Adaptação do artigo.
Por Irwin Ginsburg, Newhall, CA
(Este
documento é uma composição de dois documentos apresentados na
Conferência Internacional da UB Fellowship em Vancouver em Agosto de
1999. A parte que trata do conhecimento comum no campo da astronomia foi
apresentada pelo Dr. Douglas Scott da Universidade de British Columbia.
A visão de Cosmologia do Livro de Urantia foi apresentada pelo Dr.
Irwin Ginsburg.)
Nota MM: Urantia é o nome do planeta Terra no cosmos.
A
Cosmologia é a parte da astronomia que trata da história e a estrutura
da grande escala do universo. O Livro de Urantia trata das mesmas
matérias. Em 1955 quando o Livro de Urantia foi publicado, as duas
cosmologias (Astronomia Oficial e a cosmologia do Livro de Urantia)
estavam gravemente em desacordo.
O livro de Urantia discute o
centro de todo o universo. O centro tem a maior parte de massa (matéria)
no universo, e é portanto o centro de gravidade do universo. É chamado
de Paraíso e não existe no espaço ou tempo, mas o resto do universo pode
se localizar com respeito a ele. O centro do universo está circundado
por um universo central que tem sete anéis coaxiais planos de mundos
habitados. Mais além deste, existe um anel elíptico plano de sete
super-universos enormes.
Toda essa estrutura está na maior parte
em um plano, onde duas dimensões são maiores que a terceira. Os sete
super-universos são a parte do Universo que está habitado por humanos.
Nosso super-universo, Orvonton, é o mais jovem e têm 10 setores maiores e
1.000 setores menores; nossa galáxia, a Via Láctea, é um destes setores
menores. Nosso universo local, Nebadon, é um dos 100 universos locais
no disco da Via Láctea. Nosso mundo Urantia, é um dos quatro milhões de
mundos habitados no universo local.
Com a informação do livro de
Urantia e da astronomia, estimarei ao acaso o tamanho e a localização de
Nebadon, nosso universo local, e de Orvonton, nosso super-universo.
Começaremos
por descrever a estrutura de nosso sistema solar, e então iremos aos
sistemas astronômicos cada vez maiores. Nosso sistema solar tem o sol
massivo e seu centro. O sol detém quase toda (98%) massa (matéria) no
sistema solar. Existe nove planetas que rodam (giram) uma vez sobre seus
eixos durante um dia planetário e se movem ao redor do sol durante um
ano planetário; todos os planetas se movem na mesma direção
(anti-horário visto de cima) em um plano.
A Terra gira ou roda
sobre seu eixo uma vez a cada dia terrestre e se move ao redor do sol em
um ano terrestre. Os quatro planetas internos são pequenos e incluem
Urantia, o terceiro a partir do sol. Depois do quarto, Marte, há uma
banda de pequenos fragmentos planetários e pequenas pedaços de rocha que
são chamados de Asteróides. Os próximos dois planetas, Júpiter e
Saturno, são os maiores e cada um tem diversos pequenos satélites e
anéis de matéria espacial. Em seguida estão dois planetas de tamanho
médio, Urano e Netuno. O último é um planeta muito pequeno chamado
Plutão. A tabela 1 mostra as diferenças principais entre as duas
cosmologias (Astronomia Oficial e a cosmologia do Livro de Urantia) que
descrevem nosso sistema solar.
De
outra maneira, as duas cosmologias concordam (idade do sol, tamanho dos
planetas, arranjo dos planetas ao redor do sol, etc.). O livro de
Urantia fala de cinco planetas exteriores mais além de Saturno, mas a
astronomia só encontrou três. Haverá dois planetas mais que poderão
ainda ser encontrados? É Nibiru, um planeta descrito como tendo uma
órbita muito inclinada por Z. Sitchin cita um planeta em suas Crônicas
Terrestres, seria um destes planetas? Sitchin afirma que suas Crônicas
Terrestres são a pré-história da Terra traduzida de antigos textos. Os
acadêmicos discordam tremendamente dele.
Nosso
sol não parece estar intimamente associado com nenhuma das estrelas
próximas. Mas o sol e as estrelas próximas se movem ao redor do centro
da Via Láctea por volta de 250 milhões de anos. Estas estrelas devem se
mover e ficar juntas se o grupo ou sistema tiver uma longa existência. O
sol e as estrelas próximas parecem estar em um braço da espiral da
galáxia Via Láctea, e quase a meio caminho da borda exterior da galáxia.
Uma
vez que mostramos que há cerca de 100 estrelas por cada mundo habitado,
há cerca de 100.000 (100 x 1.000) estrelas de todos os tipos no sistema
estelar de Satania (tabela 2). O Livro de Urantia (Pág. 655) diz que a
nebulosa a qual deu origem a nosso sol criou individualmente mais de
100.000 sóis, há cerca de 6 a 8 bilhões de anos atrás. Talvez a maioria
destas estrelas criaram o sistema de Satania e suas 100.000 estrelas.
Talvez os efeitos colaterais do nascimento destas estrelas há tanto
tempo atrás, é o que a astronomia moderna chama de Big Bang – os
instantes podem estar corretos, mas isso se parece mais a um Big Bang
local.
A média do espaço entre estrelas em nossa região da Via
Láctea é de quatro anos luz. (Um ano luz é a distância que a luz viaja
em um ano do tempo de Urantia, ou cerca de 6 trilhões de milhas). Se o
sol tem um único planeta habitado entre 100 estrelas, este grupo de
estrelas pode ser arrumado simplesmente em um cubo imaginário com cerca
de cinco estrelas ao longo de cada lado (5x5x5=125). Cada lado é cerca
de 20 anos luz de comprimento.
No caso de um sistema, o arranjo
mais simplista para as 100.000 estrelas ou 1.000 mundos devem encher uma
caixa de lados iguais que tenha 50 estrelas ao longo de cada aresta,
(50x50x50=125.000); ou a borda é cerca de 200 (4x50) anos luz de
comprimento. E poderia haver dez mundos habitados ao largo de cada
aresta desta caixa para um total de 1.000 (10x10x10=1.000). Estes mundos
podem estar arrumados em dez bandejas empilhadas com 100 (10x10) mundos
em cada nível. Tabela 1. Isto pode ter o tamanho e a forma do sistema
de Satania. O LU diz que o quartel general do sistema de Satania,
Jerusem, não é um mundo luminoso (Pág. 520) e não pode ser visto desde
Urantia.
A próxima divisão administrativa maior é chamada de uma
constelação. Esta consiste de 100 sistemas (Tabela 2), e deve ser 100
vezes maior em volume, e quatro ou cinco vezes mais comprida em uma
borda (5x5x5=125). Uma constelação no LU é maior e diferente de uma
constelação astronômica ou visível, as quais são um grupo de estrelas
próximas visíveis delineando um padrão no céu. Num caso mais simples,
uma constelação do LU pode preencher uma caixa de lados iguais que tem
1.000 anos luz em cada borda (5x200); este tem cinco sistemas em cada
borda.
A divisão administrativa maior seguinte, é um universo
local. Este consiste de 100 constelações e pode estar numa caixa de
lados iguais que tem cerca de 5.000 anos luz por borda. Visto que o
disco de nossa Via Láctea tem 3.000 anos luz de espessura, as outras
duas dimensões do universo local, devem ser incrementadas por cerca de
20%; ou as outras duas dimensões têm cerca de 6.000 anos luz de
comprimento. O universo local de Nebadon pode ter 3.000 anos luz de
espessura, 6.000 anos luz ao longo de um arco perpendicular a um radio
do disco. Este pode ter o tamanho aproximado do universo local de
Nebadon.
Uma vez que Nebadon tem 100 constelações, como podem
estar arrumadas? Uma forma simples é uma caixa com caixas menores de
lados iguais em seu interior. Uma constelação no interior de uma caixa
de um universo local, pode ter bordas que tenham 1.000 anos luz de
comprimento. As 100 constelações de Nebadon podem estar arrumadas em
três camadas uma em cima da outra, com arranjo de 6x6 constelações em
cada camada. Isto preenche os 6.000 por 6.000 por 3.000 anos luz do
tamanho de um universo local.
De maneira similar, uma constelação
poderia ter seu sistema de 100 caixas arrumadas em cinco camadas com um
arranjo de sistemas de 5x5 em cada camada. Cada caixa de sistema é de
200 anos luz em uma borda e pode ter 1.000 mundos habitados em sua
caixa. Estes arranjos são altamente simplificados e não são
necessariamente a maneira em que as coisas estão realmente. A Tabela 2
mostra o arranjo administrativo do LU dos mundos habitados (Pág. 167).
A
seguinte estrutura maior que consideraremos é a galáxia Via Láctea.
Este é um grupo de pelo menos cem bilhões de estrelas. É um enorme disco
achatado de quase 100.000 anos luz de diâmetro. O disco, em sua borda
exterior, é cerca de 3.000 anos luz de espessura; isto é pequeno se
comparado com o diâmetro do disco, o qual é ao redor de 100.000 anos
luz. Há uma saliência ou bola brilhante central que se estende do centro
do disco até quase um quarto do raio. A saliência tem um raio de 10.000
anos luz. Testes recentes reportam uma barra longa ou elipsóide em vez
de uma bola esférica.
(Via Láctea)
Há
uma grande massa no centro da saliência da Via Láctea. Visto que
estamos dentro dela, podemos ver a Via Láctea à noite como uma banda
ampla desvanecida de luz através do céu. A posição da banda muda durante
o ano. A saliência pode ser vista no céu do hemisfério sul como uma
banda espessa da Via Láctea. O centro da galáxia Via Láctea está nesta
direção, mas muito mais longe da constelação visível de Sagitário. O sol
está localizado a meio caminho à borda de fora do disco.
Um
telescópio pequeno ou binóculos mostrarão que a banda de luz da Via
Láctea consiste de milhares de estrelas. Se o disco pudesse ser visto de
cima, apareceria iluminado de forma não uniforme; ele consiste de dois
braços brilhantes intercalados que vão dos finais da protuberância ao
extremo exterior do disco. A astronomia chama isto de galáxia em
espiral. As galáxias em espiral são galáxias grandes. A galáxia em
espiral mais próxima a nós é a grande nebulosa na visível Constelação de
Andrômeda. Está tão apagada que é difícil vê-la sem ajuda ocular.
O
Livro de Urantia diz que esta nebulosa está afastada cerca de um milhão
de anos luz e é quase do mesmo tamanho da Via Láctea. Isto concorda com
as medições de 1935, no tempo em que o manuscrito do Livro de Urantia
foi disponibilizado. A astronomia agora, dobrou o valor para ambos
destes números. O L.U. diz que a nebulosa de Andrômeda está evoluída e
que não está habitada (Pág.170), mas a astronomia não tem informação
sobre isso.
Há
várias declarações no Livro de Urantia sobre a galáxia Via Láctea
(Págs. 168, 455) e umas poucas não estão muito claras. Como melhor
podemos dizer, a Via Láctea é um setor menor (Ensa) de uma supragaláxia
(Orvonton). Sendo assim, ela contém 100 universos locais (Tabela 2),
incluindo nosso universo local de Nebadon. Portanto, Nebadon é quase um
centésimo do disco da Via Láctea. Estes universos locais estão
localizados provavelmente entre a saliência central e a borda externa do
disco da Via Láctea.
Provavelmente não há universos locais na
saliência central, posto que a astronomia acha que existe campos
energéticos e gravitacionais no centro da galáxia que poderiam ser
inóspitos para a vida tal e como a conhecemos. A parte espiral de uma
galáxia é uma estrutura de gás de uma galáxia, e não está associada com
as estrelas longevas tais como o sol. Estas estrelas longevas se movem
mais rápido que o padrão espiral. Os 100 universos locais poderiam estar
localizados aproximadamente em cinco ou seis anéis concêntricos que
estariam entre a saliência central e a borda do disco. Todas as estrelas
num anel viajam à mesma velocidade ao redor do centro galáctico.
Portanto, estas estrelas permanecem próximas uma da outra por muitos
períodos longos de tempo; e é plausível que haja 15 ou 20 universos
locais no anel mais interno e no anel seguinte externo.
(Os 7 Super-universos)
O
universo local de Nebadon poderia estar neste segundo anel, posto que o
sol está localizado a meio caminho no disco. O comprimento de Nebadon
poderia ser um vinte avos da circunferência do anel; isto se calcula ser
7.500 anos luz – não uma má acomodação para os 6.000 anos luz de
dimensão que pensávamos antes em colocar as estrelas em caixas. Poderia
haver outros arranjos com mais anéis, porém mais finos, e com universos
locais mais longos porém em menor quantidade por anel. Os anéis
exteriores estão em uma parte do disco onde o espaço interestelar é
maior, e os universos locais são maiores em tamanho.
Na primeira
página deste documento, estimei a partir dos dados do Livro de Urantia
que a Via Láctea tem cerca de um bilhão de mundos habitados. Se isto for
dividido entre 100 universos locais, deveria haver ao redor de dez
milhões de mundos habitados por universo local. Nebadon tem cerca de
quatro milhões de mundos habitados, mas poderia manter dez milhões.
Há
quarenta ou cinquenta anos atrás, os astrônomos achavam que as galáxias
estavam distribuídas uniformemente através de todo o universo. Parte do
problema era a dificuldade em observar galáxias distantes e em medir as
distâncias a estas galáxias remotas. Os astrônomos estão começando a
encontrar estruturas a grande escala no universo, mas pouco sabem sobre
esta estrutura. Os astrônomos agora dizem que as galáxias estão
distribuídas uniformemente mais além destas estruturas.
Muitas
das galáxias distantes parecem estar em uma estrutura aplanada; isto
está de acordo com o Livro de Urantia. Ainda que a Via Láctea e suas
galáxias próximas estão se afastando de todas as demais galáxias
distantes como parte da expansão do universo, há um outro movimento
menor. A Via Láctea compartilha este movimento com cerca de vinte
galáxias próximas. Existe duas grandes galáxias em espiral (A Via Láctea
e Andrômeda), e o resto são pequenas ou galáxias anãs.
A maioria
das galáxias pequenas agrupam-se em torno das duas grandes espirais.
Acredita-se que agora, as duas espirais estão separadas por 2,5 milhões
de anos luz. Estas vinte galáxias são chamadas de grupo local. O grupo
local está em um arranjo planar, e é parte de um supra-acúmulo aplanado
de galáxias que estão sob a influência gravitacional (massa) de um grupo
central maior ou acúmulo de galáxias localizado mais além da
constelação visível de Virgo. No entanto, ela é chamado supra-acúmulo de
Virgo. As galáxias locais estão se movendo em direção ao acúmulo de
Virgo; a distância até o acúmulo de Virgo é de aproximadamente 50 a 60
milhões de anos luz. Esta estrutura aplanada com um centro de gravidade
massivo é uma versão maior do sistema solar ou da Via Láctea.
A
astronomia não está segura se estamos orbitando o acúmulo de Virgo, e
ainda não mediu este movimento. Mas o Livro de Urantia parece ter uma
explicação. Uma vez que a Via Láctea é um setor menor, ela e mais 99
setores menores conformam um setor maior do super-universo de Orvonton.
De modo que orbitam o centro massivo do setor maior. O acúmulo de Virgo
seria então o centro do setor maior de Splandon. Esta estrutura foi
descoberta nos anos setenta. Durante os oitenta, os astrônomos
encontraram um movimento comum adicional para todas as galáxias no
supra-acúmulo de Virgo.
Parecem estar se movendo para um centro
de gravidade maior, que está cerca de 200 milhões de anos luz distante
de nós. Isto está no hemisfério sul mais além da constelação visível de
Centauro. Há outros supra-acúmulos que também parecem estar se movendo
para este mesmo centro massivo. Os astrônomos o chamam de o grande
puxador, pois parece atrair muito do universo conhecido. Os astrônomos
não mediram ainda a rotação galáctica ao redor do grande puxador. Se o
acúmulo de Virgo é o centro do setor maior, então ele e todos os seus
supra-acúmulos associados, estão em movimento ao redor do centro do
super-universo.
O Livro de Urantia, implica que o grande puxador
da astronomia é o centro do super-universo de Orvonton. Entretanto, os
astrônomos estão tendo problemas em ver o centro do grande puxador.
Orvonton é o sétimo e mais jovem super-universo do grande universo. A
forma de Orvonton é como um relógio, alongado, um agrupamento circular
que é um dos sete super-universos habitados, (Pág. 167), talvez com um
diâmetro de 500 milhões de anos luz.
As esferas de Orvonton estão
viajando em um vasto plano alongado (Pág. 167). Nosso universo local,
Nebadon, está na borda exterior de Orvonton (Pág. 359). Os sete
super-universos estão em um plano e circundam o centro gravitacional de
todas as coisas, o Universo Central.
O universo Central (Pág.
118, 152) tem mais massa (matéria) que o resto do grande universo, e
deve ser o centro de gravidade do Grande Universo. E os astrônomos quase
descobriram um mesmo centro de atração massivo que talvez seja o centro
do grande universo. Ele está quase na mesma direção que o grande
puxador, mas está cerca de três vezes mais longe; isto não parece
distante o bastante. Os dados sobre a Gravidade são muito difíceis a
estas longas distâncias. Assim a astronomia encontrou dois centros de
maior atração gravitacional e possivelmente um terceiro no universo, no
qual o Livro de Urantia descreveu há quase sessenta anos atrás; uma
predição excelente!
O universo central está circundado por duas
elevadas e massivas paredes cilíndricas de matéria escura. (Pág. 153), e
portanto não é visível para nós. O livro diz que está situado mais além
de Sagitário, centro de nosso setor menor, de forma inclinada não tão
longe de Centauro. O livro parece dar a pista de que os sete
super-universos circundam o universo central de 25 a 35 bilhões de anos
(Pág. 165). Isto é muito mais longo que o tempo do Big Bang, e é uma
medida que talvez seja factível no futuro. Vai ser interessante ver se
os futuros astrônomos encontrarão este tempo orbital. A Tabela 3 resume
nossas adivinhações cultivadas sobre o tamanho e a forma mais simples de
várias partes do grande universo. Os dados astronômicos discutidos aqui
são bastante recentes, e os dados logo poderão mudar com as medições
aperfeiçoadas.
O Paraíso é o centro de todo o universo, e Havona é
o universo central que rodeia o Paraíso. Havona está rodeada por um
anel plano elíptico que contém os sete super-universos. Este é o chamado
grande universo. Está circundado por um anel vazio, com 400.000 anos
luz de largura. Mais além disto, há um anel de super-universos que agora
estão se desenvolvendo. Este anel se estende por 25 milhões de anos luz
e é chamado de primeiro nível espacial externo (Pág. 129). Este é
seguido por mais três anéis vazios (Pág. 130), e cada um deles é seguido
por outro nível espacial externo. Existe quatro níveis espaciais
externos no total, e juntos haverão 70.000 super-universos evolutivos
novos (Pág. 354). Toda a criação é chamada de universo mestre (Pág. 129)
e inclui o grande universo, a parte habitada do universo. A estrutura
inteira existe em um plano de alguma maneira achatado, o plano
supragaláctico, que se espessa nas bordas exteriores. O universo mestre
não é estático, mas está se desenvolvendo, especialmente nos níveis
espaciais exteriores.
Ainda não há vida nos níveis espaciais
exteriores. Visto que Nebadon, nosso universo local, está nas margens
afastadas de Orvonton, e posto que o centro de tudo está na direção de
Sagitário, porém mais distante dele, a parte deste primeiro nível
espacial exterior mais perto de nós poderia estar na direção oposta a
Sagitário. A nebulosa Andrômeda está nesta área comum; uma vez que ela
está no primeiro nível espacial externo, deve estar desabitada. É
interessante notar que a astronomia poderia ter encontrado um espaço
galáctico livre entre a Via Láctea e a Nebulosa Andrômeda.
(Nebulosa de Andrômeda)
Este
poderia ser o primeiro anel vazio. Quando consideramos a criação do
universo, as duas cosmologias são diferentes interpretações dos mesmos
dados. O Livro de Urantia fala do universo existindo para a eternidade,
para sempre.
A matéria e a energia estão sendo criadas
continuamente no universo, e estão sendo distribuídas pelos circuitos de
energia. A energia criada é muito quente e tem que se resfriar antes de
que a matéria possa existir.
Há cerca de seis ou oito bilhões de
anos atrás, houve uma enorme perturbação energética em nossa região do
universo (Pág. 655). Isto resultou na criação individual de mais de
100.000 sóis, incluindo o nosso, a partir de uma enorme nebulosa
(palavra usada em 1935 para designar objetos visíveis no céu que não
fossem estrelas). Este número de sóis é a grosso modo o mesmo número de
sóis num sistema. A gente se pergunta a si mesmo, se nosso sistema
Satânia foi criado nessa época. Quarenta bilhões de anos antes esta
mesma nebulosa produziu ao redor de 850.000 sóis, e a gente se pergunta
se estes sóis formaram oito sistemas de nossa constelação.
A
astronomia diz que nada existiu antes de dez ou vinte bilhões de anos
atrás. Nada mais velho que isso foi encontrado, mas os telescópios mal
podem ver além desta lonjura (em anos luz) e não podem medir distâncias
longínquas de maneira precisa. Então, há dez ou vinte bilhões de anos
atrás, uma enorme injeção de energia ocorreu em algum lugar. Toda
energia em nosso universo apareceu nesse momento. Esta energia estava
extremamente quente; resfriou-se e a matéria se formou.
A ciência
chama isto de “big bang”. O distúrbio energético de seis ou oito
bilhões de anos atrás do L.U, pode ter sido um tipo de big bang local.
Ambas destas explicações podem ser a razão da débil radicação residual
infravermelha (calor) encontrada em torno de toda Urantia; ela é
remanescente do big bang ou o big bang local. Mas há outro fenômeno que
também deve ser explicado. Este é a expansão medida do universo, chamada
assim pois toda matéria de grande escala no universo está se afastando
de toda outra matéria de grande escala no universo. O big bang é o
causador disto, o big bang local, não. Entretanto, o LU fala sobre a
respiração do espaço (Pág. 123). O Espaço é real (não vazio) e
experimenta uma expansão de quase um bilhão de anos; então o espaço se
contrai por um bilhão de anos, mas não até um diâmetro muito pequeno.
Qualquer matéria incrustada no espaço é levada junto com ele. Isto
explica a expansão do universo, posto que supostamente estamos no meio
de uma fase de expansão.
A expansão do universo era conhecida em
1935, mas a fraca radiação residual foi identificada muito mais tarde. É
interessante que o LU fornece explicações para ambos fenômenos em 1935.
Também em 1935 a ciência considerava que o espaço fosse uma lacuna
(vazio) entre corpos astronômicos. Tanto o big bang como a criação
constante de energia do LU começam com energia muito quente. A diferença
principal é a escala de tempo. A energia do big bang se resfria
relativamente rápido, e a contínua criação de energia se resfria
lentamente. Os teóricos do big bang não sabem de onde saiu a energia e
não se importam. O LU ensina que vem de Deus no Paraíso, no centro do
universo mestre.
Os astrônomos descobriram recentemente que deve
haver pelo menos dez vezes mais matéria que a matéria visível no
universo. De outra forma, as galáxias grandes se romperiam por sua
relativamente rápida velocidade de rotação. Mas os astrônomos não
identificaram esta matéria invisível. O Livro de Urantia falava de
matéria escura em 1935, anos antes dos astrônomos reconhecerem a
necessidade. No entanto nos anos trinta, o astrônomo F. Zwicky propôs
que alguma matéria não-identificada poderia existir, mas nenhum
astrônomo acreditou nele.
O livro identifica muitas das ilhas
escuras do espaço como sóis mortos (Pág. 173). Os Astrônomos em 1997
descobriram recentemente que pelo menos a metade da matéria escura é
composta por sóis mortos. Isto foi feito ao se observar milhões de
estrelas na grande nuvem de Magalhães e, no curso de tal observação,
ocasionalmente via-se a luz de um sol brevemente bloqueada, e
conjecturando, portanto, que um sol, morto, escuro entrou no caminho.
Novamente o LU predisse corretamente, e anos à frente de seu tempo.
Estes sóis mortos são estrelas que consumiram seu combustível de matéria
leve, resfriando-se e se condensando em pequenos corpos com enormes
massas pesadas.
(Nuvem de Magalhães)
A
estrutura atômica desapareceu, e a massa se compactou como matéria
nuclear. Mas por quê haveria de ter tantas estrelas destas para que sua
massa total seja muitas vezes do que a da matéria visível? Se a gente
pensar em termos de eternidade, é fácil ver que poderia ser assim posto
que o tempo médio de vida de estrelas é de dez bilhões de anos. Este
grande número de sóis mortos poderia começar a ser um outro estorvo para
a teoria do big bang. Houve tempo suficiente para se criar todos estes
sóis mortos?
Ambas cosmologias devem tratar com energia
(combustível para o universo). Deve haver suficiente energia para suprir
as necessidades do universo. O big bang se ocupa disto ao suprir toda a
energia no instante da criação, mas não se preocupa de onde vem esta
energia. É estranho que uma ciência que considera a conservação de
energia ser uma lei importante, ignore isto no instante da criação. O
Livro de Urantia fala de circuitos de energia que fluem através do
universo (Pág. 123, 175) e fornece energia à matéria. Tal sistema de
distribuição energética é necessário em um universo que dura para
sempre.
O fluxo de energia parte do centro de todas as coisas, o
Paraíso, e circula os sete super-universos. Atinge o centro de cada
super-universo, e é rebaixada e circulada aos setores maiores, depois
aos setores menores, aos universos locais e através dos níveis
organizados até que alcança os mundos habitados. Qualquer energia que
não for usada regressa ao Paraíso quase um bilhão de anos mais tarde.
Esta energia movimenta os super-universos e tudo que contêm. A gente se
pergunta se a massa acumulada dos buracos negros no centro das galáxias
espiral poderia ser parte do sistema de recirculação de energia. Mas é
necessário retirar a energia dos buracos negros.
Alguns buracos
negros disparam raios de partículas desde seus pólos para longe no
espaço. Entretanto, não sabemos o que acontece dentro de um buraco
negro. É concebível que por causa da extrema pressão, os elétrons,
prótons e neutrons poderiam ser desfeitos em ultimatons, seus blocos de
construção. Mas os ultimatons não são afetados pela gravidade linear, e
podem prontamente escapar de um buraco negro mesmo que a gravidade
mantenha o buraco negro unido. A astronomia e a física não têm conceitos
como estes circuitos energéticos ou ultimatons. O livro ainda sustenta,
que um sol morto que aconteça estar em um circuito de energia, pode ser
recarregado lentamente e brilhar novamente. Uma estrela anã que se
aviva lentamente pode ser uma indicação de tal fenômeno.
(Buraco negro)
O
caminho do fluxo de energia não é um canal aberto, mas está firmemente
controlado. Ainda que o livro diz que não sabemos sobre a energia
primária envolvida no fluxo de energia, seria interessante ver se os
astrônomos descobrirão algo disto no futuro.
O Livro de Urantia
diz que não se pode revelar a nós nenhuma informação que não conheçamos –
o assim chamado – conhecimento não conquistado. O conhecimento que em
breve aprenderemos é aparentemente transferível. Há uma pergunta se
realmente sabemos um conceito novo que acaba de ser concebido, mas ainda
não foi provado cientificamente. (Ver observações prévias acerca do
conceito de matéria escura).
O livro também sustenta que a
cosmologia que descreve não é revelada, e deverá ser revisada no futuro.
Suponho que isto significa que a cosmologia não foi incluída
oficialmente na informação revelada, mas é a informação conhecida pelos
compiladores. Mas algo do material pode permanecer à prova do tempo, e
poderia conter algumas pistas interessantes acerca da realidade no
universo.
Quando os manuscritos do LU apareceram em 1935, sua
cosmologia acerca da estrutura, a grande escala do universo era
completamente diferente do que da astronomia (as galáxias estavam
distribuídas uniformemente em todas as direções). O Livro de Urantia faz
três predições principais sobre cosmologia:
1) A maior parte da
matéria no universo está em um plano cuja espessura é pequena, comparado
com as outras duas dimensões. O grande muro da astronomia poderia vir a
ser este plano supragaláctico visto da borda.
2) A existência e
descrição da matéria escura – a existência foi quase confirmada, e a
descrição poderia estar a caminho de concordar com o livro.
3) A
existência de três centros principais de gravidade que definem nossa
região do universo – Havona, ou o Universo Central, poderia ser o mais
massivo destes; o centro de Orvonton e o centro de nosso setor maior
poderiam ser os outros dois.
4) Os astrônomos descobriram
recentemente dois destes centros de gravidade, e estão buscando o
terceiro. Com o tempo, a astronomia tem se tornado mais sofisticada nas
medições e análises. A última informação astronômica acerca das
estruturas a grande escala do universo está começando a se parecer com
aquela da “fonte”. Se as duas estruturas do universo tanto da astronomia
como do LU concordam ou ao menos concordam na maioria das vezes, isso
poderia ser uma predição excelente feita pela “fonte” uns quarenta e
cinco anos atrás. Mas a cosmologia não é o único assunto no livro. Ele
também contém informação acerca de outros mundos habitados, o depois da
vida dos humanos, toda uma teocracia de seres espirituais e uma razão
para nossa existência. O livro é muito lógico e auto-consistente; lê-lo é
um grande desfio intelectual e espiritual. E alguns de seus conceitos
poderiam ser muito intrigantes. Evidentemente, a revelação pode não ser a
verdade absoluta, mas está compatível com as necessidades daqueles que a
recebem.
RESUMO
Nosso
mundo, Urantia, é um dos mundos mais jovens do sistema Satania. Cem
sistemas formam uma constelação, e 100 constelações são organizadas em
um universo local. Cem universos locais estão em um setor menor. (A Via
Láctea é um setor menor). Mil setores menores formam um super-universo, e
o nosso, Orvonton, é o mais jovem dos sete super-universos que viajam
em uma rota elíptica ao redor do centro do universo de universos.
Os
astrônomos descobriram recentemente que a Via Láctea está se movendo em
direção ao acúmulo de galáxias de Virgo. É este o centro de um setor
maior? É o supra-acúmulo de Virgo um setor maior? Ademais, o
supra-acúmulo de Virgo e muito do resto dos universos próximos estão se
movendo para o grande puxador. É este o centro de nosso super-universo?
Há uma possibilidade interessante que uma estrutura maior e ainda mais
massiva seja também encontrada mais além do grande puxador. É este o
universo central? Devido a que os astrônomos descubram centros de
gravidade maiores e mais massivos, é razoável esperar encontrar um
enorme centro de gravidade no coração do universo inteiro.
Entre
os futuros leitores do Livro de Urantia, haverá mais e mais céticos. As
predições acerca da estrutura, a grande escala, do universo no Livro de
Urantia podem ser mais úteis para responder as perguntas destes
leitores.
Enviado por Agaceene
JORNADA ATRAVÉS DOS UNIVERSOS - LIVRO DE URANTIA
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