segunda-feira, 21 de maio de 2012
O.M. AÏVANHOV - 19-05-2012 - AUTRES DIMENSIONS
E bem, caros amigos, eu estou extremamente contente de vos reencontrar.
Eu vos transmito todas as minhas bênçãos, todo o meu amor e, claro, todas as Vibrações que vos chegam neste momento e que vos vêm fazer cócegas, não é?
Então, como é hábito, nós vamos trocar impressões em conjunto e eu vos escuto.
Pergunta: Eu vivo a Comunhão com a minha realidade crística, em parte no interior de mim e em parte no exterior de mim. Como fazer desaparecer esta percepção de interior, de exterior?
O que eu posso dizer disso é que, nos primeiros tempos (e estes primeiros tempos podem ser muito longos, para um ser humano encarnado), a distinção do dentro/fora, alto/baixo, esquerda/direita permanece enquanto a consciência está multilocalizada ou bilocalizada. O mesmo é dizer, quando ela está no corpo psíquico, como no corpo de Estado de Ser, aqui como nas outras Dimensões.
A única maneira de fazer desaparecer, entre aspas, esta noção de dentro/fora não se realiza senão no seio da transformação (que não é uma) através do Absoluto.
Desde que se tenha vivido o Absoluto, desde que haja a não consciência (quer dizer que a consciência do Si para), nesse momento há multidimensionalidade, multitemporalidade que é independente de toda a noção de interior/exterior.
É uma forma de Encontro solar que não tem nada a ver com uma Comunhão Mística, com um membro da família ou com todas as outras pessoas porque, nesse momento, não há mais esta noção de dentro/fora.
Portanto, a questão não é como fazer? Não há nada a fazer. É uma questão de deixar desaparecer o Si. Isso foi chamado (por Anael e por outros): o Abandono do Si.
Quer dizer cessar de oscilar, de fazer oscilar, de conceptualizar e de viver, na multidimensionalidade, ainda uma forma de distância, mesmo se há Comunhão entre Si e todos os outros Si.
Quando nós vos dizemos, desde sempre, que nós somos Um e que os Arcanjos e nós estamos em vocês, isso pode parecer poético mas é a estrita verdade.
Portanto, o problema do confinamento é que a multidimensionalidade foi de tal forma retirada, desde há tanto tempo, para muitos entre nós, que nós não temos a possibilidade, quando estamos sobre a Terra, de realizar isso.
As circunstâncias, agora, são profundamente diferentes porque as franjas de interferência, as separatividades ou as separações que existiam (ao nível astral, mental, coletivo), quase não existem mais. E ao nível individual, elas também não existem mais, desde o instante (se podemos chamar isso assim) em que vocês saem do Si (se o podemos dizer) e que vocês entram no Não Si.
Antes, a distinção alto/baixo, esquerda/direita, Estado de Ser, físico, permanece. O cérebro não aceitará jamais que aquele que é, não importa o quê, em relação a vocês (quer seja o ser querido ou o ser que vocês não amam nada ou com quem vocês têm problemas), faça parte integrante de vocês.
Nós vos dizemos sem parar que os Arcanjos e nós, os Anciãos, estamos em vocês. Não é uma visão do espírito ou poética para vos dizer que nós vos amamos: é a estrita verdade. Mas esta estrita verdade, enquanto vocês não a viverem, não quer dizer estritamente nada, para vocês.
Isso significa, simplesmente, que vocês estão ainda fragmentados, ainda dissociados, ainda no medo e ainda na dúvida, mesmo tendo realizado o Si.
Pergunta: A muito velha alma e muito velho Si que eu sou vivem a aspiração da Fusão, Dissolução integral em Cristo ou no Pai, para viver em Absoluto. Como desenvolver a minha vigilância para manter, em permanência, o meu amor para que isso se cumpra?
Então, caro amigo, tu não compreendeste. Não é questão, justamente, de manter uma vigilância.
Viver a Comunhão com o Cristo, é fundir-se em Cristo, na Dimensão Crística do Logos Solar (se esse é o teu Duplo) e necessita de não mais existir e não exercer uma vigilância. Salvo se tu fores capaz de ter, eu diria, uma tensão absoluta para o Cristo, permanente, em cada sopro.
Isso não é mais uma simples vigilância mental, nem espiritual; é um tal estado de Indizível Amor. Nesse momento, tu desapareces em Cristo. Mas antes, enquanto falas de vigilância, tu estás dentro da contemplação e a contemplação não permite nunca viver a Dissolução.
Agora, a história de ser uma velha alma não tem nada a ver. Os mais velhos são os mais obsoletos, portanto são os mais difíceis de extrair deste mundo, contrariamente ao que tu poderias crer. Não é porque há numerosas e ultra numerosas experiências de alma que tu és mais suave e, portanto, mais fácil de extrair da tua própria alma.
Tu ganhaste o hábito desta limitação dimensional e de consciência, quaisquer que tenham sido as tuas experiências.
Será muito mais fácil para uma criança passar o buraco da agulha do que a rico. Mas o rico, não aquele que é rico em dinheiro, é aquele que é rico, também, em experiências.
Eu não falo de ti, em geral, nem em particular. Mas apreende bem que a vigilância e o fato de ser ancião neste mundo não te dão nenhum bônus, bem pelo contrário.
Pergunta: Se os métodos, as ferramentas utilizadas até ao presente para aquilo que chamamos transformação, transmutação, aumentam a falsificação, será que refutando, simplesmente, esses ensinamentos, essas ferramentas, é suficiente para me libertar disso?
Então, cara amiga, tu não compreendeste bem o que disse BIDI. És tu que é preciso refutar, antes de qualquer coisa.
Se tu não te refutaste, enquanto pessoa, enquanto corpo, enquanto espírito, enquanto mental, enquanto entidade presente na superfície deste mundo, de que serviria refutar algo que pertence a este mundo que não existe?
Tu querias refutar as técnicas e os métodos, mas tu, manténs-te onde tu estás? A refutação é primeiro esse corpo. É não ser mais tributário desse corpo. O resto, claro, tu o podes refutar, mas eu aposto que o que te seria agradável era refutar todos os protocolos e tudo o que tu fizeste na tua vida, até ao presente, mas não será por aí que tu realizarás nem o Si nem o Absoluto.
É o princípio que vos contou BIDI, por várias vezes. Quer isso seja o teatro, os níveis da escala, é a mesma coisa. Era preciso aguardar certas energias, certos níveis de consciência (ligados ao Manto Azul da Graça, ligados à Onda da Vida, ligados à conclusão da descida do Supramental) antes de deixar falar o Absoluto. Porque, senão, dentro de alguns anos, isso não quereria dizer nada, para vocês. Teria havido uma rejeição ainda mais importante do que hoje.
Da mesma forma para o chamamos o Duplo. Na minha experiência, todas as manhãs (desde os dezesseis anos, dezoito anos até ao fim dos meus dias), eu meditava ao nascer do sol. Para fazer o quê? Para Fundir com o Sol, para Fundir com o Duplo Cristo Solar. Mas será que podíamos dizer este gênero de coisas, há trinta anos, há quarenta anos? Vocês imaginam.
Se fizéssemos como alguns grandes seres (que anteciparam um pouco, eu diria), dizendo-vos que vocês tinham um Duplo, então a Terra teria sido uma vasta orgia, não é? Não é o objetivo.
Se, independentemente de viver o Si, vos disséssemos: «este mundo não existe», então o que é que teríamos tido? Porque vocês não estavam maduros.
É preciso substituir isso no contexto da rã que se deixa cozer na sua água. A temperatura sobe lentamente. Ela coze sem disso se aperceber. Por contrário, se cozermos muito depressa, a rã, o que é que ela faz? Ela sai do bocal. E aí, vocês devem viver a grelha planetária, todos, não é?
Portanto, não é porque tu vais dizer que os Protocolos estão falsificados ou porque este mundo está falsificado, que tu te vais extrair dele.
Há dois níveis: o nível de informação que vos faz refletir e o nível transformador que não tem nada a ver com o que tu podes crer ou não crer. Tu podes acreditar que é a falsificação, tu podes não acreditar e dizer que é, de fato, verdade, enquanto tu não o viveres é ainda uma crença e isso não mudará estritamente nada à tua Vibração, à tua consciência e ao que tu és.
Por que, por exemplo, o Arcanjo Anael vos falou, antes das Núpcias Celestes, do Abandono à Luz e não diretamente do Abandono do Si? Mas o Si que sabia o que isso era, não aqueles que o viveram? Há qualquer coisa de dinâmico, há qualquer coisa onde a verdade é, em princípio, relativa.
Uma verdade se vai, outra aparece. Uma outra verdade aparece, a que está por baixo desaparece. Não há senão o Ego humano que crê que há uma verdade única.
Sobre este mundo, vocês não têm verdade única ou absoluta. Vocês são obrigados, em qualquer lugar, até um dado momento, a adotar qualquer coisa e depois, progressivamente, a desembaraçar-se dela, no momento em que isso já não vos serve.
Ao nível da aproximação do Absoluto, e mesmo da Presença, é exatamente assim que isso funciona. Enquanto vocês forem um Ego, vocês são um Ego. Porque por mais que vos digamos o que quer que seja, vocês permanecem um Ego.
Enquanto vocês estiverem confinados, por mais que vos digamos que a multidimensionalidade existe, vocês acreditem ou não, o que é que isso muda? Quando nós vos dizemos que nós estamos em vocês, enquanto vocês não o viverem, de que vos serve isso? É uma crença, aí também.
Não se constrói a experiência da consciência com as crenças. E aí, existe uma certa consciência do Si, ou da Presença, ligadas à Onda da Vida, que tornam mais fácil, se me posso exprimir assim, esta mudança para o Último. Mas não antes. Antes, isso não quer dizer nada. Antes, isso participa na falsificação.
Olhem, por exemplo, as histórias que foram dadas, de forma abusiva, sobre a identificação, sobre os grupos de almas, as almas irmãs, ou dos seres se precipitando, com o seu Ego, em relações particulares, sem aí viver a alquimia, o aspecto essencial, ao nível da alma, ao nível do espírito, tudo isso porque eles acreditaram em qualquer coisa.
Mas o problema da consciência humana: desde que vocês acreditem em qualquer coisa, mesmo sobre este mundo, vocês a criam. Mas o que vocês criam, se for dado muito cedo, não corresponde a nada que vá no sentido da vossa Libertação. Bem pelo contrário.
Quando nós vos dissemos, durante as Núpcias Celestes e a desconstrução, que tudo iria ser desvendado e revelado, vocês o viram desvendar progressivamente. E agora, é cada vez mais rápido porque a vossa consciência não está mais colocada no mesmo lugar.
É preciso deslocarem-se relativamente ao contexto de há cinco anos, de há dez anos, de há vinte anos. Mesmo na vossa vida, vocês sabem muito bem que vocês não agem (no plano social, no plano familiar e afetivo) da mesma forma que a há dez anos, não é verdade? Porque vocês estão inseridos numa linearidade e que é extremamente difícil sair dessa linearidade.
E o que vocês conduziram, para alguns, enquanto Ancoradores da Luz, Semeadores da Luz, segue algo extremamente preciso, extremamente meticuloso. Qualquer que seja o lugar em que vocês apanham o trem em andamento, vocês chegam lá, de forma extremamente precisa, ao lugar que é preciso, para vocês.
Mas, claro, o Ego tem necessidade de crer, tem necessidade de se justificar, etc, etc. Mas, eu diria que a primeira coisa a refutar, como disse BIDI, é, já, a si mesmo.
Enquanto tu estiveres identificado com esse corpo, confinado nesse corpo e identificado com os teus pensamentos, isso arrisca-se a não mudar.
O problema do ser humano (e vocês o veem através de inumeráveis abordagens espirituais, sobre este mundo) é que muitos, muitos seres humanos, quiseram tomar a Luz e permanecer na personalidade. É o que dizia Sri Aurobindo quando ele foi São João: «Haverá muitos chamados e poucos eleitos» porque os chamados são aqueles que sentiram esta Luz chegar.
O Supramental é para todo mundo: ele não pertence a ninguém. E vocês têm ainda, neste processo (que é geral, oferecido a toda a Terra, por circunstâncias astronômicas, por circunstâncias extremamente precisas), seres que estão persuadidos de serem os depositários disso.
Vejam o nível do Ego sobre a Terra. E quanto mais o nível subir, da Vibração, mais os egos vão explodir.
Portanto, começa por te refutar a ti mesmo. A refutação não conduz a ignorar.
Imagina uma mãe de família que tem um filho, que tem a responsabilidade de um filho, o que é que acontece se ela permanecer ao nível do ego e ela refutar o seu filho, o que é que se vai passar?
A refutação não está destinada a abandonar o que quer que seja mas a mudar de nível, de ponto de vista. Continuar a fazer (se ocupar de um filho, se ocupar do que a vida vos dá), mas estar consciente de que vocês não são isso.
E eu creio que BIDI vos disse: atenção que o ego não se apropria das suas palavras senão para fazer qualquer coisa que se vai opor ao que é o objetivo. Porque o ego tratou de recuperar muito rapidamente a Luz (ou para recuperar o que quer que seja) para a organizar à sua maneira, como seu condimento.
Pergunta: Como fazer para refutar o seu corpo, a sua personalidade?
Já começas mal quando dizes: «como faço para refutar o meu corpo». BIDI insistiu sobre isso. Não é qualquer coisa que vem do dia para a noite, certamente. É uma prática mental que visa fazer quebrar o mental.
Refutar o corpo é muito simples. É dizer: «eu não sou este corpo». Enquanto tu estás identificado ao teu corpo, tu estás no ego, ou na pessoa e numa personalidade. O corpo é um Templo. Ele serviu para instalar o corpo de Ser e a Luz. Mas depois, para que a consciência esteja nesse corpo, é preciso que o medo de perder esse corpo, o medo de sair desse corpo, desapareça.
Há dois movimentos, isso vos foi explicado: a descida da Luz e a subida da Luz. Não há técnica. Não importa o teu tipo de corpo, dizendo que ele não existe ele te vai fazer sofrer de qualquer maneira. Mas quem sofre, como diria BIDI? Tudo o que ele vos diz está destinado, ele vos disse, a levar a um aquecimento porque, claro, o mental vai recusar, ele vai irar-se, ele vai se dizer: «mas como fazer?».
Quando vocês tiverem compreendido que não há nada a fazer, ele deixará ir. Mas é muito bom sinal que isso se passe assim. De qualquer modo, esse corpo, todos o deixamos, desde que se morre, não é, quer o queiramos ou não.
De fato, poderia dizer-se, sobre um plano filosófico, místico: é preciso consciencializar, já, que este veículo (que é um Templo porque ele acolhe a Luz) também é falível, ele desaparecerá. Tu és pó e ao pó retornarás. É preciso gravar isso nesse corpo.
Ora, vocês não são pó, não é? O que retorna ao pó é o corpo, que foi emprestado pela Terra, que se construiu com os materiais da Terra.
Pergunta: Eu senti uma Vibração que subiu depois o pé esquerdo, para chegar ao polegar esquerdo. Trata-se de uma manifestação do meu Duplo?
Eu vou-te responder que, nos tempos atuais, querer explicar o que tu vives não tem nenhuma importância porque, explicar o que tu vives, alimenta o teu mental. Tu devias antes alimentar-te da experiência que foi vivida porque, claro, nós vos demos um certo número de elementos, relativamente às Portas, relativamente às Estrelas, relativamente aos circuitos da Vibração ou do Supramental.
Mas quando tu estás numa experiência, qualquer que ela seja, com cristais, com um parceiro, se tu passas o teu tempo a analisar o que se passa ou a vê-lo, tu sais da experiência.
É preciso antes, sobretudo agora, entrar, em Consciência, no processo que se vive e não se colocar como aquele que vai observar o que se desenrola porque, se tu o observas, isso quer dizer o quê? É muito bom para Realizar o Si mas é muito mau para não viver plenamente a experiência da Vibração.
Nós já vos explicamos isso relativamente a Onda da Vida. Portanto, querer explicar que Tartanpion passa em tal lugar, isso vai acalmar o teu mental, mas o que é que isso vai desencadear? A explicação não leva a nada.
Nós dissemos, no início, que nós vos demos o mínimo de elementos sobre a Onda da Vida, de maneira a não influenciar o vosso mental porque a Onda da Vida age sozinha. Agora, nos processos que vamos chamar de induzidos (pelos cristais, por um parceiro, pelos yogas), certamente que se passam coisas.
Agora, se eu te explico porquê tu tens uma dor no índex fazendo tal coisa, o que é que isso vai mudar no que tu vives? Vocês não estão mais no tempo das explicações. Vocês estão no tempo do vivido. É preciso, cada vez mais, meterem isso na cabeça e no Coração.
É o mental que quer saber porque, ele também, quer ser alimentado, ele quer participar na festa, mas ele não pode participar nela.
Vocês sabem muito bem que, ao nível do corpo, existe um simbolismo; vocês sabem muito bem que existem os chacras, os nadhis, os meridianos, os circuitos. Seria bonito conhecê-los (a descrição perfeita e total) e ter um conhecimento acadêmico dos chacras; o que é que muda se vocês não vivem os chacras? Isso não mudará nunca nada.
Semelhante: vocês podem falar do CRISTO durante horas (há mesmos estudos para isso, isso se chama a teologia); o que é que muda se vocês não vivem o CRISTO? Vocês caem em quê? Numa adoração, numa contemplação, numa ilusão.
Vocês amam uma ilusão mas vocês não estão no vivido; ora, nada substitui o vivido. Vivam o que vocês têm a viver. Depois isso não serve para nada, não é mais tempo de se divertir com este gênero de coisas.
Cada vez mais (e MARIA vos disse), a intensidade Vibratória do Manto Azul da Graça, do Supramental, Partículas Adamantinas, do Espírito Santo, Radiações de Ultravioleta, vos vão fazer quebrar totalmente, porque o ego se vai quebrar.
Os que estão prontos se estabelecerão, muito naturalmente, no Corpo de Estado de Ser ou transmutarão esse corpo físico. Os outros, que vão eles fazer? Eles vão se agarrar a um mental.
Agora, aqueles que não têm nenhuma noção disso, não saberão mesmo o que está em vias de se passar.
Pergunta: Como passar da observação (do fato de ser observador das manifestações da Luz em nós) ao fato de viver essa Luz?
Cessando de observar, não há outra solução.
Quando vocês se surpreendem no processo de observação é que vocês observam uma Vibração, em particular na Onda da Vida. Portanto, vocês observam. Se vocês observam, a Onda da Vida não pode acabar e atualizar o que tem a fazer. É preciso parar de observar.
Eu sei por mim, joguem às cartas enquanto que a Onda da Vida sobe, vão ao restaurante. É muito simples: não observar. Será que tu observas os teus pés, onde eles estão colocados, quando tu nadas? É o mesmo princípio. Será que tu observas a tua respiração? Um processo que surge não é automático, de acordo? A respiração se faz automaticamente.
Eu não sei, vai para a natureza mas não te ocupes com o que se passa nesse corpo: isso se passa independentemente de ti. Desde o instante em que a tua atenção não é levada, quer dizer que tu não observas, o processo de desenrolará, não tem necessidade de ti.
Será que o teu sangue precisa de ti para circular? Será que os teus pés precisam de ti para caminhar? Seria como se tu andasses na rua e tivesses a tua atenção colocada nos teus pés e no teu andar e tu não vivesses o que estava à volta; quando saíste em passeio para olhar a paisagem. É o mesmo princípio para a Onda da Vida.
Nós dissemos que, para as Estrelas, para as Portas (nós vos demos, sobretudo UM AMIGO, os yogas, as práticas), seria preciso colocar a atenção, colocar a consciência, para consciencializar, atualizar e por ao serviço. Mas, no sentido da subida, é absolutamente ao contrário: nós não estamos a lidar com as mesmas Vibrações, as mesmas qualidades Vibratórias e a mesma consciência.
Eu creio que o Arcanjo ANAEL vem, depois de mim, para vos falar, justamente, da Onda da Vida e da Vibração. Ele vos dará, eu penso, elementos um pouco mais importantes do que aqueles que eu disse.
Pergunta: Quando começamos a nos sentir observador, partir para qualquer lugar, em consciência, pode levar a ultrapassar a consciência do observador?
Mas faz as coisas muito mais simples. Porque te serves tu da tua própria consciência para partir? Eu te disse, vai ao cinema, passeia-te na natureza, faz coisas muito mais simples porque, se tu desvias a tua consciência sobre o fato de querer partir, é ainda uma vontade, é ainda uma ação.
Se tu andas, tu observas a natureza. O que se faz com a energia que sobe, se fará por si só. Não há necessidade de procurar o meio-dia nas catorze horas.
Pergunta: Refutar o observador, quando isso se apresenta, é útil?
Nem útil, nem necessário, fazer outra coisa. Nos exemplos que ele vos deu, seria, como ele explicou: saiam do teatro. Façam outras coisas, não posso dizer melhor.
A Onda da Vida não precisa de vocês.
Pergunta: Não fazer nada, também corresponde a isso?
Parece-me que isso são coisas que foram repetidas, milhares de vezes, por BIDI, não? E vocês perguntam ainda se é preciso fazer alguma coisa.
Quem é que pergunta, sem parar, o que é preciso fazer, enquanto vos é dito: Não é preciso fazer nada?
Pergunta: O que entende pela palavra “quebrar” (disjoncter), que usou o tempo todo?
No momento em que tu não colocares mais a mínima questão, tu saberás melhor quem tu és.
Pergunta: Para acolher a Onda da Vida não é, portanto, necessário estar em meditação?
Mas claro que não. Quem vos disse isso? Nós sempre dissemos que isso era um processo natural.
É como se tu me dissesses: a respiração é um processo natural, o que é preciso colocar na respiração para saber respirar?
Pergunta: Eu Fundi-me com o meu Duplo Monádico, ninguém encarnado que eu visse regularmente, mas que eu já não via. Porque não posso mais voltar aí?
Então, isso é um assunto a regular entre vocês dois. As Fusões Monádicas produzem-se, qualquer que seja a distância, quaisquer que sejam os encontros. Isso não tem nada a ver com um encontro físico. Ela pode se produzir, não produzir-se.
Isso não tem importância nenhuma porque, de qualquer modo, quando há uma Fusão com o Duplo Monádico, isso não para jamais. É independente do físico, não é?
Certamente, é agradável, como eu fazia, ir meditar ao Sol todas as manhãs; era um encontro quotidiano mas o encontro tu podes tê-lo onde quiseres, quando quiseres. Se há uma noção de falta, com qualquer coisa que está na carne, coloca-te a questão: porque há aí uma falta?
Pergunta: O que me impede de ir ver essa pessoa?
O que é que o impede? Tu falas sobre o plano da carne ou sobre o plano da Consciência?
Pergunta: Da carne.
Mas para quem havia a carne? É preciso que os dois estejam ao corrente, não? Mas é exatamente o que nós vos dissemos: quando a Onda da Vida nasce, se há medo e dúvida de um lado, não pode haver Reencontro e Fusão Monádica, não é possível.
É preciso que os dois tenham entrado na Transparência e na ultrapassagem dos medos e das dúvidas. Sem isso não há Reencontro possível e ainda menos Fusão. Mas há reconhecimento do Duplo Monádico, se os dois se reconhecerem.
Coloca-te a questão. O Duplo Monádico é um reconhecimento mútuo.
Pergunta: Mas como saber se o outro está ao corrente, se o sentimos somente em nós?
Mas isso não é estar ao corrente: isso se passa independentemente de si. Há uma junção Vibratória.
Se a junção Vibratória se faz de um lado e não do outro, o que é que se passa? Será que é verdade? Será que é falso? Será que é uma projeção?
Os dois estão necessariamente conectados. Se não estiverem conectados, coloca-te a questão do porquê. Se ele não o vive, isso quer dizer que vocês não estão conectados.
Pergunta: Como saber se o outro o vive?
Mas, se ele o vivesse, ele te diria de imediato. Eis porque nós não vos falamos do Duplo, antes: vocês vão todos entrar nas projeções, vocês vão sentir coisas e vocês vão acreditar que é o vosso Duplo. Eis o perigo que há com estas coisas.
Se não há reconhecimento, isso quer dizer que o Duplo Monádico não está constituído, reconstituído, é tão simples como isso. Quer isso seja verdadeiro ou falso, não muda nada.
O Encontro do Duplo é um Encontro Místico. Se o Encontro Místico desce de plano, não pode aí existir um, dos dois, que esteja na ignorância, é impossível.
E Lembrem-se do que nós dissemos, uns e outros: o Duplo Monádico, em 90% dos casos, não está nem encarnado, nem presente sobre a Terra, ao mesmo tempo que vocês. É frequentemente o CRISTO, ou um Ser espiritual, ou ainda o vosso Duplo Monádico mas que aguarda em alguma parte [algures].
Portanto, desconfiem, a esse nível, das projeções. O reconhecimento do que são chamadas almas irmãs, são reconhecimentos cármicos; isso não tem nada a ver com o Duplo Monádico.
Nós não temos mais perguntas, nós vos agradecemos.
Então, eu vos agradeço, eu rendo Graças por todas estas perguntas.
Eu vos transmito todo o meu Amor, todas as minhas bênçãos.
Eu vos digo até muito breve e portem-se bem.
Mensagem de O.M. AÏVANHOV no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1462
19 de maio de 2012
(Publicado em 20 de maio de 2012)
Tradução para o português: Cristina Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com/
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