetivamente, alguma coisa que deve morrer, da mesma forma que este corpo que vocês habitam deve morrer um dia, para revelar um outro corpo, outra consciência.
Em outras palavras, não há solução de continuidade, nem mesmo a esperança de continuidade, entre o ego e o Si, num primeiro instante, e, ulteriormente, entre o Si e o Absoluto.
Claro, o ego (construído sobre o próprio princípio da resistência e, portanto, do que eu nomeei este tabu Último que representa a morte, o sexo e o nascimento) fará de tudo para afastá-los da experiência do Absoluto, que não é nem uma experiência nem um estado, mas, sim, uma forma (além da forma) do Último, dando-lhes a viver neste corpo, por um instante, um processo (o que foi descrito, desde muito tempo, em textos muito antigos, desde o Tantrismo, para além de todo sexo) que é, justamente, a descoberta do Absoluto.
O Absoluto não pode ser buscado, ele não pode mesmo ser conscientizado.
O domínio do Si é um domínio a coscientizar.
O domínio do Absoluto compreende e integra tanto a pessoa quanto o Si e os Transcende.
Isso quer dizer, então, que há um fenômeno de descontinuidade levando-os a estabelecerem-se, de alguma forma, em algo que não é um estado efêmero (e, portanto, não inscrito entre o nascimento e a morte, não inscrito em uma esfera sexual) e que, portanto, em alguns aspectos, pode parecer, desde, tanto o nascimento quanto a morte, ou o ato sexual em si, são apenas uma reprodução limitada, de alguma forma, do que é este Êxtase.
O Manto Azul da Graça, a Fusão de Éteres, realizam a União Mística do Céu e da Terra, este mesmo processo que deve passar-se em vocês, se vocês o aceitam.
Mas a aceitação da qual eu falo é a que foi nomeada a Crucificação e a Ressurreição, em uma forma de Renúncia total.
Essa Renúncia, como foi dito, não é nunca uma negação da encarnação, mas, sim, uma Transcendência total da encarnação.
O que quer dizer que, nestes tempos que são para viver, para vocês, encarnados, tal como existe em vocês, como foi dito esta manhã pelo nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), o menor julgamento em relação a vocês mesmos ou em relação a qualquer elemento deste mundo, seja será sua própria encarnação, desde o instante em que existe uma rejeição do que quer que seja, vocês não podem viver este Último.
O Último não se instala (porque ele sempre esteve aí), senão desde o instante em que vocês aceitam o próprio princípio de Transcendência.
E, lembrem-se, que a Transcendência não oferece qualquer solução de continuidade entre esse corpo, essa pessoa, esse ego, essa personalidade, esse Si, esse indivíduo que vocês creem ser. E, no entanto, nada que é limitado, em definitivo, não desaparece verdadeiramente.
Mesmo se existe (na sua terminologia, hoje) uma forma de reconfiguração ou de “reset”, este não é o ponto de vista, de alguma forma, do que é justamente limitado e que não pode acreditar, mesmo no instante de sua morte, em seu próprio desaparecimento.
Nós tocamos aí, nesta resposta da Terra ao Supramental ao que se desenrola, ou não, por agora, neste Templo, porque não há outro lugar em que isso deva se passar.
Esta é uma experiência muito além de qualquer experiência, que não se pode viver senão quando há aceitação total de tudo o que é a vida sobre esta Terra.
Pois não há, senão na plena aceitação de sua própria vida, seu próprio campo de experiência e de vida que pode, em definitivo, realizar-se o Último.
O Último, sob muitos aspectos, irá representar, mesmo para o Si, uma loucura, uma espécie de auto-dissolução de autodestruição.
Há, efetivamente, uma auto-dissolução, uma autodestruição, mas nada além do que está destinado, justamente, a morrer um dia, isto é, este corpo, ou seja, esta consciência.
Como Uma das Estrelas lhes disse e como Outros Anciões já lhes disseram, vocês não podem capturar o Último, vocês não podem sequer compreendê-lo, vocês só podem vivê-lo (ndr: diferentes intervenções, incluindo 17 março de 2012).
Ora, vivê-lo é um mecanismo íntimo que está justamente ligado à aceitação, Total e incondicional, da encarnação.
Esta transcendência da carne é, em totalidade, o que realiza a Ascensão.
O surgimento e a descida do Supramental não é a Ascensão.
Esta era a etapa, eu diria, porque agora vocês a tem vivido, de impulso a esta resposta.
A Ascensão é, senão, um sim (absoluto, franco, sincero, massivo, total) ao Êxtase, à Onda da Vida e, assim, (como muitos Anciões já lhes disseram antes de eu voltar a me expressar hoje, ou Arcanjos) para ser na totalidade, além do ser, além da Consciência.
Você não pode ser uma pessoa, você não pode ser um indivíduo, você não pode ser uma história, e viver o Último.
Entendam bem vocês todos, aqui como em outros lugares, vocês não têm a forçar ou a desejar, porque cada lugar que vocês ocupam é o seu lugar de direito.
Como o Si, o Despertar foi um objetivo, como o Absoluto não pode ser definido como um objetivo qualquer.
Vocês são a Onda de Vida ou vocês não a são.
Vocês a serão ou vocês não a serão.
Mas em nenhum momento vocês devem aderir, de maneira exterior.
O Último e o Absoluto traduzem-se, é claro, neste corpo, pelo que é conveniente chamar manifestações.
Estas manifestações, como já foi explicado, originam-se na parte mais baixa deste corpo em contato com a Terra, isto é, os pés.
Em seguida, certo número de mecanismos (que lhes foram descritos durante certo número de dias), resultando ao nascimento da Onda da Graça, fazendo-lhes viver esta União Mística com o seu próprio duplo, como com qualquer ser humano, sem distinção de sexo, idade ou qualquer crença que seja, desde o instante em que esta outra Consciência (ou aparecendo como tal) vive, ela também, a experiência além da experiência.
Claro que, pelo olhar do ego, pelo olhar do Si, isto é um ultraje, ultraje à sociedade, ultraje à vida (tal como é concebido no seio da pessoa como do Si), porque há realmente uma Transcendência Total fazendo-lhes passar do conhecido ao Desconhecido.
Mas este Desconhecido é a sua natureza como ela é a nossa natureza para cada um de nós.
Quer vocês a rejeitem, quer vocês a aceitem, quer vocês a desejem, qualquer que seja a sua posição sobre a Onda de Vida, esta É, com a sua Presença ou sem a sua Presença.
Toda vida futura, quer sejam os Novos Céus, a Nova Terra, quer isso seja em outras Dimensões, inscreve-se, de maneira muito lógica, na existência mesma e na penetração mesma da Onda da Vida.
O Casamento Místico põe fim a toda ilusão.
Ele põe fim à pessoa, à personalidade, à individualidade e ao Si.
O Si não é, em definitivo, senão o reflexo do ego que se completa em sua própria contemplação, tendo me feito escrever muitas coisas.
É claro, desde o acesso ao Si, sem mesmo falar do Casamento Místico, há um testemunho que é prestado. Este testemunho, desde o instante em que vocês tenham concluído o processo (que se refere ao Si ou a Onda de Vida), é colorido, necessariamente, por sua própria experiência.
O importante é não descolorir sobre outra consciência.
A única maneira para não descolorir é, evidentemente, não julgar e amar de maneira incondicional e total.
Não há outra alternativa.
Conforme vocês fazem uma diferença entre seu filho e o filho do outro, entre a sua mãe e a mãe de outro, enquanto vocês fazem a menor diferença entre aquele que está em um caminho lateral, que aquele que vive a Comunhão extática com vocês, vocês não podem instalar-se, de maneira definitiva, neste Absoluto.
Há, naturalmente, uma mudança de ponto de vista, se assim se pode dizer.
A Fusão dos Éteres, quando ela se realiza nesta carne, que é sua, quando vocês a acolhem sem buscá-la, quando vocês a deixam subir, a Transcendência, real, efetiva, do nascimento e da morte, da sexualidade, torna-se real.
Ela se torna daí sua única realidade, a sua única verdade e ainda assim vocês ainda estão inscritos em um corpo de carne, mas a alma terminou o seu período de retração.
Ela pode, então, dissolver-se, do mesmo modo que o Espírito, dando-lhes, de maneira definitiva, uma forma de passaporte para Ser no não-ser.
O Absoluto, o Último, é um estado de prazer, permanente e total, em que nenhuma sombra do ego, nenhuma sombra do Si, não pode interferir ou alterar a Onda da Vida.
O Casamento Místico leva vocês a perceber, muito além do acesso Multidimensional, o que eu chamaria de uma Transdimensionalidade onde vocês estão presentes, do mesmo modo, com a mesma intensidade, a mesma não-Presença, na pessoa que não existe mais, no Si que não existe mais, no Sol que não existe mais e em qualquer consciência viva.
Vocês estão além da existência.
Vocês estão além da consciência.
O Casamento Místico dá-lhes a única e verdadeira imortalidade, visto que não se inscreve mais, unicamente, entre o nascimento e a morte, não se inscreve mais na possibilidade de viver uma Unidade efêmera dentro do ato sexual, mas dá-lhes a viver, na totalidade, isso.
Muito em breve, expressar-se-á, neste Canal, uma nova Presença que levou a seu termo, em totalidade, o Absoluto (e, ainda uma vez, a expressão “levado a seu termo” não quer dizer grande coisa), quem, de alguma forma, aceitou (ao contrário de todos nós, Anciões) dissolver o Si para ver o que havia por trás: o Absoluto.
Hoje, não existe mais condição (se esta não é a sua própria condição), que possa opor-se ao Absoluto e ao Último.
A testemunha é a Onda de Vida que vem abrasar o que era nomeado a Kundalini, que nós chamamos, hoje, o Canal do Éter porque é forrado de Partículas Adamantinas, incendiando as três Lareiras e o conjunto dos corpos, de maneira prévia ao abrasamento do Sol e da Terra, desta Dimensão.
Aqueles que viram um fim irremediável do mundo e de sua pessoa, não são senão aqueles que estão inscritos, efetivamente, na única realidade possível de sua pessoa, não vivendo nem o Si, e menos ainda o Absoluto. Isto não é nem um julgamento nem uma crítica, mas apenas uma constatação.
Quem são vocês?
Aonde vocês vão?
Quem vocês eram antes de nascer?
Quem eram vocês antes de viver esta ronda permanente da encarnação e da excarnação sobre este mundo?
Claro, nós lhes demos elementos: origem estelar, origem Dimensional, as Quatro Linhagens. Houve A Fonte, e houve os Arcanjos, houve os Anciões, e as Estrelas.
Houve Coroas.
Houve o seu Coroamento.
E além, além de tudo isso, quais são as questões que permanecem em vocês?
Porque a questão que permanece em vocês traduz, em definitivo, senão a falta de soluções.
Ora, a solução tem sempre estado aí, presente, à disposição.
A Terra está Libertada, o Sol está Liberado, como eu o disse desde algum tempo.
Tudo está consumado, como dizia o nosso Comandante (ndr: OM AÏVANHOV).
Se vocês tocarem (se é que eu posso usar essa expressão) o Absoluto e o Último, o que lhes trará o mundo?
Porque vocês terão se tornado, na totalidade, este mundo, bem além deste mundo, tal como ele é visto com o olhar da pessoa ou da individualidade.
Então, é claro, o ego colocar-se-á sempre as questões ordinárias da vida.
O Si colocar-se-á sempre as questões de como traduzir, no melhor, o que foi vivido, e como formatar o que escapa às formas deste mundo.
O Absoluto não quer nada formatar. É simplesmente a manifestação tangível da transcendência, possível e realizada, sobre esta Terra, neste corpo que não é mais o seu.
Claro que é muito desagradável, e será cada vez mais, para o ego como para o Si, viver este Êxtase Místico, este Casamento Místico, esta União Mística, quer isso seja neste corpo, como isso foi dito, com uma folha de grama, com uma árvore, com o Sol com um planeta, com A Fonte.
Existirá sempre um princípio, inscrito mesmo no sentido da Presença da encarnação, alterado, falsificado ou não, que é a perda, justamente, da encarnação.
IRMÃO K (ndr: intervenção do IRMÃO K, de 17 de março de 2012) disse-lhes e repetiu: aquele que queria que eu falasse da outra margem faz senão expressar seus próprios medos, porque como conhecer a outra margem sem irem até lá vocês mesmos?
Ora a outra margem não é uma deslocalização.
Ela sempre esteve aí, inscrita na sua Presença, na condição (mais uma vez, de maneira imaginada) que o ponto de vista e o olhar mudam.
Esta viagem é uma viagem sem retorno, porque não havia retorno possível dentro da Ilusão quando a Verdade foi idealizada, de modo total.
Vocês são o Amor, como isso foi dito, pouco tempo atrás, pelo Arcanjo URIEL (ndr: intervenção de URIEL de 3 de março de 2012).
Vocês são a Eternidade, a Beleza.
Os qualificativos são inúmeros, mas todos eles se referem, não à sua pessoa, não ao seu Si, mas, muito, à realidade que subentende mesmo a sua Presença, na carne.
Este Absoluto é indescritível Amor, este Absoluto é indescritível Êxtase permanente, fazendo-lhes dizer que vocês fazem o Amor à Criação, o Amor a cada um, o Amor a vocês mesmos, porque vocês não são mais do que isso.
Claro que, estando em um corpo, vocês não rejeitam este corpo, vocês aceitam tudo, tanto alegria como sofrimento, porque nem alegria é a sua natureza, nem o sofrimento é a sua natureza essencial.
Ninguém pode atravessar essa porta em seu lugar.
Vocês estão sozinhos, totalmente sozinhos, para a Passagem, porque depois, a solidão não pode existir.
Este é justamente o final do fato de sentir-se solitário, a melhor tradução, é claro, é o medo, porque o medo da morte é, de maneira indefectível, completamente lógico, o único sentido a sua presença aqui, neste corpo.
O Absoluto faz ainda mais medo do que a morte porque Ele integra o nascimento e a morte dentro de uma outra Verdade, ela também absoluta, e não é então mais uma verdade relativa comparando-se a outra coisa.
Mas a Verdade Absoluta é (independentemente de qualquer comparação, independentemente de qualquer referência, independentemente de qualquer outro caminho) a sua própria experiência.
É necessário a vocês superar, se essa for sua escolha, qualquer explicação, qualquer trabalho, tendo sido dito por alguns Anciões que não há nada a fazer além de ficar quieto, de estar em Paz e de deixar efetivamente a Onda da Vida subir e leva-los embora, a nenhum outro lugar senão a vocês mesmos, mesmo se o ego chama a isso de outro modo, mesmo se o Si o nega.
O Absoluto e o Último é, além desta Graça, um estado de Êxtase que não conhece, de nenhum modo, o limite do corpo, de nenhum modo, o limite da relação com o outro, nem mesmo de uma relação com o Sol.
Este estado de Absoluto, de alguma forma, é suficiente em si mesmo porque ele é a Totalidade. Enquanto Totalidade ele se integra transcendendo as partes.
Nenhuma parte pode ser consciente desta integralidade, mas a integralidade engloba as partes.
O Êxtase Místico, desde a terceira sessão do Manto Azul da Graça, não espera mais do que vocês e vocês sozinhos.
Vocês não podem nada trazer no Absoluto da Graça.
Vocês não podem nada perder no Absoluto da Graça.
Vocês não podem nada projetar no Último.
Esta revolução, de alguma maneira, final da Consciência, é o próprio objetivo da sua Ressurreição, da União do Céu e da Terra, do seu masculino e do seu feminino, quer ele seja Interior ou exterior, quer ele esteja entre vocês e todas as partes, visto que cada parte descobrindo-se a si mesma é absoluta, do mesmo modo que vocês.
No mais possa haver elementos a praticar, não para aceder ao que é impossível de aceder por uma prática qualquer, mas, bem mais, visando acalmar tudo o que não é o Absoluto: o medo da morte, ele mesmo, é o nascimento, porque nada pode morrer e nada pode nascer no Absoluto.
E é justamente o que é terrível para a pessoa e mesmo para o indivíduo.
O que é para viver, agora, para cada um, é o Choque da Humanidade e eu diria que, para cada um de vocês, é o Choque do Humano, levando-os a passar, de alguma forma, não do humano ao Supra-humano, não somente do mental ao Supramental, não de uma antiga vida a uma nova vida, mas, bem mais, a tornar-se a vida em sua totalidade, além de toda restrição e de todo limite.
Vocês são este Absoluto.
Vocês são esta Onda de Vida.
Vocês são tudo o que nós lhes dizemos, uns e outros, desde algumas semanas.
É claro que é incômodo para aquele que inscreveu o quadro de sua vida em certo número de limites (sociais, familiares, afetivos, espirituais).
O Absoluto não tem limite.
Ele é, em essência, Ilimitado e Desconhecido.
Isso pode ser desestabilizante.
É neste sentido, que isto é um Choque.
E o Choque que se vive no seio da Humanidade (desde a Liberação da Terra e, sobretudo agora que vocês mesmos podem viver , na totalidade, não a experiência do Absoluto, mas instalarem-se no Absoluto) leva, é claro, a Terra a empreender esse processo em sua própria carne, que isso seja ao nível da Natureza, como isso lhes foi detalhado por ANAEL (ndr: intervenção de 17 de março de 2012) ou ainda por SNOW (ndr: intervenção de 17 de março de 2012), há uma semana, quer isso seja no Céu ou nas profundezas da Terra, traduzindo-se pelos Sons do Céu e da Terra e o que eu tinha chamado, na época, as Trombetas do Apocalipse.
O apelo de MARIA é nada mais do que generalização desse processo, total e final.
Ele está em curso.
Alguns dentre vocês tenham, talvez, já vivido esses momentos do Apelo, íntimo e pessoal, em que uma voz chamou-lhes pelo seu primeiro nome, ou em certo momento em que o seu corpo não responde mais, e no entanto, vocês estão Lúcidos.
Este mecanismo de estase individual é bem real.
Ele vai tornar-se coletivo, não duvidem disso.
Mas, mesmo neste instante coletivo, nesta União e neste Casamento Místico, é preciso que vocês compreendam que vocês não têm estritamente nada a temer, a duvidar, a esperar, porque vocês estão muito exatamente no seu devido lugar, vocês estão muito exatamente aí onde vocês devem estar, na idade que vocês devem ter, nas funções e papéis que vocês têm interpretado e mantido.
A Onda da Vida não precisa da pessoa, ela não tem necessidade do Si, ela não tem necessidade sequer do mundo, ela É.
Então, vocês me dirão, como instalar-se no que você não pode buscar?
Bem, já, fazendo calar toda pesquisa, fazendo desaparecer todo objetivo, fazendo desparecer a sua própria Consciência, a sua própria pessoa, o seu próprio Si, tudo o que não é Eterno, tudo o que não é Desconhecido.
Como já foi dito por outros Anciões, não é questão de rejeitar para longe de vocês qualquer noção limitante, mas, muito realmente e concretamente, transcendê-las.
Mas transcendê-las não é uma ação inscrita no seio, justamente do limite, mas, bem, este Abandono Último que não é o Abandono à Luz, mas sim o Abandono do Si a ele mesmo.
Se vocês forem à outra Margem, se vocês vivem a outra Margem, então o melhor testemunho vivo, está neste estado de Êxtase permanente aparecendo, num primeiro momento, em rajadas, por momentos, e que é destinada (o que quer que pense a pessoa ou o Si) a se tornar a única Verdade.
Claro, a pessoa ou o Si negará sempre esse Absoluto.
Ele quer muito, todavia, experimentá-lo, mas ele não pode percebê-lo, nem desejá-lo, nem mesmo esperá-lo que isso se torne definitivo.
No entanto, este Absoluto é definitivo.
É definitivo no sentido em que ele é exatamente o que permite e sustenta toda a experiência, toda vida, aqui como em outros lugares. Ele é a base e permite ainda a in-criação. Ele suporta toda a consciência e toda a não-consciência.
Então, se a Onda de Vida percorre-lhes, em Totalidade, ou ainda não, deem, deem totalmente o que vocês vivem, não escondam nada, porque vocês são o testemunho vivo, como o dizia o Arcanjo URIEL (ndr: a intervenção URIEL deste dia), o Caminho, a Verdade e a Vida.
Como o Caminho, a Verdade e a Vida não poderiam testemunhar por sua Presença e por suas palavras, o que ele é?
Nenhum limitado, nenhuma pessoa, nenhum Si, nenhuma oposição é válida para o Absoluto, nem o tem mesmo de efeito, uma vez que ele engloba justamente também isso.
O Absoluto não é uma palavra, nem um objetivo.
É a União Mística do Céu e da Terra, onde tudo se torna, mais do que nunca, evidente, inteiro, Ilimitado.
Eis, então, este Último, em curso, em vocês.
Ainda uma vez, se se pode falar de finalidade, é de vos instalar, de alguma forma, neste Ilimitado que é Êxtase, Prazer permanente da Onda de Vida.
Há também um efeito cumulativo. Alguns expressaram que, quando a asa de uma borboleta se quebra, todo o Universo treme.
Quando um ser limitado vive o Ilimitado, ele toca o mundo inteiro, simplesmente por sua Presença, a sua Presença no seio do limitado deste corpo, ele não é mais este corpo.
No mais, vocês são numerosos, em termos de indivíduos, a viver a Onda de Vida e a vos instalar no Êxtase, além do mais o processo do Choque da Humanidade terá sua duração reduzida.
Além disso, instalados no Absoluto, não há nada mais que o Absoluto.
Vocês podem continuar a viver a sua vida, qualquer que seja, assumir o papel que quiser, mas não sejam nem esta vida que vocês vivem nem este papel.
Isso muda profundamente, posto que é uma transcendência e os leva e os conduz a instalar o Amor o mais Incondicional que seja.
Vocês não podem julgar, não podem deixar de amar quem quer que seja.
O mesmo olhar será levado sobre o seu filho como sobre o filho do outro.
Não poderá mais existir diferença entre aquele que lhes odeia e aquele que lhes quer bem.
Eles participam da mesma essência, não em uma crença, não em uma projeção, mas, bem, na realidade do que é vivido, no mesmo Êxtase, na mesma Paz, na mesma Verdade, porque vocês não podem mais comparar quem quer que seja ou o que quer que seja em vocês com o que quer que seja do outro ou quem quer que seja.
Isto não é mais uma aniquilação, nem uma uniformização, é muito mais que isso mas, é claro, o ego vai se opor com veemência.
Eis o que eu tinha a exprimir hoje, como Melquisedeque do Ar, portador da Luz Azul.
Na minha última encarnação, eu falei e escrevi sobre o pássaro azul.
Aqueles que querem ler o que escrevi naquela época compreenderão, mesmo se eu não tivesse tido acesso, na íntegra, à Onda da Vida, visto que naquele momento, a Terra não estava, estritamente falando, Liberada.
Eu inscrevia então a descida do Supramental numa perspectiva futura.
Mas, a partir do momento em que se inscreveu essa descida do Supramental em uma perspectiva de futuro, não se está mais presente a si mesmo e, em algum lugar, encontra-se a si mesmo. Isto é assim e isto foi assim, para todos nós Anciões.
Seja qual for a mestria que tenhamos tido em nossa última vida (da Respiração, da Consciência, do Amor), nós fomos daí então chamados de Mestres.
Mas o que quer dizer ser um Mestre, para o Absoluto?
Absolutamente nada.
Se vocês entenderem a minha última frase, vocês compreenderão que não se pode estritamente nada dominar, nem ser Mestre do que quer que seja, porque a Onda de Vida e o Êxtase constituem a natureza de princípios, mesmo, de tudo, de absolutamente tudo.
Estas são as palavras que eu tinha para expressar.
Depois de mim intervirá o Arcanjo Anael que vai estar aí, eu diria , de alguma forma, primeiramente para responder às suas perguntas sobre o que acabo de enunciar.
Ainda uma vez, não se forcem, vocês não podem forçar a Onda da Vida, vocês não podem questioná-la, vocês podem interrogá-la, vocês só podem Ser, porque já está aí.
Eu vos peço que honrem a Graça, a Graça de sua Presença.
Aqui e em outros lugares, a Graça do que a Onda da Vida trouxe em mim, para exprimir aqui.
Irmãos e Irmãs em Amor e pelo Amor, para além de todo o contingente e de toda forma, eu lhes proponho o Azul.
Eu lhes digo até logo.
... Compartilhamento do Dom da Graça ...
Até logo.
Mensagem de Sri Aurobindo no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1392
24 de março de 2012
(Publicado em 26 de março de 2012)
Tradução para o português: Josiane Oliveira
http://minhamestria.blogspot.com/
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